via Flickr usuário: Ángela Ojeda Heyper Licenciado CC BY 2.0
Jaime Sanz Haro, do coletivo ARKRIT, nos convida a refletir no artigo originalmente entitulado "Normativa, el nuevo tratado arquitectónico: Vitrubio, Alberti, Paladio, y el Plan General" sobre o papel e as consequências dos marcos regulatórios no urbanismo.
2018 foi um ano de muito trabalho para o ArchDaily Brasil. Tivemos a oportunidade de publicar uma série de conteúdos - artigos, notícias e projetos - curados especialmente para você, leitor, que diariamente nos acompanha. Indo além de nossa plataforma, nossa conta no Instagram foi fonte diária de compartilhamento de conteúdo através de nossos stories, IGTV e sobretudo, das dezenas de fotografias compartilhadas semanalmente.
Com nossos quase 150 mil seguidores no perfil brasileiro (@archdailybr) que têm nos acompanhado diariamente e distribuído seus likes nas melhores fotografias de arquitetura de projetos desenvolvidos por arquitetos brasileiros e portugueses, resolvemos criar um balanço de final de ano e analisar quais foram as 15 fotografias que receberam mais curtidas. Confira a lista a seguir!
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Concurso Paulista para Todos - Proposta de Paulo Mendes da Rocha + Nadezhda Rocha. Image Cortesia de Esquina
Paulo Mendes, Nadezhda Rocha e outros três escritórios de arquitetura (FGMF, Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados e Nitsche Arquitetos) são concorrentes do Festival de Ideias Paulista Para Todos, iniciativa do Esquina.net.br, , e do escritório de advocacia Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr e Quiroga Advogados, sediado na Paulista.. Cada um deles desenvolveu de maneira livre uma proposta de mobiliário urbano para a Avenida Paulista. As ideias serão submetidas a um trio de jurados composto pelos arquitetos e urbanistas Carlos Leite e Sol Camacho e por Renato Schermann Ximenes de Melo, sócio do Mattos Filho. O anúncio do vencedor será feito no dia 05 de dezembro.
Aninhada nos íngremes desfiladeiros e vales fluviais da província de Tokushima, no Japão, fica Kamikatsu - uma pequena cidade como qualquer outra. Mas Kamikatsu, ao contrário de seus vizinhos (ou a maioria das cidades do mundo), pode orgulhar-se de ser quase totalmente livre de resíduos.
Desde 2003 - anos antes de o movimento ganhar popularidade - a cidade comprometeu-se com uma política de desperdício zero. Os requisitos são exigentes: os resíduos devem ser classificados em mais de 30 categorias, itens quebrados ou obsoletos são doados ou separados em peças, itens indesejados são deixados em uma loja para troca de comunidade. Mas os esforços dos moradores ao longo dos anos foram recompensados - quase 80% de todos os resíduos da vila são reciclados.
O Kampung Admiralty Singapore de WOHA em Cingapura foi eleito o Edifício do Ano de 2018 no World Architecture Festival, concluindo o evento de três dias deste ano em Amsterdã. O prédio, que combina instalações dedicadas a residências para idosos com um amplo programa de uso misto e uma cobertura verde exuberante, foi selecionado de uma lista extremamente ampla que incluiu obras de escritórios como Sanjay Puri Architects, Koffi e Diabate Architectes, Heatherwick Studio, Spheron Arquitetos e INNOCAD.
https://www.archdaily.com.br/br/907057/kampung-admiralty-singapore-do-woha-e-nomeado-o-edificio-do-ano-de-2018-no-world-architecture-festivalKatherine Allen
Independentemente de onde você mora ou trabalha e com quem você interage, você geralmente passa pelos mesmos bairros e ruas da sua cidade. Seja em Santiago, Madri, Xangai ou Nova Iorque, certamente há bairros onde você nunca esteve, não importa o quanto você tenha vivido toda a sua vida na mesma cidade. Você realmente já pensou em quantas cidades existem na sua cidade?
Um artigo escrito por pesquisadores chilenos e publicado recentemente na Royal Society Open Science aposta no big data para analisar e visualizar a segregação urbana, oferecendo ferramentas espaciais que nos permitem planejar em uma "cidade de muitas cidades". "Sabemos que Santiago tem bolhas e que há segregação", diz Teodoro Dannemann, co-autor da pesquisa, em conversa com o ArchDaily via e-mail. "Sabemos que cada indivíduo explora apenas uma pequena parte da cidade, que é basicamente o percurso casa-trabalho, o que significa que apenas interagimos com um pequeno grupo de cidadãos", acrescenta.
