As cafeterias sempre foram espaços de encontro populares entre os amantes de café, mas com o aumento do trabalho remoto, especialmente pós-pandemia, elas se tornaram um importante local para trabalhadores remotos e estudantes. Uma das muitas razões pelas quais elas são um ponto de encontro tão popular, além do fato de servirem uma das bebidas mais adoradas do mundo, são seus espaços internos bem projetados que promovem conforto, relaxamento e produtividade simultaneamente. Afinal, sempre se disse que arquitetos e café andam de mãos dadas. Neste artigo, exploramos como diferentes elementos de design moldam a experiência do usuário de uma cafeteria e analisamos como os arquitetos os empregaram por meio de 17 exemplos.
Espaços de circulação são geralmente desafiantes para projetistas por servirem, como o nome diz, apenas a passar de um cômodo a outro. Enquanto muitos aproveitam estes espaços como locais de armazenamento, Mies van der Rohe na casa Farmsworth reduziu a circulação ao mínimo, criando uma planta livre completamente isenta de corredores. Quando nos deparamos com circulações verticais, a questão é semelhante. Escadas cumprem ao propósito de vencer a altura entre um pavimento e outro, mas raramente constituem-se em espaços de convívio em interiores. Arquibancadas, por sua vez, desempenham este papel em diversos programas. Se até então eram encontradas apenas em espaços esportivos ou anfiteatros, o uso de arquibancadas se massificou e tem figurado em espaços de escritórios, prédios públicos, escolas e até residências.
A canção do grupo inglês Pink Floyd “Another brick in the wall” (Outro tijolo na parede) traz à crítica um sistema educacional alienante e pouco motivador. As pessoas, ou as crianças, são retratadas como tijolos, por conta de sua homogeneidade, seja na forma de viver ou de pensar em uma sociedade pouco afeita à contestação. Os tijolos funcionam muito bem nessa comparação, por terem mudado muito pouco na história e pelo mundo em suas formas retangulares. Mas isso não vale em relação às suas cores. Ainda que estejamos acostumados a remeter ao vermelho quando falamos de tijolos, há infinitas possibilidades de tons, conforme a composição e o processo de fabricação das peças.
Ao longo dos últimos anos, muitos arquitetos e arquitetas têm expressado seu compromisso para com o desenvolvimento de uma arquitetura mais ética e sustentável, apropriando-se amplamente de materiais locais e técnicas tradicionais de construção. Neste âmbito, muitos deles foram buscar inspiração em sistemas construtivos vernáculos e na própria cultura e identidade local, ressignificando antigas soluções em contextos contemporâneos.
Em nossa constante busca por materiais locais e ecológicos, onde quer que estivermos, sempre vamos nos deparar com um dos materiais mais conhecidos, sustentáveis e recorrentemente utilizados por diferentes povos e culturas ao redor do mundo: o ratã. Atualmente estima-se que quase setecentas milhões de pessoas fazem uso constante do ratã em suas atividades diárias, sendo que em muitos países do sudoeste asiático este material é até considerado um importante elemento da própria cultura e identidade local. Neste artigo, procuramos analisar as formas como arquitetos e arquitetas têm explorado este versátil material em seus projetos de arquitetura contemporânea.
Stephanie & Kevin / Atelier Vens Vanbelle. Image Courtesy of Atelier Vens Vanbelle
Como é de praxe em todos os finais de ano, a Pantone anunciou sua(s) cor(es) para o ano de 2021: PANTONE 17-5104 Ultimate Gray e PANTONE 13-0647 Illuminating. Pela segunda vez em sua história—que já dura 22 anos—, a Pantone escolheu não uma, mas duas cores tendência para representar o próximo ano. Embora a Pantone tenha revelado que ambas cores foram escolhidas independentemente, elas podem ser vistas como complementares. Enquanto a PANTONE 13-0647 é “iluminante”, brilhante e vivaz, a PANTONE 17-5104 é uma cor pura e genuína. Quando juntas, estas cores representam a força, o otimismo e a energia necessárias para encaramos os desafios do próximo ano. Na arquitetura, esta paleta tem sido utilizada em uma enorme variedade de espaços, desde ambientes domésticos minimalistas até grandes complexos multiuso. Abaixo, apresentamos 14 exemplos de projetos publicados aqui no ArchDaily que utilizam tons similares das cores escolhidas pela Pantone para 2021.
https://www.archdaily.com.br/br/953804/arquitetura-em-tons-de-amarelo-e-cinza-cores-pantone-2021Lilly Cao
Ir além da escala humana não é novidade. Por séculos, construtores, engenheiros e arquitetos têm criado edifícios monumentais para marcar a espiritualidade ou o poder político. Palácios, edifícios governamentais ou templos sempre atraíram a admiração e reverência das pessoas, alimentando a ainda não totalmente compreensível obsessão por construções em grande escala.
Hoje em dia, algumas das maiores e mais impressionantes estruturas estão menos relacionadas a funções religiosas ou governamentais e parecem estar se voltando para programas mais culturais. Além disso, na maioria das vezes, as estruturas são abertamente releituras da natureza.
Talvez a abertura zenital mais célebre já construída seja o Panteão de Roma, encomendado por Marco Vipsânio Agripa durante o reinado do imperador Augusto (r. 27 a.C.–14 d.C.) e reconstruído por Adriano (r. 117–138) por volta de 126. No ponto mais alto da sua cúpula (neste caso, o óculo) brilha a luz do sol, lançando seus feixes sobre as várias estátuas de divindades planetárias que ocupam os nichos nas paredes. A luz que adentra o espaço simbolizava uma dimensão cósmica, sagrada. A luz natural continua cumprindo esse papel cênico, quando bem utilizada, sobretudo em projetos religiosos.
Caracteriza-se iluminação zenital como a que vem de cima, do céu (zênite). Muito útil para espaços grandes que não possam ser adequadamente iluminadas por janelas, as claraboias são um artifício amplamente usado e que proporcionam uma luz difusa agradável ao espaço. Geralmente toma-se o cuidado que não permitam a entrada do sol, para não aquecer demasiadamente o local e devem ser bem projetadas e construídas para que não sejam pontos de infiltração de água. Veja, abaixo, uma coletânea de projetos que utilizam essa solução: