5 coisas que a arquitetura pode aprender com o movimento "Tiny House"

5 coisas que a arquitetura pode aprender com o movimento "Tiny House"

Com o crescimento incerto da economia global, algumas pessoas estão investindo na criatividade para melhor ocupar seus reduzidos espaços residenciais. O movimento Tiny House tem recebido adeptos de todas as partes do mundo, incentivando a construção de casas com menos de 14 metros quadrados de área útil. Lares para moradores de todas as idades, estas pequenas casas evoluíram para muito além dos estacionamentos de trailers de décadas atrás e estão se tornando uma solução muito popular para enfrentar a crise econômica, acarretando em mudanças para todo o campo da arquitetura.

Cada vez mais respeitadas - e populares, em face das desvantagens de outras tipologias - observamos algumas lições que, além de fundamentais para o movimento tiny house, são aplicáveis em toda a arquitetura. Saiba mais a seguir.

1. Maior nem sempre é melhor

Resumidamente, casas com menor área são mais baratas para construir e manter. Segundo o site thetinylife.com, em 2013 o custo médio de uma casa reduzida era apenas US$23 mil, em comparação com US$272 mil de uma casa comum. Dado isso, algumas destas casas reduzidas contam com todos os confortos de uma casa normal em apenas 14 metros quadrados de área útil.

Casas tradicionais custam cerca de dez vezes mais que uma casas reduzida. Imagem © Flickr CC user Robert Couse-Baker

2. Aproveitando o espaço vertical

Um dos grandes trunfos nos projetos de casas reduzidas é a estranha sensação de leveza nos interiores, apesar da falta de espaço. Diferentemente das casas tradicionais, casas reduzidas apresentam um espaço único que ocupa toda a altura interna e é pontuado por partições de privacidade para separar os espaços de dormir e outros programas.

Traduzindo essa abordagem para casas maiores, teríamos plantas mais abertas, mais luz natural e melhor ventilação, entre outros benefícios. Para preservar a intimidade do espaço vertical das casas reduzidas em contextos tradicionais, os arquitetos devem examinar as qualidades subjacentes de uma verticalidade cuidadosamente planejada. Simplicidade é crucial para o sucesso destes espaços.

3. Espaços de uso misto são simplesmente espaços

Como muitos cidadãos sabem, quando o espaço é valioso, as funções serão, inevitavelmente, combinadas. Tudo em uma casas reduzida é projetado para várias funções. Raramente um escritório e um quarto serão usados simultaneamente pela mesma pessoa, o que elimina a necessidade de dois espaços independentes.

Na construção de casas tradicionais, isto poderia significar a combinação da sala de estar e da cozinha, quarto e sala de jantar, ou várias outras associações, eliminando, consequentemente, excessos e espaços redundantes. Para os proprietários, a economia gerada pela racionalização dos espaços pode ser investida na qualidade geral da habitação.

Casas reduzidas permitem uma infinidade de possibilidades de conexão com o exterior. Imagem © Flickr CC user Laura LaVoie

4. Conecte-se com o exterior

Por sua natureza, casas reduzidas são quase que forçadas a se relacionar com seu entorno. Mais que apenas uma versão miniatura de uma residência comum, casas reduzidas reduzem o espaço interno a um sofisticado abrigo e celebram o entorno natural. Projetadas com uma área minimamente invasiva, casas reduzidas evitam prejudicar o ambiente onde se inserem: elas se conectam com ele. Além disso, uma série dessas casas estrategicamente implantada pode criar uma abordagem mais holística em relação ao projeto, com atenção particular aos detalhes que fomentarão conexões mais fortes com os espaços externos.

5. Minimalismo é fundamental

Casas reduzidas são essencialmente diferentes de casas normais em termos de função e devem ser projetadas com esta preocupação em mente. Enquanto a arquitetura interna de uma casa tradicional pode receber ornamentos e um pouco de pompa, casas reduzidas estão restringidas a uma abordagem minimalista devido à falta de espaço. Quando aplicado a uma residência comum, o método minimalista das casas reduzidas pode se mostrar benéfico: ao racionalizar o espaço eliminando aquilo que é desnecessário, os proprietários podem maximizar o espaço funcional.

Sobre este autor
Cita: MacLeod, Finn. "5 coisas que a arquitetura pode aprender com o movimento "Tiny House"" [5 Things Architecture Can Learn from the Tiny House Movement] 14 Set 2015. ArchDaily Brasil. (Trad. Baratto, Romullo) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/773393/5-coisas-que-a-arquitetura-pode-aprender-do-movimento-tiny-house> ISSN 0719-8906

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