Kuala Lumpur City Centre Park. Cortesia de Deimos Imaging
Sabemos que arquitetos adoram ver projetos em planta baixa. E certas obras de arquitetura paisagística atingem uma escala difícil de ser compreendida como um todo se não forem visualizadas desta forma; vê-las desta perspectiva pode fazer você captar toda sua essência e apreciar todo o conjunto. Selecionamos a seguir algumas fotografias de obras de Roberto Burle Marx que dificilmente você já havia visto deste ângulo, compartilhados conosco pela empresa espanhola Deimos Imaging.
No contexto da Semana UTEM 2018 no Chile, o workshopInfraestruturas em Obsolescência (WIO) reuniu 21 equipes da Faculdade de Arquitetura da Universidade Tecnológica Metropolitana (UTEM), que desenvolveram propostas para intervir em 7 estruturas em obsolescência em Santiago, a partir de uma ponte para pedestres atualmente fechada por uma estação de trem deteriorada.
Com a presença internacional dos arquitetos Luis Tombé (Colectivo720, Colômbia) e Walter Leone (Leone Arquitectura, Venezuela) - que também participaram do ciclo de palestras CONTRAPOSICIONES que deram palestras no Colégio de Arquitetos do Chile -, cada equipe foi composta por 7 membros de diferentes anos, acompanhados por dois tutores que orientaram os projetos.
É muito comum, nos dias de hoje, sentir-se extenuado pela enorme quantidade de informações que consumimos, tanto consciente quanto inconscientemente. No mundo da arquitetura não é diferente, é preciso dedicar-se para acompanhar o feed diário do ArchDaily e por isso mesmo, entendemos que nem sempre é possível estar a par daquilo que é notícia no mundo. Mas isto que à primeira vista parece ser uma infinita linha de produção arquitetônica, não necessariamente vem ao encontro das mais recentes preocupações em nossa disciplina, aquelas voltadas à economia e compartilhamento de recursos.
Esta reflexão generosa, à respeito de como e para quem estamos construído nossos edifícios e cidades, encontrava-se oculta em meio a produção massiva que definiu a arquitetura durante o século XX, mas algo estava nascendo, mesmo que em estado embrionário - algo que está se tornando cada dia mais evidente nos dias de hoje. Cada vez mais, arquitetos estão incorporando processos e estratégias de sustentabilidade e/ ou reuso adaptativo. Os mais tradicionais prêmios e reconhecimentos do mundo da arquitetura estão operando uma efetiva mudança de direção em nossa disciplina, chamando à atenção não mais apenas aos mesmos grandes nomes, mas também para pequenos escritórios de arquitetura espalhados pelo mundo, aqueles que têm nos apresentado uma nova maneira de pensar e conceber a arquitetura.
O estereótipo do arquiteto foi por muito tempo o da obsessão pelo ego e pela novidade. Praticamente um sinônimo de egocentrismo e originalidade. Por outro lado, atualmente estamos testemunhando uma mudança de rumo à partir da prática de milhares e milhares de jovens profissionais. Os projetos que foram notícia nesta última semana nos ensinam a repensar a arquitetura à partir da redução e da reutilização, transformando a maneira como concebemos à arquitetura no século XXI.
https://www.archdaily.com.br/br/906653/destaques-da-semana-reduzir-reutilizar-repensarKatherine Allen
Lidar com o contexto onde está inserido um projeto é parte essencial do exercício da arquitetura, seja negando ou incorporando os elementos preexistentes e as condicionantes do entorno nas propostas. Apesar dessa constante, entender o que há em volta como atuante direto nas decisões de desenho e organização do espaço vai além de simplesmente considerar boas vistas, ventilação natural ou orientação, trata-se de enxergar essas condições como agentes ativas nos projetos, isto é, como coautoras.
Os casos em que essa prática se faz mais notável são provavelmente aqueles que pensam os elementos da natureza nesse papel atuante, e essa é a postura adotada por alguns escritórios como verdadeiro partido inicial para o desenho dos espaços.
Alvaro Siza orquestra, como poucos, a experiência do visitante em suas obras. Por meio de compressões e descompressões, aberturas e fechamentos, volumes, vazios e luz, o arquiteto português marca os trajetos, os pontos de vista, as perspectivas e a passagem do tempo. Este ensaio, do fotógrafo Ronaldo Azambuja, retrata a obra dez anos após sua inauguração.
Imagem aérea de Smart City Laguna. Image via TecMundo
Smart City Laguna, este é o nome da primeira "cidade inteligente" do Brasil segundo publicaram alguns meios de comunicação, inclusive o ArchDaily Brasil, em 2017. Com inauguração prevista para aquele mesmo ano, o empreendimento contaria em sua primeira fase com 1.800 unidades e, no total, 7.065, divididas entre residenciais, comerciais e de uso tecnológico.
