China assume posição para acabar com sua "arquitetura estranha"

A China se tornou nos últimos anos o lar dos ícones arquitetônicos mais estranhos do século XXI. Hangzhou tem uma réplica da Torre Eiffel como parte de um empreendimento imobiliário e o World Financial Center de Xangai é frequentemente descrito como o maior abridor de garrafas do mundo. No entanto, projetos deste tipo poderão, em breve, ser anulados por uma medida tomada pelo Conselho Estatal e pelo Comitê Central do Partido Comunista, de acordo com o New York Times.

A medida impede a construção de qualquer arquitetura considerada "superdimensionada, xenocêntrica, estranha e desprovida de tradição cultural". Em seu lugar, deverão ser projetados edifícios "adequados, econômicos, sustentáveis e agradáveis ao olhar."

Shanghai Skyline © flickr user januski83, licensed under CC BY 2.0

A nova diretriz também impõe o fim das comunidades residenciais muradas. Estas medidas foram divulgadas após o governo chinês ter se reunido para discutir questões relacionadas ao rápido crescimento urbano do país. Atualmente, mais de 700 milhões de chineses vivem em cidades. 

O conjunto de normativas segue a ideia de um discurso de quase duas horas proferido pelo presidente da China, Xi Jinping, em 2014, em que ele pede o fim destes "edifícios estranhos", particularmente na capital Pequim. Visto como um "parque de diversões para as estrelas da arquitetura" -- com edifícios como o CCTV do OMA, conhecido pelos moradores locais como "calças grandes"-- o país não financiará mais este tipo de edifício icônico quando se tratar de projetos públicos.

"Para projetos residenciais ou comerciais privados, ainda há espaço para inovação", comentou Wang Kai, vice-presidente da Academia Chinesa de Planejamento e Desenho Urbanno, ao New York Times.

Why China's President Says "No More Weird Buildings"

Via New York Times

Sobre este autor
Cita: Overstreet, Kaley. "China assume posição para acabar com sua "arquitetura estranha"" [China Takes Steps to Stop its "Weird Architecture"] 19 Mar 2016. ArchDaily Brasil. (Trad. Baratto, Romullo) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/783548/china-assume-posicao-para-acabar-com-sua-arquitetura-estranha> ISSN 0719-8906

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