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Arquitetura Bicha: O mais recente de arquitetura e notícia

O que é Arquitetura Bicha?

O coletivo Arquitetura Bicha surgiu na pandemia, a partir do interesse em ler materiais sobre gênero e sexualidade na arquitetura. Os integrantes passaram a se reunir semanalmente para debater e investigar a bibliografia sugerida por cada um deles. Livros de teoria queer, feminismo e arquitetura foram dando ideias ao coletivo, que abriu um perfil na rede social Instagram, com o o objetivo de compartilhar as discussões.

Perspectiva de gênero na arquitetura e no urbanismo: uma seleção de artigos para se aproximar do tema

Não é novidade que a questão de gênero permeia toda a nossa organização como sociedade e sistema, refletindo diretamente a dualidade dos "papéis femininos e masculinos" e seus mecanismos de opressão de gênero. No âmbito da arquitetura e do urbanismo isso não é diferente. Ao longo dos séculos, as cidades e suas edificações têm se mantido e se transformado de forma a priorizar as demandas de um perfil bem específico de usuário. Tal estrutura, obviamente, não considera outras identidades e formas de apropriação, ou seja, a demanda real e toda a sua diversidade de classes sociais, gênero, cores, faixas etárias, orientações sexuais, etc. São planejamentos e projetos disfarçados de uma concepção “neutra”, mas que na verdade reproduzem o olhar de um homem branco de classe média.

Arquitetura e gênero: lugares de espera, espaços de privilégio

O espaço como adjacência de gênero e a dimensão espacial da sexualidade são temas recentes no campo da arquitetura. O caso do banheiro como dispositivo regulador de gênero, tem sido uma temática constantemente discutida, tanto dentro das pautas LGBTQIA+, de uma forma mais ampla, quanto nas intersecções da teoria queer na arquitetura.

Edifícios e indivíduos desautorizados: outras formas de pensar a arquitetura com Andreas Angelidakis

Edifícios e indivíduos desautorizados:  outras formas de pensar a arquitetura com Andreas Angelidakis - Arch Daily Entrevistas
POST RUIN BENTIVOGLIO, curated by Antonio Grulli at Palazzo Bentivoglio, Bologna. Photo: © Andrea Rossetti / Courtesy of Andreas Angelidakis.

O que poderia ser diferente no ato projetual se você se colocasse à frente das expectativas e limitações da sociedade e trouxesse uma mirada queer nas suas referências? Conversamos com Andreas Angelidakis, que se refere a si mesmo como "um arquiteto que não constrói", mas que enxerga a arquitetura como um local de interação social, criando obras que refletem sobre a cultura urbana ao misturar ruínas, mídia digital e psicologia para entender como mergulhar em si mesmo pode ser tão poderoso para encontrar diferentes caminhos de projeto.

Olhares queer sobre a arquitetura

Um número crescente de teóricos e profissionais está discutindo o impacto de gênero e raça na profissão e na teoria da arquitetura. Questões ligadas à relação entre o ambiente construído, orientação sexual e identidade de gênero, no entanto, permanecem particularmente pouco estudadas, talvez por causa de sua relativa invisibilidade e consequências discriminatórias menos claramente identificáveis; elas também são completamente negligenciadas pela teoria do design no mundo francófono. Este artigo corrige parcialmente a situação.

Arquitetura fora do armário

A arquitetura pode ser muitas coisas, inclusive bicha. Este termo junto de tantos outros que são desviantes e transitam distintas possibilidades e significados, disparam novos olhares sociais e colocam em conflito o modo como surge um projeto arquitetônico ou urbanístico, seu programa e ocupação. Se está dito como a arquitetura deve ser feita, se há uma certeza sobre o que ela representa, aqui se expressa o desejo de não saber o que ela é e o direito de duvidar das suas tradições para assim expandir a possibilidade do seu sentido, profissão e representatividade.

Afinal, fazemos arquitetura e urbanismo para quem?

O que seria de todo o ambiente construído sem seus usuários? Esta pergunta talvez facilite a compreensão de que a arquitetura e o urbanismo não se sustentam apenas como espaço físico, pelo contrário, ganham significado principalmente através das movimentações e vínculos humanos e não-humanos que -  juntos dos traços arquitetônicos ou espontâneos que compõem a paisagem urbana - provocam as sensações que cada indivíduo sente de forma única.