Antoni Gaudí, simbiose da forma e da técnica

Quando o arquiteto catalão Antoni Gaudí (25 de junho de 1852 - 10 de junho de 1926) se formou na Escola de Arquitetura de Barcelona, em 1878, o então diretor Elies Rogent declarou: "Senhores, estamos aqui hoje na presença de um gênio ou de um louco!" [1] Mais de um século depois, essa tensão ainda é evidente no trabalho de Gaudí; embora seja amplamente considerado genial, seu estilo distinto permanece ímpar na história da arquitetura – ao mesmo tempo inspirador e bizarro, nunca se encaixou em nenhum movimento estilístico.

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Gaudí em 1878. Imagem de Pau Audouard, domínio público

Nascido na vila catalã de Riudoms ou Reus (os registros não são precisos), desde jovem Gaudí era fascinado pela natureza. Entre 1875 e 1878, foi recrutado para o serviço militar obrigatório, mas devido a problemas de saúde, que o acompanharam por toda a vida, pôde passar grande parte desse tempo estudando. 

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Casa Milà. Imagem © Samuel Ludwig

O estilo fantástico de Guadí recebeu uma série de influências e é, em grande medida, resultado do contexto da arquitetura do final do século XIX, quando a exigência de seguir estilos históricos estritos começava a cair em desuso. Assim, Gaudí pôde buscar inspiração em estilos orientais e na retomada da arquitetura gótica, que tinha Viollet-le-Duc como uma das figuras de proa. Acreditava, no entanto, que a arquitetura gótica era "imperfeita", buscando na natureza motivos para inspirar e informar seu trabalho.

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Casa Batlló. Imagem © Flickr user srboisvert licensed under CC BY 2.0

Por mais notáveis que sejam seus trabalhos em termos plásticos e formais, Gaudí é igualmente conhecido por sua compreensão avançada das estruturas. Tendo estudado geometria em sua juventude, aprofundou-se em questões de engenharia, explorando geometrias complexas derivadas de curvas catenárias, parabolóides hiperbólicos, hiperbolóides e helicoides que, além de plasticamente impressionantes, eram estruturalmente eficientes. 

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Interior da Sagrada Familia. Imagem © Renate Dodell

Gaudí ganhou reconhecimento cedo em sua carreira com projetos como a Casa Vicens e, em 1883, aos 31 anos de idade, foi nomeado para o projeto Sagrada Família. Nas três décadas seguintes, o trabalho de Gaudí tornou-se quase sinônimo de Barcelona, pontuando a cidade com obras-primas como o Parc Güell, Colònia Güell e a Casa Milà.

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Colònia Güell. Imagem © Samuel Ludwig

Em 1915, Gaudí interrompeu todos os outros projetos para concentrar esforços exclusivamente na Sagrada Família. Trabalhou nesta obra pelos 11 anos seguintes, até falecer, em 1926, vítima de atropelamento por um bonde. 

Nota
1. Jeremy Roe, "Antoni Gaudí" (Parkstone International, 2012) p.18

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Sobre este autor
Cita: ArchDaily Team. "Antoni Gaudí, simbiose da forma e da técnica" [Spotlight: Antoni Gaudí] 25 Jun 2022. ArchDaily Brasil. (Trad. Baratto, Romullo) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/942390/antoni-gaudi-simbiose-da-forma-e-da-tecnica> ISSN 0719-8906

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