Bienal de Veneza 2012: A Banalidade do Bom: Novas Cidades, Arquitetos, Dinheiro, Política / Crimson Architectural Historians

 

Apresentando seis cidades construídas entre a Segunda Guerra Mundial e os dias atuais, a instalação estabelece suas extraordinárias diversidades contra as fórmulas espaciais, demográficas e econômicas que estão por trás dos seus desenvolvimentos. Mostrado através de uma mistura entre tipografia em negrito, elementos arquitetônicos, maquetes e painéis pintados, a instalação evoca a combinação de complexidade e controle comum para cidades modernas.

 

© Nico Saieh

Crimson Architectural Historians foram inspirados pelos escritos do historiador britânico/americano Tony Judt, que refletesobre o projeto esperançoso do século XX para que a educação, saúde, justiça, cultura fossem disponíveis para as massas, e como isso foi alterado pelo discurso político e econômico atual onde o “justo, o moral”, ou o “bom” dificilmente prospera, substituído pelo processo, lucro, eficiência e conveniência.

© Nico Saieh

Da mesma forma, esta exposição argumenta que os ideais progressistas e públicos de planejamento desapareceram, seu significado comunitário foi perdido, e o planejamento tornou-se uma ferramenta puramente gerencial implantada em todo contexto econômico, cultural e político. Das seis cidades exemplificadas, três representam ideais de emancipação, igualdade social e progresso, enquanto as outras três representam a geração atual de novas cidades, baseadas em características familiares, mas sem uma compreensão abrangente das ideias sociais.

© Nico Saieh

As cidades de Stevenage (Reino Unido),um protótipo das novas cidades pós-guerra e o exemplo para centenas de novas cidades pelo mundo; Tema (Gana), uma cidade estilo ocidental do bem estar, exportada como primeira nação da África descolonizada; Almere (Holanda), uma nova cidade suburbana onde o individualismo e escolhas pessoais foram adicionadas à noção do coletivo; King Abdullah Economic City (Arábia Saudita), localizada no meio do deserto, principalmente para atrair investimentos estrangeiros; Songjjang (China), onde infinitas torres de habitação padrão, com um pequeno enclave “histórico”, são projetadas por arquitetos estrangeiros e Alphaville-Tamboré (Brasil), a cidade murada, construída como um empreendimento comercial com todos os serviços localizados para fora dos muros.

© Nico Saieh

 

 

Sobre este autor
Cita: Eduardo Souza. "Bienal de Veneza 2012: A Banalidade do Bom: Novas Cidades, Arquitetos, Dinheiro, Política / Crimson Architectural Historians" 27 Set 2012. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/01-72816/bienal-de-veneza-2012-a-banalidade-do-bom-novas-cidades-arquitetos-dinheiro-politica-crimson-architectural-historians> ISSN 0719-8906

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