
Já publicamos em diversas ocasiões matérias sobre os laços entre a arquitetura e o cinema. Como vimos em “Luz, Câmera,... Espaço: o papel dos vídeos na arquitetura”, muito são os pontos em que essas duas artes espaciais se tocam – e mesmo, se confundem. Naquela ocasião, exploramos especificamente a noção de “vídeos de arquitetura” e como essa ferramenta de representação da obra construída pode expandir a apreensão da própria arquitetura.
Os vídeos, através do emprego da linguagem do cinema, podem criar percursos – promenades – pelas arquiteturas representadas na tela; e nós, em contrapartida, nos deixamos transportar para dentro do espaço construído no mundo físico e mental. Mas não se pode limitar essa análise para somente obras de arquitetura – isto é, edifícios –, devemos procurar expandir essas concepções. Assim, cabe a pergunta: e se os vídeos retratassem outra coisa que não uma obra - por exemplo, uma cidade? Caberia a mesma reflexão anterior? Qual o papel do cinema (e mais especificamente, dos vídeos) para a apreensão da cidade?
A seguir, levantaremos algumas questões sobre os “vídeos de cidades” à luz de algumas obras audiovisuais que ilustrarão as ideais lançadas. Não se trata, contudo, de uma análise de cada obra individual, mas sim de criar um panorama heterogêneo composto por obras que englobam documentários, animações, vídeos poéticos, entre outros, que apresentam as cidades a partir de prismas distintos, destacando desde as infraestruturas urbanas até seus habitantes .



















