Amancio d'Alpoim Miranda Guedes, mais conhecido como Pancho Guedes, foi um arquiteto, pintor, escultor e educador referenciado como um dos primeiros arquitetos pós-modernistas de todo o continente africano. Ao longo de sua carreira, o arquiteto nascido em Lisboa desenvolveu cerca de 500 diferentes projetos, frequentemente referidos como edifícios ecléticos, de influência africana lusófona e de um estilo artístico peculiarmente surrealista e experimental. Talvez pelo fato de que Pancho Guedes tenha escolhido trabalhar e viver em países da África como Moçambique, Angola e África do Sul, longe dos grandes centros de gravidade da arquitetura, sua obra nunca recebeu a devida atenção que fato merece. Ainda assim, Pancho Guedes foi — e ainda está para ser descoberto por muitos de nós — um dos mais importantes personagens da história da arquitetura moderna africana.
Post Modernism: O mais recente de arquitetura e notícia
Pancho Guedes, esculpindo uma nova África
Modernismo e pós-modernismo europeu, pelas lentes de Skyler Dahan
A arquitetura moderna surgiu no final do século XIX e início do século XX para romper com os estilos históricos e criar estruturas baseadas em funcionalidade e industrialização. Décadas mais tarde, o pós-modernismo emergiu como uma reação à uniformidade e formalidade do movimento anterior, explorando complexidade, assimetrias e cores na arquitetura.
Durante uma recente viagem à Europa, o fotógrafo Skyler Dahan, de Los Angeles, realizou uma série de fotografias que reúne exemplos de ambos os movimetos, entre eles a Gallaratese Housing II de Aldo Rossi e Carlo Aymonino, e outros edifícios de Milão, Bretanha e Oslo.
Destaques da semana: complexidade e contradição
A obra de Robert Venturi - e o movimento pós-modernista que se desenvolveu paralelamente a sua carreira - foram momentos que frequentemente causam discórdia dentro da história da arquitetura. Para os modernistas mais ferrenhos, sua apropriação de estilos históricos era uma afronta à arquitetura da contemporaneidade. Para os mais tradicionalistas, o classicismo transformado em cafonice foi um insulto imperdoável à elegância do passado.