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Entre os aparatos tecnológicos aliados à arquitetura, o drone – aparelho eletrônico aéreo não tripulado e controlado por controle remoto via rádio, é um dos instrumentos que vem ganhando destaque nos últimos anos. Sua utilização concentra-se em dois campos: captação de imagens e de dados.
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A captação de dados geográficos através de mapeamentos tridimensionais tem contribuído significativamente a estudos topográficos e monitoramento, como por exemplo, de movimentação de terra, transformações espaciais por fenômenos ambientais ou mesmo desmatamentos e ocupações irregulares. Ainda sobre os recursos em auxílio à coleta de dados, o drone pode auxiliar em estudos de planejamento urbano e análise nos padrões do sistema de trânsito. Quanto à conservação e catalogação de edificações históricas, há diversas iniciativas de escaneamento da fachada e interiores, que contribui para o restauro.
Na fotografia, os drones têm permitido novos e interessantes enquadramentos, alguns até inimagináveis até então, ou que só seria acessados por meio de voos custosos de helicóptero ou aviões. Um dos precursores no uso do equipamento é o fotógrafo português Fernando Guerra, que utiliza a ferramenta à captação de imagens desde seus trabalhos mais antigos.
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Para além da fotografia, ainda permitem a captação de vídeo, como é o caso da fotógrafa Joana França, que em um de seus recentes trabalhos, capturou a malha urbana da cidade de Brasília sob imagens aéreas, permitindo conhecê-la de cima e vislumbrar fragmentos da cidade concebida por Lúcio Costa.
No campo da engenharia, os dispositivos têm auxiliado na coordenação e fixação de peças pré-fabricadas em seus exatos eixos e planos, que até pouco tempo limitavam-se ao momento da instalação. Ainda nas obras, têm apresentado rápidos e eficientes trabalhos na verificação de áreas de risco aos trabalhadores – fossas, tubulações, fundações, coberturas, etc. as câmeras térmicas pra fotovoltaico e pra esforço em estrutura
Durante o processo construtivo de edifícios e obras urbanas, os registros feitos por drones permitem acompanhar o progresso em tempo real no canteiro, como é o caso das obras do Auditório Steve Jobs no campus da Apple, captadas por Duncan Sinfield.
O mecanismo também tem contribuído na associação às tarefas sociais, como é o caso da proposta da Redline, responsável pela distribuição de medicamentos e serviços às comunidades africanas em Ruanda. A proposta conta com projeto concebido especialmente pelo escritório Foster + Partners ao abrigo dos equipamentos, nomeado como Droneport, com conclusão prevista para 2020.
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De modo geral, o equipamento ainda parece uma realidade distante à maioria dos arquitetos, engenheiros e fotógrafos de arquitetura. Contudo, a recente queda no preço tem permitindo acesso a uma parcela maior da sociedade. Podemos afirmar que nos próximos anos os drones possam possibilitar outros usos ao campo da arquitetura, urbanismo e construção.