Delia Bayona

NAVEGUE POR TODOS OS PROJETOS DESTE AUTOR

Clássicos da Arquitetura: Estádio Nacional do Peru / Alberto Jimeno

Clássico dos Clássicos por sua representação arquitetônica na imaginação dos peruanos, por ser um lugar onde se jogam os clássicos ou icônicos resultados, como a classificação da Copa do Mundo depois de tantos anos; este edifício é também, e acima de tudo, um clássico da arquitetura moderna peruana. O que esta apresentação pretende é ir desde o mais visível e familiar até os dias de hoje, para compreendê-lo em sua estrutura e projeto originais.

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Clássicos da Arquitetura: Cine Tauro / Walter Weberhofer

O cinema Tauro é uma jóia arquitetônica (esquecida) no centro histórico de Lima.

Sua construção data de 1957 a 1959. Esta obra de Walter Weberhofer, incansável arquiteto moderno dos anos 50 e 60, foi concebida como um complexo misto de entretenimento, comércio e escritórios que faria parte de um sistema de uma torre de 10 andares. Do projeto original chamado "Washington Cinema" só foi possível construir 3 andares comerciais com seu respectivo porão e o complexo de cinema cuja fachada era orientada para uma praça triangular, dando à esquina - compreendida pelas ruas Washington e Delgado - uma imagem urbana cinematográfica que rompeu com o cotidiano.

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Estratégias de ocupação urbana para reabilitar as encostas de Lima

Dedicado a famílias afetadas por desastres naturais e aquelas que vivem em zonas costeiras à espera de alternativas ou mudanças em seu habitat.

As encostas são como um manto que nos rodeia, mas de uma forma tendenciosa. A neblina de Lima esconde esse esquecimento. Falar em habitar as encostas ainda pode ser sinônimo de não-habitável por conta das más condições em que se encontram tantas casas vulneráveis pertencentes aos 70% da autoconstrução da cidade. No entanto, as encostas, devido à sua condição geográfica, oferecem qualidades habitáveis que devemos reconhecer e repensar, a fim de nos colocarmos sabiamente no território, e assim reabitar com novos ares. Nem todas as casas auto-construídas são "sem conhecimento", algumas delas têm suas próprias lições. Outras, em sua maioria, não. A verdade é que ainda é uma área a ser explorada.

CIUDADES [en]VISIBLE: Conheça os vencedores e menções deste concurso que propõe habitação social para Lima

... não é apenas um convite ao projeto arquitetônico, mas também para refletir e questionar nosso compromisso profissional com o desenvolvimento dos locais mais vulneráveis e a criação de cidades mais inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis.

Uma forma de tornar as cidades visíveis é intervindo nos setores esquecidos ou periféricos da cidade, bem como respondendo às necessidades mais básicas, tornando-as visíveis e fazendo um chamado de urgência. Há alguns meses anunciamos a chamada para este concurso e hoje estamos surpresos com a variedade de respostas. Também é interessante ver como participantes de outros países vêem o Peru de fora e o que eles propõem à realidade. Uma grande contribuição, pois dessa forma ampliamos as possibilidades de intervir com múltiplas perspectivas na construção de projetos com/para a sociedade.

CIUDADES [en] VISIBLE é um concurso que convidou arquitetos, engenheiros, estudantes ou profissionais, a projetar de comum acordo com as famílias beneficiadas: a família Salazar, a família Acarraz, a família Teccse, a família Huamán, a família López. Cinco famílias, cinco casas. Habitação é em si uma necessidade básica, no qual este concurso é ao mesmo tempo um laboratório para a cidade em busca de outras soluções para a construção planejada de habitação em um país como o Peru, onde cerca de 70% das casas são auto-construídas. O lugar de intervenção é a Comunidade 3 de dezembro, localizada ao sul da cidade de Lima, no distrito de Lurin.

Arquitetos propõem 120 habitações sociais incrementais e flexíveis para Iquitos, Peru

Construir e crescer, duas ações que deveriam ser mais levadas em conta. É assim que o concurso de habitação social "Construye para Crecer 2017" 2017, com projeções para diferentes estágios de crescimento, procura estabelecer bases que sustentem um modo de vida flexível. O local era o bairro de Belém, localizado na cidade de Iquitos, em um terreno de 3,7 hectares. O projeto atual que obteve o primeiro lugar propôs localizar 120 casas progressivas como uma alternativa que permita aos usuários modificarem e expandirem suas residências de acordo com suas necessidades e possibilidades econômicas. Em suma, um modo de vida, tanto elementar como livre, através de um núcleo sólido formado por uma estrutura que apóia atividades diversas.

Discursos inspiradores do primeiro dia em uma escola de arquitetura

Seja ou não o primeiro dia, ou quando quiser começar de novo; certos discursos são "lugares" aos quais devemos retornar ou trazer de volta para nos reinventarmos sempre.

Comecemos, então, novamente. Como todo novo começo, há um despertar do espírito. Proibido começar sem ilusões para mudar o mundo, arquitetos. Já dizia Ciriani: "a única coisa que deve trazer o aluno da arquitetura é a motivação", mas estamos perdidos. Com o avanço do ciclo, tanta busca criativa pode nos desgastar. Todos os caminhos e meios do eternamente aclamado "me falta inspiração" sabemos muito bem; por essa razão, em contraste, sabemos o grande valor de sentir-nos inspirado.

Esta é a importância dos discursos do primeiro dia de aula nas escolas de arquitetura. Pois eles são a ocasião perfeita onde as palavras confabulam para nos injetar inspiração que durará em todo o ciclo ou toda a carreira. Porque aqueles que são verdadeiramente inspiradores são eternos. E há de tudo: sóbrio, chamativo, reflexivo, sentimental, excitante, inesquecível... varia de acordo com a intensidade e intenção de cada professor. A verdade é que alguém em algum lugar dá e recebe essa mensagem universal.

