Guia de Renders 360: tudo o que você precisa saber

A realidade virtual chegou para ficar. Sem dúvida representa uma contribuição enorme ao projeto de arquitetura. Dentre as inúmeras possibilidades que proporciona aos arquitetos, colaboradores e clientes, podemos citar o ambiente virtual de experimentação, uma ferramenta de desenho que auxilia na tomada decisões.

Para aproveitar o que esta ferramenta tem de melhor, o processo de renderização 360 é fundamental. Neste caso, é imprescindível ter como objetivo principal reproduzir o ambiente real meticulosamente, procurando simular com a maior fidelidade possível o que os olhos humanos observam. Não importa qual o software usado para renderizar, neste artigo mostraremos alguns conselhos e conceitos básicos necessários para obter bons resultados ao produzir imagens panorâmicas tridimensionais com realidade virtual.

Primeiramente é necessário compreender que existem basicamente dois formatos para produzir uma imagem esférica: Latlongs e Cubemaps. O primeiro tem seu nome derivado da ideia de latitude-longitude, e é a forma mais tradicional de transferir e representar uma imagem esférica em uma imagem plana. Existem duas classes de Latlongs; [2:1] que são imagens esféricas básicas e [4:1], imagens resultantes de renderizações esféricas.

Por outro lado, os Cubemaps, dispõe seis imagens paralelamente sobre uma imagem plana, de forma análoga às 6 superfícies internas de um cubo virtual. Existem também dois tipos de Cubemaps; normais e estéreos; [6:1] e [12:1], respectivamente.

Partindo para a renderização é possível escolher entre os dois formatos - e os Cubemaps costumam ser mais realistas, pois utilizam duas de suas seis imagens para os polos, superior e inferior.

Spherical Latlong (2:1)

Guia de Renders 360: tudo o que você precisa saber - Imagem 5 de 5
Cortesía de SentioVR

Spherical Cubemap (6:1)

Guia de Renders 360: tudo o que você precisa saber - Imagem 4 de 5
Cortesía de SentioVR

A partir disso, é importante entender primeiro o que significa estereografia. Refere-se ao ato de reproduzir, através de duas câmeras, o que cada olho humano (esquerdo e direito) veriam em uma experiencia tridimensional. Para poder obter uma perspectiva realista, é importante manter uma separação standard das câmeras, imitando a distancia interocular da vista humana. Deve-se ainda manter um deslocamento constante, o que tornará possível ver toda a imagem 360º cada vez que a câmera gire. Geralmente, recomenda-se utilizar uma separação standard das câmeras e constantemente em 6,3 cm.

Outro ponto crucial a respeito da separação das câmeras, é o problema com os polos da imagem esférica. Se ao olhar para os polos, a distância entre câmeras se mantem igual que ao olhar para outras direções, o espectador verá a imagem invertida. Como solução para este problema, recomendamos diminuir a separação entre câmeras ao enfocar os polos, de modo que a distância interocular convirja para um ponto único, sem importar de que ângulo sejam vistos os polos.

Junto com estas especificações de distancia interocular, necessitamos posicionar a câmara em uma altura correta. Esta altura, dependerá de diferentes fatores; como a idade e a etnia do público ao que apresentaremos a imagem, mas sobretudo, no objetivo de cada projeto. Este poderá variar dependendo da posição planejada para a experiencia de realidade virtual; seja de pé ou sentado.

Finalmente, é preciso considerar o campo de visão (FOV, sigla em inglês para field of view), que refere-se à porção da imagem que se vê no quadro. Esta é uma ferramenta útil para ter uma ideia do que o usuário enxergará ao usar um dispositivo de realidade virtual e olhar em uma direção, sem movimentar a cabeça. Recomendamos usar um FOV de 90 graus.

Tendo isso claro, abra seu software favorito e comece a criar agora mesmo suas imagens panorâmicas tridimensionais. Na seção “FAQ” do site SentioVR é possível encontrar diferentes tutoriais em vídeo que explicam, de maneira simples, o processo para cada um dos seguintes softwares:

  • AUTODESK REVIT
  • AUTODESK 3DS MAX
  • SketchUp
  • CINEMA 4D

Como posso exportar meus renders 360º para realidade virtual?
Depois de renderizar seu projeto em 360º, é hora de apresentá-lo. A plataforma SentioVR é a forma más fácil de inserir os renders em entornos imersivos. É possível visualizá-los através da realidade virtual, interagir entre diferentes espaços - através de hotspots, notas de texto e áudios - e compartilhar com seus clientes e colaboradores, ao mesmo tempo que monitora o que eles estão vendo.

Guia de Renders 360: tudo o que você precisa saber - Imagem 3 de 5
Cortesía de SentioVR

Qual hardware é necessário para a apresentação?
Depois de carregar seus trabalhos no SentioVR, terás 3 opções para apresentar suas imagens. Poderá utilizar o projeto em 2D em seu próprio site, graças aos embedded links proporcionados pelo SentioVR, ou poderá usar a realidade virtual com seu celular usando Google Cardboards ou Samsung GearVR. Para um melhor desempenho recomendamos usar GearVR, pois além de oferecer melhor qualidade, também apresenta uma grande variedade de conteúdo em Oculus Store, onde é possível baixar o aplicativo SentioVR e a galeria de fotos 360º do Archdaily.

Guia de Renders 360: tudo o que você precisa saber - Imagem 2 de 5
Cortesía de SentioVR

E não se esqueça de visitar SentioVR.com para inserir seus projetos em realidade virtual!

Sobre este autor
Cita: ArchDaily Team. "Guia de Renders 360: tudo o que você precisa saber" [Guía de Renders 360: Todo lo que necesitas saber] 05 Set 2017. ArchDaily Brasil. (Trad. Libardoni, Vinicius) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/878766/guia-de-renders-360-tudo-o-que-voce-precisa-saber> ISSN 0719-8906

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