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Arquitetos: Comas-Pont arquitectes
- Área: 22 m²
- Ano: 2020
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Fabricantes: Allplan



Blocos de termoargila são comumente confundidos com blocos cerâmicos simples. Acontece que, no processo de fabricação da termoargila, a argila é misturada a outros agregados miúdos (partículas de poliestireno expandido ou outros materiais granulares). Estes agregados, por sua vez, desempenham um papel fundamental na produção dos blocos de termoargila uma vez que, durante seu processo de cocção (acima de 900 °C), os mesmos evaporam deixando uma série de vazios que por sua vez proporcionam uma maior porosidade ao material se comparado aos tijolos de argila comum, diminuindo a densidade relativa e tornando-os mais leves (por este motivo, em alguns países estes blocos são conhecidos como blocos de argila expandida). Somado a isso, a alta porosidade adquirida contribui para um melhor desempenho térmico e acústico do material, tornando-o muito mais vantajoso se comparado a outros materiais similares.


É muito provável que você esteja lendo esse texto em um espaço fechado e com as luzes ligadas. Com o nosso atual estilo de vida, é comum passarmos a maior parte dos dias em salas fechadas realizando nossas tarefas diárias banhados pela soma de luzes artificiais e naturais. Ao mesmo tempo que as luzes artificiais trouxeram infinitas e incalculáveis possibilidades à humanidade, elas também causaram uma certa confusão ao nosso corpo, que se adaptou por milhares de anos a responder aos estímulos da luz do sol e à escuridão da noite. Trata-se do Ritmo ou Ciclo circadiano, que designa o período de aproximadamente 24 horas que se baseia o ciclo biológico de quase todos os seres vivos, influenciado sobretudo pela luz recebida, mas também pela temperatura e outros estímulos.


É inquestionável que os ambientes influenciam diretamente no comportamento e nas emoções de seus usuários. Estima-se que os seres humanos passem cerca de 90% de seu tempo de vida em espaços internos, por isso é tão importante que eles favoreçam positivamente nossa capacidade cerebral. Um termo específico para relacionar os estímulos que o cérebro recebe dependendo do ambiente em que está é neuroarquitetura. Diversos estudos têm sido publicados sobre esse tema, a maioria sobre o impacto em ambientes de trabalho. Este artigo pretende abordar sobre esse conceito, enfatizando sua importância no projeto de espaços destinados a crianças na primeira infância.

Conhecida antigamente como “ciclópica”, essa técnica se baseia na utilização de grandes blocos de pedra que, sobrepostos e ligados entre si, sem qualquer tipo de argamassa, permitiam materializar várias estruturas. As civilizações às quais se atribui o uso desta técnica são muito diversas e é possível vê-la aplicada a diferentes funções que vão desde a construção de muralhas defensivas até templos e tumbas. Em geral, esse tipo de sistema costuma estar associado a qualquer construção antiga que utilize grandes elementos de pedra, cujo aparelhamento é mais ou menos poligonal.

Sejam produzidos com matérias primas orgânicas ou sintéticas, tecidos têm sido amplamente utilizados na arquitetura desde os tempos mais remotos. No entanto, sua aplicação em larga escala veio a acontecer apenas após a revolução industrial e a popularização de novas tecnologias—ou seja, a possibilidade de se produzir membranas têxteis de alta qualidade e em grandes dimensões, capazes de cobrir edifícios inteiros e vencer grandes vãos. Comumente utilizadas de forma tencionada, as membranas têxteis ajudaram a moldar o imaginário da arquitetura contemporânea, sendo utilizadas em pavilhões, estádios e edifícios dos mais variados tipos e tamanhos.



Visto que seres humanos passam a maior parte de suas vidas em ambientes fechados, não nos surpreende o fato de que determinadas características do espaço construído têm um impacto significativo em nosso comportamento psíquico. A psicologia ambiental é, de fato, a disciplina que estuda o comportamento humano em suas interrelações com os espaços onde a vida humana transcorre. Condições de iluminação, de escala e proporção assim como os materiais e suas texturas são características espaciais que emitem informações para nossos sentidos, afetando a maneira como nos relacionamos com o espaço, produzindo um sem fim de sensações e reações.
Determinadas características do espaço construído são capazes de induzir sensações de tranquilidade e segurança, de fazer com que as pessoas se sintam bem e relaxadas ou até aumentar a concentração e a produtividade dos usuários em seu ambiente de trabalho. Independente de qual sejam as sensações que eles nos provocam, não se pode negar que as características dos espaços em que vivemos – ou trabalhamos – desempenham um papel fundamental na maneira como as pessoas se sentem e como elas se relacionam com o espaço; e portanto, a psicologia ambiental pode ser uma importante aliada no desenvolvimento de projetos que proponham soluções para promover uma maior qualidade de vida aos seus usuários.
