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Arquitetura Sustentável: O mais recente de arquitetura e notícia

Arquitetura Pau-Brasil

Arquitetura Pau-Brasil
21 e 28 de maio, 04 e 11 de junho 2022
sábados, das 10h às 12h30
Zoom Marieta Virtual

O curso Arquitetura Pau-Brasil acontece nos dias 21 e 28 de maio, 04 e 11 de junho e é uma iniciativa da parceria Centro Cultural Marieta e Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAU Mackenzie, dentro do escopo da pesquisa "Aventura das palavras – o livro como objeto de pesquisa, produção e circulação", de Abilio Guerra.

O curso apresenta, aprofunda e problematiza questões essenciais sobre técnicas da construção e urbanismo, à luz de uma "arquitetura pau-brasil", sustentada na troca de

A pandemia interrompeu o processo para reduzir as emissões de carbono?

Com a magnitude e a urgência da crise imediata da Covid-19 no mundo, iniciativas foram concentradas em salvar vidas, ao invés de focarem em preocupações relacionadas ao caminho para zerar as emissões de carbono. Zerar as emissões líquidas de carbono no setor de construção é definido por quando a quantidade de emissões de carbono associadas com a construção de um prédio e sua finalização totalizam zero. Um prédio de zero energia terá um consumo total líquido de energia de zero; a quantidade total de energia utilizada pelo prédio anualmente é igual à quantidade de energia renovável gerada no terreno construído.

Enquanto a emergência climática se apresenta como uma ameaça existencial grave, é crucial que o caminho para zerar as emissões de carbono seja retomado em larga escala, tanto no sentido arquitetônico, quanto no comercial. Ao redor do mundo, iniciativas foram renovadas em uma tentativa de combater o que é quase inconcebível. De acordo com o relatório de status global de 2019 para edifícios e construções, o setor de construção representou 36% do uso final de energia e das emissões de carbono relacionadas ao processo em 2018. Embora as emissões de carbono tenham sido temporariamente reduzidas durante o pico da pandemia, elas devem retornar rapidamente aos números anteriores.

Francis Kéré: "Eu desenho em papel, mas prefiro desenhar no solo"

Essa frase chamou a atenção durante a palestra de Diébédo Francis Kéré no AAICO (Architecture and Art International Congress), que ocorreu no Porto, em Portugal, entre 3 e 8 de setembro. Após ser introduzido por ninguém menos que Eduardo Souto de Moura, Kéré iniciou sua fala com a simplicidade e humildade que pautam seu trabalho. Suas obras mais conhecidas foram construídas em locais bastante remotos, onde materiais são escassos e a força de trabalho é dos próprios moradores, utilizando os recursos e técnicas locais.

Como Singapura está criando um ambiente urbano mais verde

Singapura vem continuamente construindo sua reputação como uma cidade na natureza, e seu design há muito tempo mostra uma forte consciência de reconhecer que os espaços verdes são importantes. Planejadores urbanos e arquitetos tomaram a decisão consciente de tecer a natureza por toda a cidade, à medida que continuam desenraizando novos edifícios e empreendimentos, incorporando a vida vegetal em qualquer forma, seja através de telhados verdes, jardins verticais escalonados ou paredes com plantas.

Este artigo explorará as ações pioneiras que estão ocorrendo em Singapura para criar uma cidade e nação com maior biodiversidade e como isso fornece uma visão de como outras grandes cidades podem adotar iniciativas semelhantes na próxima década para fornecer um plano para o futuro.

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Arup vence concurso para projeto de torre "net zero" em Hong Kong

A Arup acaba de revelar as últimas images do projeto vencedor do concurso para uma torre de emissão líquida zero de 230 m de altura em Hong Kong. Alinhada com o objetivo da cidade em se tornar neutra em emissões de carbono até 2050, a Torre Taikoo Green Ribbon combina alta tecnologia e sustentabilidade para criar um novo ecossistema urbano além de uma nova tipologia de edifício de escritórios. Caracterizada por uma fachada altamente tecnológica composta por painéis fotovoltáicos translúcidos curvos, jardins verticais e incorporando ainda outras inúmeras fontes de energia renováveis, a Taikoo Green Ribbon é um edifício em altura de altíssimo desempenho—projetada para neutralizar todo o carbono emitido durante a fase de projeto e construção em menos de dez anos de operação.

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III Simpósio Reabilitação Ambiental Sustentável

III Simpósio em Reabilitação Ambiental Sustentável promovido pelo Laboratório de Sustentabilidade Aplicada à Arquitetura e ao Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU-UnB). O evento científico contará com a apresentação de trabalhos acadêmicos organizados em três eixos principais: reabilitação e sustentabilidade; cidades e indicadores; e
ambiente e eficiência energética.

