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Cimento: O mais recente de arquitetura e notícia

Defendendo uma arquitetura sem plástico: soluções inovadoras para o presente (e o futuro)

Enquanto lê isso, você pode notar que está cercado por vários itens feitos de plástico. Essa onipresença não é coincidência; a versatilidade do plástico o tornou adequado para uma variedade de aplicações e foi descrito por seu inventor - Leo Baekeland - como "o material de mil usos". No entanto, quando se trata de impacto ambiental, o problema está em suas próprias qualidades: é tão durável, adaptável e fácil de produzir (430 milhões de toneladas por ano) que, de acordo com dados da ONU, o equivalente a 2.000 caminhões de lixo cheios de plástico é despejado nos oceanos, rios e lagos todos os dias.

No ambiente construído, o plástico foi incorporado em vários materiais, produtos e sistemas de construção, contribuindo para uma crise ambiental que afeta seriamente o bem-estar de milhões de seres vivos. Diante desse problema, uma direção possível é afastar-se de seu uso. A busca por alternativas livres de plástico está marcando um caminho em direção a um futuro onde a arquitetura está progressivamente se dissociando desses materiais poluentes, promovendo soluções sustentáveis que reduzem nossa dependência dele e contribuem para preservar o meio ambiente.

MAD Architects apresenta proposta para antiga fábrica de cimento em Xangai

O escritório MAD Architects apresentou o plano de renovação para o depósito "Wanmicang" localizado no extremo sul da Fábrica de Cimento Zhangjiang, em Xangai. Esta transformação converterá o edifício em um espaço público multifuncional à beira-mar destinado à cultura, criatividade e comércio. Embora o projeto preserve a essência do antigo local industrial, adiciona um elemento inovador na forma de um volume metálico em forma de arca "flutuante", criando um contraste distinto entre as estruturas antigas e as novas. A conclusão do projeto está programada para o ano de 2026.

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É possível cultivar cimento? Prometheus Materials e a transformação do concreto

A inovação prospera quando pausamos para observar, questionar e reimaginar o mundo ao nosso redor, transformando desafios em oportunidades de progresso. A natureza, em particular, serve como uma rica fonte de inspiração. Ao observá-la, estudar seus desafios cotidianos e contemplar os processos existentes, podemos descobrir insights valiosos que inspiram soluções inovadoras. 

Um destes desafios atuais no mundo é a produção de concreto, um material antigo e extremamente popular. Ele também é responsável por uma parcela significativa das emissões globais de CO2 devido ao processo intensivo em energia da produção de cimento e as reações químicas envolvidas. Estima-se que a produção de concreto seja responsável por aproximadamente 8% das emissões anuais de CO2 do mundo, bombeando 11 milhões de toneladas de CO2 para a atmosfera todos os dias - causando 8% das emissões anuais de CO2 e consumindo 9% da água industrial anual do mundo. Aliado a isso, temos a projeção de que o estoque de construção do mundo deve dobrar até 2060 - o equivalente a construir uma cidade inteira de Nova York todos os meses pelos próximos 36 anos, o que significa uma demanda incrivelmente crescente por cimento e concreto. Com esse cenário desalentador, temos algo a fazer? Neste artigo, conversamos com Loren Burnett, CEO da Prometheus Materials, que tem desenvolvido um material que imita processos da natureza para recriar o concreto como conhecemos.

“Para uma construção sustentável, primeiro é preciso usar o material certo”: entrevista com Seratech

A tecnologia da Seratech, desenvolvida por Sam Draper e Barney Shanks, tem como objetivo reduzir a quantidade de dióxido de carbono liberada na construção civil. Este processo inovador utiliza sílica, um subproduto da queima de combustíveis, como um substituto do cimento convencional no concreto, contribuindo para a redução das emissões de carbono. Ao incorporar sílica, é possível diminuir em 40% a quantidade de cimento Portland necessária, o que resulta na produção de concreto com impacto de carbono negativo. Por esse avanço pioneiro, a tecnologia recebeu o Prêmio Obel 2022, em reconhecimento ao seu foco na redução das emissões associadas à construção civil.

O Prêmio Obel é tem alcance internacional e valoriza a arquitetura que contribui para o bem-estar das pessoas e do meio ambiente. A Seratech conquistou a quarta edição deste novo prêmio internacional de excelência arquitetônica, sendo precedida pelo projeto 'Living Breakwaters' da SCAPE Landscape Architecture no ano anterior. A equipe da ArchDaily teve a oportunidade de entrevistar Sam Draper, CEO da Seratech, para discutir o papel da empresa na promoção de uma indústria de construção sustentável e conhecer seus planos para expandir ainda mais seu processo inovador.

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Conheça o cimento comestível: material inovador que utiliza resíduos alimentares na construção civil

Adicione folhas de repolho, cascas de laranja, cebola, banana e alguns pedaços de abóbora para obter... cimento. Isso mesmo, pesquisadores da Universidade de Tóquio, no Japão, desenvolveram uma técnica por meio da qual é possível produzir cimento a partir de resíduos alimentares. A iniciativa inovadora, além de ser utilizada na construção, é literalmente comestível. Ajustando sabores e utilizando alguns temperos, o cimento quebrado em pedaços e fervido pode se tornar uma bela refeição.

