Organizado pela ESARQ-UIC, #UrbanMaking foi o título da 18° edição do Taller Vertical, o workshop transversal universitário catalão, no qual os estudantes desenharam e construíram com o objetivo de "(re) projetar elementos de mobiliário urbano pensando em todos os setores da população, enfatizando aqueles setores tradicionalmente menos considerados, que promovem inclusão, interação, inovação, aprendizagem e mudança".
Dirigido por Raquel Colacios e Iván Llach e coordenado por Marta García Orte e Alex F. Azofra, a presente edição do workshop premiou com o primeiro lugar o protótipo Park(ing) birds por “um ícone ecológico capaz de conviver em um entorno urbano. A inteligência de passar de um elemento individual a um coletivo, soma de pequenos objetos. Uma peça muito bem resolvida a nível formal e construtivo".
Conheça as propostas a seguir.
O Empatizador
Professores: Anna Bach, Eugeni Bach
Estudantes: Gerard Fontanet, Ana Guerrero, Laura Prat, Miquel Vilalta, Diala Eslait, Anton Aluja, Mia Pujol, Eduard Pagès, Sorina Brasoveanu, Jordi Costa, Judith Puig, Alexandre Martínez, Ana Djordjevic, Laura Val
Memorial: A finalidade da arquitetura é fazer uma sociedade melhor, e para consegui-lo, ela incide no espaço. Porém, a arquitetura pode incidir diretamente na maneira de ser das pessoas?
O QUE? A intenção principal do Urban Making Workshop é atuar sobre o urbano e para fazê-lo dirigimos nosso olhar sobre a cidade.
POR QUE? Entendendo que há distintas maneiras de olhar a cidade poderemos nos dar conta que também existem diferentes pontos de vista na nossa própria sociedade.
COMO? Através do Empatizador: um artefato triplo (A Realidade inversa / Câmera escura, A vista deslocada/ Visão virtual, A perspectiva intencional / Periscópio) que incide diretamente nas pessoas, despertando nelas a consciência de que existem muitas outras maneiras de ver o mundo; ou seja, muitos pontos de vista na nossa sociedade.
O Empatizador nos fará melhores pessoas.
Let’s Park People
Professores: Eva Damiá, Jaime Batlle
Estudantes: Korana Gómez, Pol Soto, Esther Basterra, Nouhad Kharim, Héctor Muñoz, Cinta Lluis, Samuel Ascaso, Marta Guixé, Sergi Viñals, Anna Mirapeix, Anna Capella, Antonio Vacca, Carlota Aluja, Elena Padrón.
Memorial: Vivemos em um fluxo constante de movimento em um nível extremo de atividade, de barulho ensurdecedor. Circulamos, nos deslocamos, atuamos, convivemos e trabalhamos sempre na mesma direção, seguindo obcecadamente o caminho traçado em uma meta a alcançar sem deixar espaço para a pausa, para o silêncio, o pensamento e a reflexão.
Propomos um espaço urbano que permita um momento de introspecção, uma parada no caminho e definitivamente, um STOP para as pessoas. O projeto oferece um lugar afastado no qual é possível aguçar os sentidos para aproveitar um momento de calma, respirar e empreender um novo caminho. O projeto busca trazer a atmosfera de um bosque para a cidade e imagina-se que repetindo-se, possa conformar uma rede de lugares de paz no coração da cidade. Ocupando vagas de estacionamento destinadas inicialmente aos carros, agora cedemos o espaço às pessoas. O protótipo é construído com madeira de conglomerado 100% reciclada, sem nenhum custo adicional. Um material humilde, simples e de pouca qualidade que, entretanto, é transformado e manipulado para outorgar-lhe surpreendentes qualidades. Cortando-o em peças altas e esbeltas, construímos uma estrutura de pilares em cruz que se comportam de forma elástica e leve. Completando a praça, o espaço é conformado por um vazio. Devidamente intercalados criam-se filtros, matrizes de luz, sons, visuais na diagonal, visão ao céu... criando assim um cenário no qual o cidadão é o único protagonista.
Definitivamente, um ninho urbano que permita um PARAR no dia-a-dia.
