Embora o tecido da cidade de Buenos Aires seja caracterizado por uma condição morfológica heterogênea e em constante transformação, dentro da gama de habitações de baixa densidade, é possível detectar certas tipologias constantes que emergiram da interação de sucessivas variáveis históricas - tais como as estratégias de loteamento das quadras, as regulamentações urbanas e suas correspondentes atualizações, ou as tradições construtivas daqueles que ergueram a cidade. Uma dessas tipologias identificáveis é o PH, cujo nome deriva da noção de Propriedade Horizontal, uma regulamentação que permitiu o desenvolvimento de residências particulares dentro de um mesmo lote.
O escritório nova-iorquino Diller Scofidio + Renfro (DS+R) chamou atenção mundial em 2002 com o Blur Building, para a Expo Suíça daquele ano. O volume era formado através de 35.000 bicos de alta pressão que expeliam a água do lago sobre o qual se localizava, criando uma enorme nuvem artificial. Sua forma, limites, cores e translucidez se alteravam com o sol e a força do vento e produziam uma experiência imersiva aos usuários, adentrando um volume completamente permeável. Dez anos depois, Carla Juaçaba e Bia Lessa projetaram o Humanidade2012 para a exposição Rio +20, em que diversos volumes programáticos foram dispostos em uma enorme estrutura de andaimes. Com mais vazios do que cheios, suas extremidades se desmaterializavam no céu e durante a noite os volumes pareciam flutuar. Segundo as arquitetas, “a própria movimentação das pessoas no edifício transformava os visitantes em objetos de exposição visto de longe.” Os dois projetos temporários, mesmo com diferenças de escala e contexto, se unem no êxito ao trabalhar com as noções de translucidez, leveza, dissolução de limites e o movimento.
Os seres humanos usam espelhos desde 600 aC, empregando a rocha obsidiana altamente polida como superfície reflexiva básica. Com o tempo, as pessoas começaram a usar pequenos pedaços de ouro, prata e alumínio de maneira semelhante, tanto por suas propriedades refletivas quanto por decoração. No século I dC, as pessoas começaram a usar o vidro para fazer espelhos, mas foi apenas durante o Renascimento Europeu que os fabricantes venezianos começaram a fabricar espelhos aplicando suportes metálicos nas folhas de vidro, permanecendo o método geral mais comum hoje em dia. Desde então, os espelhos continuam a desempenhar papel decorativo e funcional na arquitetura, proporcionando uma estética moderna e limpa, apesar de suas origens antigas. Abaixo, investigamos como os espelhos são feitos, fornecemos um pouco de sua história na arquitetura e oferecemos várias dicas para arquitetos que desejam usá-los em seus projetos.
https://www.archdaily.com.br/br/942185/espelhos-na-arquitetura-possibilidades-de-espacos-refletidosLilly Cao
O escritórioAdamo Faidensegue atraindo o interesse de todos, não só por suas múltiplas e apaixonadas aproximações da arquitetura contemporânea, que constantemente se estendem ao campo do ensino e da pesquisa. Seu edifício Bonpland 2169 na Argentina foi selecionado pelo nosso júri de especialistas - vocês, leitores - entre os vencedores do prêmio Obra del Año de 2020.
Realizamos a seguinte entrevista com Marcelo Faiden pela ocasião para ter uma conversa profunda sobre os edifícios cotidianos na transformação do entorno, as mudanças atuais na forma de viver ou habitar, os propósitos de fazer e como ensinar arquitetura hoje em dia, além de suas projeções futuras para a disciplina.
O uso do concreto como recurso construtivo costuma oferecer certas vantagens associadas à resistência e ao tempo de execução de uma obra. Elas, combinadas com a plasticidade, versatilidade e valor estético, fazem com que muitos arquitetos e arquitetas optem por este sistema para materializar seus projetos. A reivindicação das tendências ao redor da aplicação aparente do concreto - ou seja, sem revestimentos adicionais - gerou, por sua vez, diversas formas de exploração de suas qualidades expressivas, dando origem a novos projetos que experimentam com os acabamentos desse material em seus espaços internos.
Pátios internos se caracterizam por serem áreas descobertas, localizadas no interior dos edifícios e com seus perímetros delimitados por paredes ou galerias. Esses espaços exteriores, mas contidos, em muitos casos cumprem um papel crucial na configuração e organização da planta. Em certos casos, podem funcionar como um pulmão central, organizando os espaços ao longo de seu perímetro. Também podem ser concebidos como elementos organizadores de fluxos ou como espaços articulados, conectando e, ao mesmo tempo, dividindo diferentes setores do projeto.
A utilização histórica do concreto, devido a sua capacidade de se modelar e gerar diferentes formas, o torna uns dos materiais mais utilizados na hora de construir um projeto. O conhecido êxito do material aplicado a diferentes tipos de construções apresenta uma diversidade de detalhes que merecem uma atenção especial.
Veja uma seleção de 40 detalhes construtivos de projetos que se destacam pelo uso do concreto.