Localizada no distrito de Croatá, que faz parte da cidade de São Gonçalo do Amarante, a primeira smart city brasileira ocupa uma porção de terra de 330 hectares conectada diretamente à rodovia federal BR-22, que cruza os estados do Ceará, Piaí e Maranhão partindo de Fortaleza em direção à Marabá, no Pará. A escolha do local tem razões econômicas: a proximidade com o Porto do Pecém, em Fortaleza, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) e a Ferrovia Transnordestina fazem de Croatá um ponto estratégico no nordeste que vem sendo ocupado nos últimos anos por empresas de tecnologia, conformando um chamado "Cinturão Digital" a pouco mais de 50 quilômetros da capital cearense.
Pesquisadores divulgaram recentemente a descoberta do maior complexo cupinzeiro do mundo, que se localiza em terras brasileiras, na região nordeste do país. Estima-se que o total de solo escavado represente 4.000 pirâmides de Gizé e que o complexo tenha em média 4 mil anos de idade e cobre uma área estimada de 230.000 km², o que equivale à área da Grã-Bretanha.
Arte, de modo geral, é produzida para ser vista ou experienciada por um outro, um interlocutor, que, por sua vez, estabelece relações variadas com a obra. Esse, entretanto, parece não ser o caso da Capela em Bataan, construída pelo artista suíço Not Vital nas Filipinas.
Castigada por ventos constantes, a obra eleva-se sobre uma colina na zona rural de Bagac, cidade de pouco menos de 30 mil habitantes localizada a cerca de 50 quilômetros a oeste de Manilla. A localização remota da instalação dificulta o acesso e faz do percurso uma empreitada que assume ares de peregrinação – parte de sua graça reside, justamente, em sua inacessibilidade.
A arquitetura é poderosa, e assim como a energia nuclear, ela depende da forma como é utilizada. Pode criar cidades inabitáveis, mas também pode criar cidades mais seguras e melhorar nossa qualidade de vida.
Em diversos exemplos, o desenho urbano forneceu uma resposta aos espaços públicos deteriorados ou abandonados, o que não só evidencia o quanto a organização e a iluminação são imprescindíveis, mas também permite considerar os usuários e gerar espaços para o encontro.
22 de novembro de 1988 representa uma data muito marcante dentro do campo arquitetônico. Foi quando um dos arquitetos mais importantes para a história da arquitetura mexicana e do mundo morreu na Cidade do México. Luis Barragán Morfín, nascido em Guadalajara e formado em engenharia civil, deixou um extenso legado traduzido em textos, conferências, edifícios, residências, jardins ainda vivos até hoje, que foram incorporados por alguns dos arquitetos mais influentes do cenário internacional. O trabalho de Luis Barragán, representa anos de pesquisa, mas, sobretudo, de contemplação, de ver o mundo com sensibilidade e de continuar reescrevendo o que nos pareceria óbvio.
Sem dúvidas, o legado de Luis Barragán representa algo tão complexo e atemporal que continua a inspirar e surpreender arquitetos de todas as gerações. É por isso que, 30 anos depois de sua morte, compilamos os depoimentos de alguns dos arquitetos contemporâneos mais representativos do México que compartilharam conosco qual a obra mais importante de Luis Barragán em seu trabalho e por quê. Continue lendo para conhecer os depoimentos completos.
Na quarta-feira, 21 de novembro, foi realizado o veredicto do Concurso da XXI Bienal Pan-Americana de Arquitetura de Quito - BAQ 2018.
Separados em 6 categorias de participação, os diferentes jurados selecionaram uma série de projetos e publicações que se destacaram por ser uma contribuição real em seus respectivos campos, proporcionando lições relevantes para a nossa disciplina.
Em seguida, apresentamos os vencedores nas categorias (E) Teoria, História e Crítica da Arquitetura, Urbanismo e Paisagem e (F) Periódicos Especializados.
Todos temos a memória de infância de desenhar uma casinha com uma porta e uma janela, um telhado de duas águas e uma árvore do lado. Mas, o que diferencia os arquitetos do restante da população, é que continuamos desenhando isso depois de adultos, geralmente com um pouco mais de técnica. E, da mesma forma que nossos desenhos de casas foram se tornando mais complexos e completos, o desenho das vegetações precisou melhorar um pouco. (Aquela forma parecida com um brocólis não agradaria muito clientes e professores). Ainda que geralmente as árvores não sejam os focos principais dos desenhos, elas desempenham um papel importante na composição dos croquis, principalmente para representar a escala, sombreamento pretendido ou alguma intenção de paisagismo.