Park(ing) Birds
Professores: Jordi Mansilla, Laia Mestre
Estudantes: Julia Annie Barnoin, Cristina Prada, Juan Francisco Uría, Arantxa De Alfonso, Guillermo Marfà, Nieves Blakstad, Roberto Darvoy, Carles Raiteri, Monika Rovira, Inés Casals, Richard Tam, Jennifer Vilà, Inés Ladera, Baptiste Langlais, Juan Torres.
Memorial: Barcelona possui uma infraestrutura ecológica complexa, com uma variedade tipológica de espaços naturais privilegiada. Assegurar a estabilidade destes espaços naturais assim como a dos espaços verdes urbanos públicos, semipúblicos e privados é possível se evitamos seu isolamento e procuramos conexões que permitam um aumento da sua complexidade através de trocas de informação, energia e matéria.
A cidade de Barcelona se compromete, através do “Plà del Verd i la Biodiversitat Barcelona 2020” a conservar e melhorar seu patrimônio natural para que os cidadãos possam desfrutá-los. Dois dos objetivos do plano são:
- Conservar e melhorar o patrimônio natural da cidade e evitar a perda de espécies e de habitats.
- Criar a máxima superfície verde e sua conectividade.
Para apoiar estes dois objetivos traçados, o projeto propõe gerar um biótopo para o estabelecimento de colônias de aves de pequeno tamanho, as populações das quais se encontram atualmente em retrocesso em muitas cidades europeias.
O biótopo desenhado proporciona, de primavera a outono, espaços de nidificação para pequenas aves com capacidade para viver em colônia como são os pardais.
De outono a primavera, o biótopo proporciona alimento para a avifauna através de plantas herbáceas e gramíneas de floração invernal, suscetíveis a padecer por determinadas pragas de insetos. As sementes e os insetos servirão para alimentar os pássaros.
Estes biótopos se instalam nas ruas como suporte dos conectores verdes, nos parques de nova plantação onde as árvores jovens e ainda não suficientemente ramificadas são conectados aos elementos de mobiliário urbano já existentes na cidade como são a iluminação e sinalização vertical.
Encajados
Professores: re-cooperar
Estudantes: Toni Cánovas, Júlia Martínez, Carla Sans, Oumaima Bensemlali, Laura Esquius, Alexandra Mena, Marc Otero, Álvaro Dorronsoro, Xavier Altimira, Oriol Marty, Marc Homet, Greta Noreikaite
Memorial: Nosso projeto baseia-se na reivindicação do evento park(ing)day: recuperar espaço público para as pessoas. Nosso objetivo é fazer com que as pessoas venham e desfrutem do espaço, por isso o relacionamos com a atividade do entorno no qual se situará nosso protótipo, mas igualmente poderia montar-se em qualquer local já que o lema do projeto é criar um lugar que possa ser utilizado por qualquer pessoa, desde crianças até pessoas mais velhas. Nossa praça de parking está situada enfrente à uma biblioteca e um centro de anciãos que compartilham uma praça pública que se enche de crianças.
Por isso, criamos um protótipo onde todo mundo se encaixa. Um lugar onde todos podem sentar, brincar, ler, comer, etc. A composição em módulos hexagonais permite que os usuários encaixem peças segundo suas necessidades funcionais, assim como é possível brincar com o espaço e sua composição.
Pit Box
Professores: Straddle3 e Makea
Estudantes: Margherita Concina, Benjamín Ruz, Ghita Saile,Gerard Blanch, Javi García-Mussons, Ariadna Martínez, Charles Mountain, Antonio Patiño, Marta Esqueu, Oriol Anglada, Pablo Murillo, Lorenzo Farchione, Alejandro Chicote.
Memorial: Pit é uma plataforma em dois sentidos, baseada na polivalência, na interação e na transição. Uma ideia cujo contexto pretende induzir uma re-conceitualização dos que hoje em dia conhecemos como mobiliário urbano. Partindo do mesmo paradoxo que o mobiliário urbano é imóvel, começamos a trabalhar na nossa proposta. Entretanto, não poderíamos levar em conta unicamente o planejamento anterior, pois Pit abastece muitas questões como: o social e a interação das coisas. É necessário ressaltar o espaço no qual a 1° edição de Pit irá se desenvolver.
A Avinguda del Paral·lel, lugar de constante fluxo, onde chamar atenção pode supor um desafio a mais e onde uma distinta composição de usos pode subsidiar as necessidades e inquietudes dos diferentes coletivos que integram os três bairros.
