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Arquitetos: Carolina Penna Arquitetos, Fernanda Dabbur Arquitetura
- Área: 2650 m²
- Ano: 2021
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Fabricantes: Cia das Telhas, Maqmoveis, Metadil, Portinari, REFAX, +3


No mundo da arquitetura, há muito mais do que desenho de plantas e construção de edifícios. A faculdade de arquitetura oferece uma formação abrangente, que vai além das habilidades técnicas específicas da profissão. Neste episódio, exploraremos algumas das habilidades valiosas que os estudantes de arquitetura aprendem ao longo de sua jornada acadêmica — apresentadas no artigo 13 Habilidades não relacionadas à arquitetura que se aprendem na faculdade de Arquitetura — e como essas habilidades podem ser aplicadas em diversas áreas da vida.


A satisfação em viver mais está associada a oportunidades de seguir uma vida ativa, manter-se atualizado e sentir-se inserido na sociedade. Para isso, cabe aos espaços construídos favorecerem isso a partir de estruturas flexíveis, moldáveis às necessidades de seus usuários, de forma gradual e adaptativa, independente de sua idade.
O setor imobiliário começa a despertar para o imenso potencial que existe na arquitetura voltada à qualidade da saúde e ao aumento da expectativa de vida humana. À medida que olhamos para o futuro dos imóveis, podemos esperar um uso mais inteligente das tecnologias, com inovações e novas métricas para estabelecer uma melhor compreensão do que é bem-estar e qual sua relação com o ambiente natural ou construído. Essa qualificação representará aumento exponencial nas vendas com a viabilidade de tornar um imóvel flexível e adaptável ao longo dos diferentes momentos da vida de seu morador.

Cidades são uma tela para a criatividade arquitetônica e o dinamismo da vida urbana. Nos últimos anos, elas assumiram um papel adicional: o de laboratórios vivos para uma arquitetura e um urbanismo inovadores. Cidades internacionais tornaram-se terrenos experimentais para a tecnologia arquitetônica, com práticas sustentáveis e princípios de design centrados no ser humano sendo testados e refinados. Essa mudança de paradigma não apenas transformou os aspectos físicos dos ambientes urbanos, mas também redefiniu a relação entre arquitetura, comunidade e o ambiente construído.



A habitação social traz muitos estigmas injustos consigo. Embora muitos projetos comecem bem com sessões de fotos brilhantes de inaugurações, as câmeras acabam indo embora, o investimento tende a secar e a manutenção é cortada. A falta de espaços verdes adequados segue, devido à baixa manutenção. Eventualmente o resultado são comunidades esquecidas e isoladas que se transformam em guetos.
Embora facilmente culpada, a arquitetura de blocos elevados de moradia social não é a causa do problema, mas pode ser parte da solução. Construir para cima em vez de para fora ainda oferece uma rota sensata através das crises habitacionais e sociais atuais - compartilhando espaço e recursos.
Além disso, esses quatro projetos de toda a Europa mostram que integrar empreendimentos de habitação social em torno de pátios acessíveis e espaços verdes sustentáveis ajuda a atrair comunidades e mante-las juntas.

Com um portfólio amplo e diversificado em termos de tipologias, escalas e localizações dos projetos, o MMBB Arquitetos é um escritório versátil e de múltiplas atividades. Fundado em 1991 na cidade de São Paulo, o escritório é atualmente composto por Maria João Figueiredo, Marta Moreira e Milton Braga, e ao longo das mais de três décadas de atuação já teve entre seus sócios Angelo Bucci, Vinicius Gorgati e Fernando de Mello Franco, além de ter realizado diversas parcerias com Paulo Mendes da Rocha.


Pode ser um parklet, uma minipraça, uma pintura no asfalto para mudar o desenho de uma rua e readequar o uso de um espaço público. Cidades em diversas partes do mundo – incluindo o Brasil – estão partindo de intervenções temporárias para catalisar projetos de longo prazo que tornem as ruas mais seguras, criando espaços públicos inclusivos e de qualidade.
Tais iniciativas adotam a técnica chamada de urbanismo tático, que promove a reapropriação do espaço urbano por e para seus principais usuários: as pessoas. Esse movimento ganha força em um contexto de crise nas áreas urbanas, no qual os governos enfrentam dificuldades para entregar a uma população crescente serviços urbanos básicos, como habitação, transporte de qualidade e espaços livres adequados, que permitam a mobilidade ativa e segura das pessoas.



Criado por uma série de linhas paralelas anguladas que formam um ziguezague hipnotizante, o padrão espinha de peixe resistiu ao teste do tempo e permanece presente em diversos estilos de design. Nomeado em homenagem à semelhança com os ossos de um peixe - como o arenque, por exemplo -, este padrão clássico em forma de V arranja blocos retangulares em diferentes proporções. Com proporções de comprimento de borda de bloco variando, como 2:1 ou às vezes 3:1, o design versátil se adapta a uma ampla gama de usos, dimensões e materiais.
A disposição dos blocos, mesmo quando usados em cores únicas, cria uma textura sutil e adiciona interesse visual. Embora a disposição em espinha de peixe possa parecer simples à primeira vista, a forte qualidade direcional das linhas com ângulo típico de 45 graus requer um cuidadoso processo de design para um visual perfeito e consistente. O padrão pode ser encontrado em paredes e pisos, de tecidos a madeira e azulejos. Ao brincar com formas geométricas, ele continua sendo uma tendência que infunde estilo e estrutura no design de interiores, complementando a estética geral do espaço. Abaixo, mergulhamos no catálogo do Architonic para apresentar diferentes maneiras de aplicá-lo, explorando padrões de espinha de peixe em cerâmica, madeira e sintéticos.

No País dos Arquitectos é um podcast criado por Sara Nunes, responsável também pela produtora de filmes de arquitetura Building Pictures, que tem como objetivo conhecer os profissionais, os projetos e as histórias por trás da arquitetura portuguesa contemporânea de referência. Com pouco mais de 10 milhões de habitantes, Portugal é um país muito instigante em relação a este campo profissional, e sua produção arquitetônica não faz jus à escala populacional ou territorial.
Neste episódio da quinta temporada, Sara conversa com os arquitetos Teresa Novais e Jorge Carvalho, do escritório aNC arquitectos, sobre a Estação Biológica e Galeria da Biodiversidade de Mértola. Ouça a conversa e leia parte da entrevista a seguir.