Palestra de Abertura:
Arquitectura Bioclimática y Geodiseño (en español)
Dr Victor Fuentes Freixanet | UAM Metropolitan Autonomous University

Painel Temático 1:
Cidades e Clima Urbano
Dra Magda Lombardo | UNESP
Dra Elen Oliveira | IFTO
Dra Liliane Guimarães | IFTO
Dr João Paulo Gobo | UNIR

Painel Temático 2:
Tecnologia, Inovação e Ecologia
Dr Mauricio Lamano

Semana Holandesa de Design 2021: o futuro da economia circular na arquitetura

Semana Holandesa de Design 2021: o futuro da economia circular na arquitetura - Imagem de Destaque
© Oscar Vinck and Jeroen van der Wielen

Na Semana Holandesa de Design 2021, uma casa construída inteiramente com materiais de origem orgânica e biológica procura ilustrar que a economia circular na arquitetura não é apenas viável, mas também um método de construção que no futuro pode vir ser replicado em grande escala. Apresentando um catálogo de 100 diferentes materiais naturais e sustentáveis, The Exploded View Beyond Building é uma mostra de que estamos muito próximos de um grande salto na industria da construção civil, revelando que já existem atualmente no mercado uma ampla gama de materiais sustentáveis e modulares que podem ser também reutilizados, reciclados e reaproveitados.

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Arquitetura do Amanhã 2: Construindo Negócios Sustentáveis

A arquitetura, a construção civil e o design de interiores, além de muito importantes para o desenvolvimento do país, e serem os principais consumidores de madeiras brasileiras, podem ser protagonistas na construção de novos negócios que utilizam práticas cada vez mais sustentáveis e transparentes.

Após o sucesso do primeiro evento, o Arquitetura do Amanhã 2: Construindo Negócios Sustentáveis, realizado pelo Imaflora, ONG sem fins lucrativos, e apoiado por diversos parceiros, convida o setor a refletir e conversar sobre seu papel na utilização de madeiras do Brasil de forma a conservar as florestas.

Os palestrantes e mediador falarão sobre as oportunidades de negócios

Como construir com madeira km 0?

Já falamos aqui sobre os materiais km zero: todos aqueles que podem ser adquiridos diretamente no local sem ter passado por diferentes etapas de processamento ou tratamento com produtos tóxicos, e mais do que isso, que no final de sua vida útil possam ser devolvidos ao meio ambiente sem causar grandes danos ou impactos negativos na paisagem natural.

Por exemplo, a madeira que cresce no local, a poucos quilômetros da obra, é um material extremamente sustentável, muito porque, dispensa a necessidade de transporte, reduzindo custos globais e emissões de gases do efeito estufa além de valorizar os recursos e a mão de obra local, permitindo estabelecer processos mais simples, eficientes e sustentáveis—vinculados às pessoas e ao território na qual a obra se insere.

MVRDV apresenta novo projeto de bairro sustentável para a cidade de Amsterdã

O MVRDV acaba de apresentar o seu mais novo projeto para a cidade Amsterdã. Chamado de "De Oosterlingen", a nova criação do escritório holandês está composta por sete edifícios residenciais sustentáveis na Ilha de Oostenburg, a leste do centro da capital. A proposta desenvolvida pela equipe do MVRDV organiza os edifícios paralelamente como em um 'código de barras' verde, dando forma a um conjunto coeso porém diverso, conformado por distintos acabamentos de fachadas como madeira, vidro, tijolo reciclado além de integrar compostos de origem orgânica e biológica.

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BIG projeta torre em looping no horizonte de Hangzhou

Situado no coração do distrito de Yuhang, o projeto do Bjarke Ingels Group para a nova sede da OPPO, a maior empresa de smartphones da China, combina estética e tecnologia inovadora em um edifício que será um centro ambiental, econômico e socialmente sustentável.

BIG projeta torre em looping no horizonte de Hangzhou  - Image 1 of 4BIG projeta torre em looping no horizonte de Hangzhou  - Image 2 of 4BIG projeta torre em looping no horizonte de Hangzhou  - Image 3 of 4BIG projeta torre em looping no horizonte de Hangzhou  - Image 4 of 4BIG projeta torre em looping no horizonte de Hangzhou  - Mais Imagens+ 7

Arquitetura bioclimática na América Latina: estratégias passivas para economizar energia

Arquitetura bioclimática na América Latina: estratégias passivas para economizar energia - Image 1 of 4Arquitetura bioclimática na América Latina: estratégias passivas para economizar energia - Image 10 of 4Arquitetura bioclimática na América Latina: estratégias passivas para economizar energia - Image 32 of 4Arquitetura bioclimática na América Latina: estratégias passivas para economizar energia - Image 37 of 4Arquitetura bioclimática na América Latina: estratégias passivas para economizar energia - Mais Imagens+ 37

“Antes da era dos combustíveis fósseis baratos, durante a qual se popularizaram as tecnologias modernas de calefação e condicionamento de ar, a arquitetura tradicional, era por assim dizer, mais sensível às condições climáticas específicas. Depois da recente crise energética, o interesse pelas estratégias passivas na arquitetura parece estar ressurgindo com força total.” [1]

Resumidamente, poderíamos dizer que a arquitetura bioclimática é aquela que incorpora, desde as primeiras fases de projeto, estratégias e recursos passivos, ou seja, aqueles que permitem aproveitarmos as condiciones favoráveis específicas do clima e local, oferecendo, simultaneamente, proteção contra as possíveis condições extremas. Desta forma, esta arquitetura não só permite a criação de melhores condições de conforto interior, mas também permite minimizar o consumo energético do edifício como um todo, diferenciando-a das abordagens mais convencionais, onde delega-se o controle das condições de conforto à sistemas mecânicos de condicionamento de ar, de aquecimento e e arrefecimento. A arquitetura bioclimática, então, está baseada em uma busca contínua por otimizar recursos, principalmente através de suas formas e volumes, orientações de fachadas e aberturas, materiais naturais e locais, uso do espaço, e outras tantas variáveis.

