Pavilhão Centro Comunitário: uma estrutura efêmera que ecoa os terremotos no México

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O projeto Pavilhão Centro Comunitário é uma resposta ao convite de propor vários pavilhões efêmeros com diversos autores dentro do âmbito das atividades dos Arch Days CDMX e Design Week 2018, situação que inspirou três escritórios de arquitetura jovens a unir forças para projetar e construir um único pavilhão com uma temática comum. O processo de desenho entre TO Arquitectura, LANZA Atelier e Alberto Odériz reforçou a ideia de uma geração contagiada por certas inquietudes coletivas.

© Luis Young

Desde o início nossa meta foi realizar uma estrutura que transcendesse. Decidimos focar em um único material e utilizar peças de terra compactada, um material altamente ecológico, por que durante sua fabricação utiliza-se apenas 1% da energia que se consome na produção do tijolo vermelho reconhecido.

© Alberto Odériz

O projeto consta de uma estrutura efêmera confirmada por um conjunto de peças de terra compactada que se transformarão em um Centro Comunitário em Ocuilan. Situa-se nos lagos do Parque Lincoln na Cidade do México, os quais representam a condição geográfica entre terra e água, oferecendo uma experiência sutil onde a água se transforma em ar e reflexos. Uma passarela entre muros, jogos de luz e uma pedra.

© Alberto Odériz

Quisemos começar com uma passarela, um convite a caminhar sobre a água. O espaço onde se caminha depois se fecha entre três muros de 2,20 metros de altura sobre o nível do lago, conformando um "U" e criando um espaço arquitetônico a céu aberto. Assim, a experiência oferece aos visitantes um passeio sutil de 26 metros de comprimento, na cota na qual a água se transforma em ar. Reflexos, jogos de luz e, por final, uma pedra que parece estar suspensa no ar, flutuando e desafiando com seu levitar mágico as noções de leve e pesado.

© Alberto Odériz

A massividade dos muros de 60 centímetros de largura é interrompida e suavizada por perfurações próprias dos tijolos, o que da ao espectador uma visão ampliada. Os adoblocks aparentes foram fabricados compactando terra em alta pressão hidráulica e são compostos de materiais a região estabilizados com uma pequena porcentagem de cimento. O adoblock tem alta resistência, impermeabilidade e bom desempenho como isolante térmico e acústico. É considerado uma boa opção para a construção para a construção de residências de menos de cinco pavimentos, já que é aproximadamente 25% mais econômico que um sistema construtivo tradicional, graças à economia em transporte, aço e cimento.

O Pavilhão Centro Comunitário representou um esforço para reforçar a memória coletiva por meio dos mais de 10 mil tijolos utilizados para absorver os ecos dos terremotos de Setembro de 2017 no México e as tarefas de reconstrução.

© Alberto Odériz

Créditos 

Projeto: TO (Jose G Amozurrutia e Carlos Facio), LANZA ATELIER (Isabel Abascal e Alessandro Arienzo), Alberto Odériz.
Colaboradores: Alejandro Palafox, Úrsula Rebollar, Paul Ino; e da equipe de obra os metres Juan Manuel Escobar e Francisco Escobar.
Promotores do projeto: Design Week 2018, Arch Days CDMX, Échale a tu casa, Pienza Sostenible, Reconstruir México, #LoveArmyMexico, Fundación Origen, Fideicomiso Fuerza México.

Galeria de Imagens

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Sobre este autor
Cita: Arellano, Mónica. "Pavilhão Centro Comunitário: uma estrutura efêmera que ecoa os terremotos no México" [Pabellón Centro Comunitario: una estructura efímera que recoge ecos de los sismos en México] 21 Nov 2018. ArchDaily Brasil. (Trad. Daudén, Julia) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/905712/pavilhao-centro-comunitario-uma-estrutura-efemera-que-ecoa-os-terremotos-no-mexico> ISSN 0719-8906

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