Pesquisadores de Londres desenvolvem concreto neutro em carbono

Um protótipo de concreto neutro em carbono acaba de ganhar o Prêmio Obel 2022. A solução busca amenizar o impacto ambiental da construção civil, cujo setor é responsável por 38% de todas as emissões de CO2 relacionadas à energia, segundo relatório da ONU.

Apelidado de Seratech, o material foi desenvolvido por dois estudantes de doutorado do Imperial College London, Sam Draper e Barney Shanks. Eles descobriram uma maneira simples de eliminar a pegada de CO₂ do concreto: substituir parte do teor de cimento do concreto por um tipo de sílica criada com dióxido de carbono (CO₂) absorvido de chaminés das fábricas.

Como os novos materiais de construção priorizam a segurança humana e o bem-estar?

Espera-se que até 2050 o rápido esgotamento de matérias-primas deixará o mundo sem areia e aço suficientes para construir concreto. Por outro lado, o custo de construção continua subindo, com um aumento entre 5% e 11% em relação ao ano passado. E em relação ao seu impacto no meio ambiente, a indústria da construção civil ainda responde por 23% da poluição do ar, 50% das mudanças climáticas, 40% da poluição da água potável e 50% dos resíduos de aterros sanitários. Evidentemente, a indústria da construção civil, o meio ambiente e os humanos estão enfrentando vários desafios que são influenciados uns pelos outros, mas é o ser humano que está em maior desvantagem.

Como resposta a desafios globais como mudanças climáticas, discriminação e vulnerabilidade física, designers e engenheiros de todo o mundo desenvolveram materiais de construção inovadores que colocam o bem-estar humano em primeiro lugar em projetos urbanos, de arquitetura e de interiores.

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Substituindo cimento por resíduos: economia circular através da tecnologia de polímeros

Ao abordarmos sobre reciclagem de materiais de construção há algumas dificuldades a se enfrentar para um resultado realmente abrangente e efetivo. Primeiramente, uma demolição sem cuidado pode tornar o processo muito complexo, misturando produtos com destinações distintas. Além disso, nem todos os materiais contam com processos realmente eficientes para sua reciclagem ou processamento como um outro produto. Muitos ainda são caros ou complexos demais. Mas a indústria da construção, sendo uma enorme contribuidora para a produção de resíduos e a emissão de gases do efeito estufa, também tem desenvolvido múltiplas novas tecnologias para melhorar suas práticas. É o caso do projeto WOOL2LOOP, que busca resolver um dos maiores desafios na utilização de resíduos de construção e demolição com uma abordagem de circularidade.

Interiores brasileiros: 15 projetos com cimento queimado

Utilizado sobretudo em pisos, mas não apenas, o cimento queimado é uma técnica com bom custo benefício e com uma estética estimada por muitos arquitetos. Como é possível aplicar pigmentos na mistura, os resultados podem ser bem diversos, o que permite que uma mesma técnica seja capaz de criar diferentes ambientações.

O processo de “queima” envolvido na execução do cimento queimado consiste na aplicação de pó de cimento sobre a argamassa ainda fresca e alisamento da superfície com uma desempenadeira. Esta técnica é a responsável por conferir ao cimento queimado o seu aspecto característico.

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Progressos em 2021 rumo à descarbonização no setor da construção civil

Progressos em 2021 rumo à descarbonização no setor da construção civil - Imagem de Destaque
Foto por Danist Soh, Unsplash

A crise climática tem sido um dos principais assuntos de 2021, tanto no discurso político quanto na área da arquitetura, acompanhada por um novo reconhecimento da gravidade do problema. Durante o ano passado, o relatório do IPCC revelou as graves consequências da falta de ações paliativas, enquanto a COP26 e a cúpula do G7 resultaram em comprometimentos insuficientes com medidas imediatas e palpáveis. O setor de construção, responsável por impressionantes 39% dos gases de efeito estufa emitidos, pode trazer uma contribuição significativa para a contenção das mudanças climáticas. A seguir, as medidas de descarbonização de 2021 que afetam essa indústria.

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Qual o custo ambiental da produção de cimento e o que podemos fazer sobre isso?

Por milhares de anos, o concreto tem sido o elemento base da construção civil: o material mais amplamente utilizado ao longo da história da humanidade. No entanto, à medida que os arquitetos e o público em geral tornam-se cada dia mais conscientes à respeito das causas e efeitos das mudanças climáticas, o impacto ambiental causado pela indústria do cimento torna-se uma das principais questões a ser debatida.

Como bem colocado por Lucy Rodgers em um recente artigo para a BBC News, a produção de cimento é responsável por cerca de 8% das emissões globais de CO2. A alarmante notícia, que muitos já sabiam de antemão, foi publicada paralelamente à realização da conferência das mudanças climáticas COP24 da ONU na Polônia. Isso significa que para cumprir os requisitos do Acordo Climático de Paris de 2015, as emissões anuais resultantes da produção de cimento deverão ser reduzidas em 16% até 2030.

10 maquetes de cimento para representar projetos de arquitetura

Se vens buscando como apresentar o seu último projeto e este caracteriza-se pelo peso de seus elementos, seu caráter monolítico ou por sua textura expressiva, é provável que um modelo de gesso ou cimento seja muito adequado para mostrar suas qualidades.

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