Mais luz natural, menos ofuscamento e calor: Como funciona o vidro que se tinge automaticamente?

Em uma pesquisa de 2016 com 400 funcionários nos Estados Unidos, a Saint-Gobain descobriu que os ocupantes de prédios de escritórios geralmente reclamavam de má iluminação, temperatura, ruído e qualidade do ar, levando a empresa a deduzir a necessidade de melhorar a iluminação e o conforto térmico dos edifícios, ao mesmo tempo mantendo baixo consumo de energia e liberdade de projeto para arquitetos e clientes. Sua solução foi o SageGlass, um vidro inovador criado pela primeira vez em 1989 e desenvolvido ao longo das últimas três décadas. O vidro, que possui um envidraçamento dinâmico que protege do calor solar e do ofuscamento, otimiza simultaneamente a entrada de luz natural. Uma solução sustentável e estética, a adaptabilidade do SageGlass às condições externas elimina a necessidade de persianas ou venezianas.

Francis Kéré recebe a Medalha de Arquitetura da Fundação Thomas Jefferson 2021

O arquiteto e fundador do escritório com sede em Berlim Kéré Architecture, Francis Kéré, acaba de ser galardoado com a Medalha de Arquitetura da Fundação Thomas Jefferson de 2021. Organizado em parceria pela Universidade da Virginia e pela Fundação Thomas Jefferson em Monticello, a Medalha de Arquitetura da Fundação Thomas Jefferson é uma das quatro honrarias concedidas pela Fundação anualmente. Levando o nome do terceiro presidente dos Estados Unidos, as quatro medalhas buscam reconhecer importantes contribuições no campo da arquitetura, cidadania, inovação e direito.

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Dia Mundial da Água: reaproveitamento e sustentabilidade em projetos de arquitetura

Hoje, 22 de março, é comemorado o Dia Mundial da Água. Segundo dados da ONU, entidade responsável pela criação desta data comemorativa, até o ano de 2050, entre 3,5 bilhões e 4,4 bilhões de pessoas terão acesso limitado a esse recurso, cujo uso aumentou seis vezes no século passado e hoje apresenta um crescimento de cerca de 1% ao ano.

Diante de dados tão desfavoráveis, o conceito de sustentabilidade e a importância de soluções que visam a economia e reaproveitamento da água ganham ainda mais relevância.

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Há algo mais natural que a própria natureza? O argumento das casas “verdes”

Muitas vezes eu mesmo não fui capaz de decifrar se um edifício em meio ao bosque poderia ser considerado “sustentável”. Ao longo do caminho, fui obrigado a convencer amigos e familiares de que este ou aquele edifício poderia ser completamente a antítese do próprio termo.

O greenwashing transformou-se em uma importante ferramenta de marketing na arquitetura contemporânea. O conceito de sustentabilidade na arquitetura foi banalizado a tal ponto que já não significa absolutamente nada de concreto. Neste contexto, é praticamente impossível diferenciar um projeto que contribui de fato para minimizar o impacto ambiental e para construir ambientes mais saudáveis daqueles que simplesmente pretendem estar fazendo algo similar. Quando observamos projetos residenciais sob esta lente, esta questão se torna ainda mais nebulosa.

Pensando nisso, decidimos perguntar aos nossos leitores: O que faz com que uma casa seja considerada "verde"? Seria apenas saber de onde vem e quem comercializa os materiais utilizados para construí-la? Seria o fato de produzir toda a energia necessária para a sua manutenção a partir de fontes renováveis?

O paradoxo do desenvolvimento “sustentável” sem fim

Este artigo foi publicado originalmente no Common Edge

Em um recente artigo publicado no Common Edge, discuti brevemente um conceito que chamo de “mentira tripla”, que é a idéia de um sistema econômico “saudável” alimentado por um número crescente de pessoas, as quais consumirão cada vez mais—e que este sistema continuará funcionando perfeitamente ad infinitum. Ao longo de sua história, os Estados Unidos se apegaram à ideia de um crescimento econômico infinito, e muito disso se deve ao fato que esta ilusão opera como uma espécie de ópio para o povo, dissimulando o conflito de classe. No entanto, “a mentira tem pernas curtas” e como todos nós sabemos, estamos nos aproximando do limite finito do crescimento, tanto do ponto de vista dos recursos (estamos esgotando nossas matérias-primas) quanto do ponto de vista tecnológico (nossas invenções estão se tornando cada dia menos revolucionárias).