À primeira vista, um parque sem cercas pode ser percebido como um espaço mais acolhedor e fácil de acessar. Além disso, por estar disponível 24 horas por dia, pode incorporar os trajetos dos cidadãos, melhorando, assim, a conectividade entre os bairros.
Tomando estas ideias como metas, o Departamento de Parques de Nova Iorque lançou o programa "Parque sem Fronteiras"; uma iniciativa que, como sugere seu nome, busca que estes espaços públicos sejam mais acessíveis para os habitantes, mais belos e frequentados por cada vez mais pessoas.
Como em Nova Iorque há mais de 5 mil praças e parques inseridos nos bairros, que não necessariamente apresentam as melhores condições de infraestrutura, o departamento organizou uma consulta pública com os cidadãos para que estes sugerissem locais a serem melhorados.
Foram escolhidos cinco parques de acordo com o apoio que recebiam das comunidades onde estão inseridos e também de acordo com seu potencial de acesso e características que ajudem a melhorar o entorno urbano.
A cada um dos parques selecionados serão destinados US$ 8 milhões que financiarão intervenções nos acessos, bordas e espaços adjacentes.
No caso dos acessos, espera-se que todos os usuários, com suas diferentes capacidades de mobilidade, possam entrar nos parques sem dificuldades. Para isto, o departamento considera ampliar as entradas e eliminar as cercas que delimitam as áreas verdes.
Além disso, para favorecer as caminhadas no interior dos parques pretende-se pavimentar algumas trilhas. Esta ideia acompanha o plantio de mais árvores e arbustos e a instalação de mobiliário urbano, como bancos e mesas.
Para as bordas, a ideia consiste em integrar visualmente as ruas que cercam os parques às áreas verdes. Para isso, pretende-se rebaixar ou eliminar as cercas que delimitam os parques. Finalmente, para os espaços adjacentes - que correspondem aos terrenos baldios próximos aos parques - pretende-se abri-los e ativar seus usos para que se integrem aos espaços públicos.
A implementação do programa "Parques sem Fronteira" é uma iniciativa que faz parte do projeto OneNYC, um plano com objetivos para 2040, ano em que a cidade terá 9 milhões de habitantes.
