Para aqueles que ainda não conhecem, SimCity é um dos melhores jogos para simular a criação de cidades a partir do mais básico - geografia, instalação de sistemas de saneamento e eletricidade – até a construção de edifícios.
A partir das cidades criadas, vê-se que elas apresentam problemas semelhantes aos das cidades reais, como contaminação ambiental e congestionamento de veículos.
Essa similaridade foi o que levou Peter Richie, um jogador de SimCity 4, a criar durante oito meses a MegaCity One, uma cidade com pouco mais de 107 milhões de habitantes. Os resultados dessa empreitada podem ser cruzados com as projeções urbanas do mais recente relatório da ONU.
Saiba mais a seguir.
De acordo com os dados da ONU, atualmente 54% da população mundial vive em cidades, valor que chegará a 66% em 2050, concentrado principalmente na África e Ásia. Atualmente nesses continentes tem predomina a população rural, com a população urbana atingindo 40% e 48% respectivamente.
Se considerarmos que atualmente a maior cidade do mundo é Tóquio, com 38 milhões de pessoas, cabe a pergunta: Como seria viver numa cidade com 100 milhões de habitantes, ou seja, quase três vezes o tamanho da capital japonesa?
MegaCity One
A resposta a essa pergunta pode ser observada em MegaCity One, uma megalópole criada por Peter Richie no SimCity 4 através da conurbação de 81 grandes cidades, onde vivem 107.658.254 pessoas.
Para tentar satisfazer as necessidades da população, o jogador teve que construir 26.542 quilômetros de ruas pavimentadas, 8.626 quilômetros de linhas de metrô, 324 usinas de energia de hidrogênio, 496 usinas de incineração de lixo e conversão de energia, 512 estações de bombeamento de água, 81 universidades e mais de 2 mil escolas.
Como é esta megacidade segundo seu criador?
Quando Richie terminou de construir a megalópole, observou que “o trânsito é um pesadelo na superfície e debaixo da terra. Os caminhos ficam obstruídos o tempo todo, mas as pessoas insistem em usá-los.”
Além disso, outro problema presente na cidade é “a densidade populacional, pois não há mais espaço para se desenvolver, ainda que as mega-cidades cresçam para cima em vez de para os lados.” O criador da cidade percebeu que é possível encontrar “espaços abertos ao redor das centenas de estações de metrô, mas há o desejo de mais espaços verdes.”
Apesar das conclusões não parecerem muito positivas, Richie diz que está muito otimista sobre o futuro das cidades que, de acordo com a ONU, terão um crescimento acentuado na Índia e China. Um exemplo disso é Déli, na Índia, onde vivem atualmente 25 milhões de pessoas e as projeções apontam um crescimento de 11 milhões de pessoas para os próximos 16 anos.
Baixe o relatório da ONU aqui.
Via Plataforma Urbana. Tradução Romullo Baratto, ArchDaily Brasil.