O que este artigo traz são pedaços de discursos de primeiros dias recortados durante uma carreira arquitetônica. Há aqueles que têm essa loucura de escrever até as palavras de encorajamento. Então, em algum momento - como este - fazem sentido, são compartilhados e pronunciados como uma mistura de inspiração instantaneamente.

Clássicos da Arquitetura: Banco de Crédito do Peru / Arquitectónica International Corporation

A nova sede do Banco de Crédito do Peru, destinada para a direção central da instituição, é um marco da arquitetura peruana do século XX por seu vínculo com a modernidade. Emerge como uma arquitetura poderosa devido a sua monumentalidade sofisticada e localiza-se afastada da cidade, em um bairro de classe média e alta La Molina, na junção dos Andes e a cidade. A escala monumental de 5 andares impõe-se à escala do bairro, que conta com habitações de 2 a 3 andares.

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TUBOTELLA: estudantes peruanos desenvolvem estrutura modular reciclada

Como o nome deixa evidente, TUBOTELLA é um módulo feito de garrafas (botellas, em espanhol) recicladas. Este módulo transforma o recipiente plástico em uma peça escultural que, em conjunto com as demais garrafas e caixas de Tetra Pak, adquire resistência física. 

TUBOTELLA é um dos cinco projetos envidados por estudantes peruanos da Pontificia Universidad Católica del Perú (PUCP) à seleção dos melhor projetos universitários do mundo, realizada pelo ArchDaily em 2016.

Arquitetura em Machu Picchu, três projetos na paisagem

Preservação de patrimônio e integração com a paisagem são dois temas cruciais no desenvolvimento da arquitetura peruana cujo território é uma síntese de paisagens com memórias. O projeto vencedor do concurso de Ideias para intervenções no Parque Arqueológico Nacional de Machupicchu (Cusco), não somente alcança ambas relações, mas as entrelaça, adapta e propõe. Mimetiza-se respeitando a tradição arquitetônica do lugar, emergindo com sua própria linguagem contemporânea. Cria pontes de novas relações respeitando as preexistentes, continuando assim, com a natureza do lugar onde há harmonia entre a paisagem e a história. Naturalmente, integra os visitantes a ser parte dessa experiência.

A seguir, conheça mais detalhes deste projeto arquitetônico e, sobretudo, uma aproximação ao que vem sendo o desenvolvimento de exteriores e paisagismo do masterplan proposto ao Parque Arqueológico.

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10 sítios arqueológicos que todo arquiteto deveria visitar no Peru

No Peru, você não pode viver, passar sem conhecer nem, muito menos, deixar de aprender as lições do legado arquitetônico milenar de alguns do seus tantos sítios arqueológicos - 19.903 para ser mais exato. Estes lugares estão cheios de inspiração, arte, história, lendas, magia do começo ao fim, que vale conhecer e dedicar um tempo para apreciar até os mínimos detalhes. São histórias plasmadas na arquitetura cujos vestígios fomentaram mistérios que talvez nos deixem mais perguntas do que respostas, mas aí está este poder de se encantar que todo o arquiteto saberá aproveitar para seguir viagem com uma visão enriquecida.

Poderíamos escrever belezas, mas é melhor conhecê-las. Assim, esta pequena lista é, mais do que um convite, uma provocação dos sentidos que se dedica a alma do arquiteto-viajante. 

Arquitetos peruanos buscam aprender das florestas do mundo: uma viagem pela Indonésia, Camarões, Honduras e Peru

Paradoxalmente, os projetos mais interiorizados com seu país transcendem suas fronteiras. Pois, precisamente, seu trabalho de conexão interna e introspecção com as tradições das comunidades mais antigas e ocultas, leva-os a buscar mais conexões e ressonâncias fora dos limites. Esta viagem dentro-fora nos concerne a todos, vejamos o porquê...

O projeto "A través de las selvas del mundo", da associação peruana sem fins lucrativos Construye Identidad, é um trabalho multidisciplinar que vem sendo desenvolvido há mais de um ano nas comunidades da floresta peruana de Junín, documentando os desafios que enfrenta a arquitetura vernacular e o habitar da selva, na era da globalização e mudanças climáticas.

Agora começou a etapa seguinte, onde a equipe viajará ao longo da Franja Climática Tropical do mundo para visitar as selvas de quatro continentes, um país por continente: Indonésia, Camarões, Honduras e Peru. Estes foram selecionados com base na similaridade das características tanto geográficas como demográficas, os desafios econômicos e da riqueza cultural; a fim de evidenciar as problemáticas compartilhadas ao longo dos bosques tropicais do mundo.

Como ser arquiteto e não morrer tentando

Este é o título de um pequeno livro, antigo e pouco conhecido, que chegou em algum momento nas mãos de uma estudante de arquitetura em uma de suas tantas crises arquitetônicas. É interessante compartilhá-lo e, mais intrigante ainda, tratar de encontrar uma resposta contundente à pergunta que intitula este livro escrito pelo arquiteto e crítico peruano Alfredo Queirolo.

A publicação foi escrita entre 1991 e 1992, em um excesso de entusiasmo arquitetônico, entre Buenos Aires, Lima, Arequipa e Cañete. Por fora, o livro aparenta suas dimensões alongadas... tal qual, e como diz o autor: "a ideia era fazer um tríptico, um livro que fosse vários ao mesmo tempo...", onde considera as três variáveis com as quais um arquiteto convive diariamente:

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