No dia 20 de maio, o mundo da arquitetura voltará seus olhos para Veneza e para a inauguração da 18ª edição da Bienal de Arquitetura. Desde que a arquiteta Lesley Lokko foi anunciada como curadora do evento, o ArchDaily tem coberto todos os detalhes da Bienal e sabemos que, dias antes da abertura, surgem muitas dúvidas sobre o evento entre nossos leitores.
Do revestimento externo ao sistema estrutural, um edifício é feito de muitas camadas. Assim como o corpo humano, muitas delas - que tendem a ser os componentes mais cruciais e funcionais - permanecem invisíveis pelo público, cobertas com características estéticas. Entre todos os elementos ocultos, todos os edifícios incluem chapas usadas para servir vários propósitos principais: proteger o chão, paredes, telhados e tetos, fortalecendo a estrutura contra forças internas e externas, dando à edificação solidez.
A madeira é o material mais comum para este revestimento, com Oriented strand board (OSB), geralmente sendo a melhor escolha. Mas por quê? Feitas por lascas de madeira coladas e comprimidas com adesivos curados pelo calor, placas OSB são leves, flexíveis, fortes, versáteis e totalmente recicláveis. Também se destacam resistindo à deflexão, deformação e distorção, além de oferecer algum isolamento térmico e acústico. No entanto, além de seu bom desempenho e propriedades mecânicas, o OSB é especialmente conhecido por ser mais barato do que outras alternativas, economizando drasticamente custos e o tempo. De fato, este painel estrutural pode ser de U$ 3 a U$ 5 mais barato do que o compensado, o que explica por que muitas vezes é considerado seu substituto de baixo custo.
Sem incluir uma banheira e sem a necessidade de portas, telas ou cortinas, os chuveiros sem box ou desníveis - também chamados de walk-in - permitem aumentar visualmente o espaço ao projetar banheiros, dando a eles uma imagem limpa e reduzida ao essencial.
No entanto, algumas precauções devem ser tomadas para seu desenho. A coisa mais importante: o chuveiro não pode ser completamente aberto, mesmo que pareça à primeira vista. A maioria dos projetos incorpora um vidro temperado que evita que a água "salte" para fora do espaço do banheiro, fechando sutilmente o espaço. Quando essa divisão transparente não possui marcos, é menos provável a aparência de fungos devido ao acúmulo de água e umidade.
Puerto Vallarta ensuite bathroom / Studio Utkan Gunerkan. Image Courtesy of Studio Utkan Gunerkan
Embora o minimalismo branco continue sendo a norma, as tendências retrô estão voltando seriamente nos designs modernos de banheiros, incorporando toques de cor, acessórios clássicos e superfícies padronizadas. Apesar de muitas vezes serem espaços estáticos e tradicionais nas residências, os banheiros certamente sofreram transformações significativas ao longo dos anos. Enquanto os da década de 1970 trouxeram cores vibrantes como o verde abacate e o amarelo mostarda, os anos 80 introduziram os ladrilhos cerâmicos em tons pastéis mais suaves. Por outro lado, este século estabeleceu o ideal em superfícies brancas e marmorizadas, acabamentos lisos e brilhantes e acessórios prateados. No entanto, mesmo que esse visual todo branco continue a ser o protagonista, aprimoramentos retrô arrojados estão revivendo e se misturando com elementos contemporâneos para criar atmosferas elegantes, mas animadas, com um caráter forte.
Espaços de circulação são geralmente desafiantes para projetistas por servirem, como o nome diz, apenas a passar de um cômodo a outro. Enquanto muitos aproveitam estes espaços como locais de armazenamento, Mies van der Rohe na casa Farmsworth reduziu a circulação ao mínimo, criando uma planta livre completamente isenta de corredores. Quando nos deparamos com circulações verticais, a questão é semelhante. Escadas cumprem ao propósito de vencer a altura entre um pavimento e outro, mas raramente constituem-se em espaços de convívio em interiores. Arquibancadas, por sua vez, desempenham este papel em diversos programas. Se até então eram encontradas apenas em espaços esportivos ou anfiteatros, o uso de arquibancadas se massificou e tem figurado em espaços de escritórios, prédios públicos, escolas e até residências.
É difícil encontrar alguém que nunca tenha sonhado em construir ou ter uma casa na árvore para chamar de sua. A ideia de um refúgio, um espaço totalmente integrado à natureza e com uma vista privilegiada agrada a quase todas as idades. Há exemplos de casas na árvore de todas as escalas e complexidades, desde pequenas plataformas elevadas até algumas altamente complexas, inclusive com instalações elétricas e hidráulicas. Alguns sites especializados no tema (sim, isso existe!), apresentam valiosas dicas para a construção desses sonhos. Em geral, eles concordam com o lema: “Escolha sua árvore, faça o seu projeto, mas esteja pronto para adaptá-lo!”
A madeira laminada colada (MLC), também conhecida como Glulam (por seu nome inglês 'Glued Laminated Timber'), é um material estrutural fabricado através da união de segmentos individuais de madeira, colados com adesivos industriais (geralmente adesivos de resina de melamina ou poliuretano). As peças resultantes oferecem alta durabilidade e resistência à umidade, podendo vencer grandes vãos e conformar formas únicas.
Estádios – novos ou reformados – são estruturas concebidas para acolher públicos cada vez maiores, edifícios inovadores para a realização de grandes eventos esportivos além de serem excelentes exemplos de projetos de arquitetura em grande escala. Além de todos os aspectos técnicos e considerações relativas ao esporte, estas enormes estruturas apresentam aquilo que há de mais moderno em relação a sistemas tecnológicos, de eficiência energética e sustentabilidade.
A seguir veremos o projeto de nove estádios através dos detalhes de suas complexas mega estruturas.