House in Kashiwa / Yamazaki Kentaro Design Workshop. Image Courtesy of Naoomi Kurozumi Architectural Photographic Office
Semelhante a um camaleão que muda de cor para se misturar com seu ambiente, a arquitetura deve constantemente evoluir e se adaptar às demandas em mudança. Há algumas décadas, as casas costumavam ser associadas apenas à vida privada e ao descanso, enquanto os espaços de trabalho eram exclusivamente projetados apenas para isso: trabalho. Era comum que cada uso fosse separado em seu próprio quarto, tornando espaços fechados e rígidos a norma padrão para os arquitetos seguirem. Isso é, é claro, até que novos padrões de vida e trabalho tenham borrado essas fronteiras para responder às tendências contemporâneas.
Uma olhada dentro do Plethora Project's Common'hood, um jogo multiplayer imersivo focado na construção de uma nova comunidade dentro de uma fábrica abandonada após um colapso econômico. Imagem via Projeto Pletora
Este artigo é o terceiro de uma série que se concentra na Arquitetura do Metaverso. O ArchDaily, em colaboração com John Marx, designer, fundador e diretor da Form4 Architecture, traz mensalmente artigos que buscam definir o Metaverso, transmitir o potencial desse novo domínio e entender suas limitações.
“Almocei na lua, nadei em um lago sombrio em Marte, joguei croquet com as nuvens e persegui o arco-íris debaixo do mar, tudo em uma tarde gloriosa.” Como e onde você interage com um metaverso próximo de você influenciará o quão real e significativa essas experiências podem parecer. Ao passo que, fundalmentalmente, o metaverso pode ser visto como uma série de intenções econômicas sobrepostas, há uma oportunidade única e importante para arquitetos e designers de espaços e lugares influenciarem o resultado desses esforços e criarem um futuro mais humanista e vibrante.
Moradias podem ser entendidas como a forma mais significativa e primária de arquitetura, já que a casa está intimamente relacionada à ideia de abrigo, uma das necessidades básicas da humanidade. Nas palavras do arquiteto Mario Botta, “Enquanto houver um homem que precisa de uma casa, a arquitetura ainda existirá.” No entanto, apesar de sua ubiquidade, ou talvez por causa dela, é difícil encontrar uma definição exata de uma casa. Ao longo da história, diferentes funções e espaços foram adicionados e subtraídos desta unidade, refletindo diretamente o caráter da sociedade que a produziu.
A lista de expectativas que uma casa deve cumprir é longa e está sempre em evolução: fornecer espaços íntimos e seguros onde se possa recarregar energia, mas, ao mesmo tempo, permitir interação, acolhendo amigos e familiares; é o local de lazer e relaxamento, mas também o local da maioria dos trabalhos de cuidado, além de fornecer um pequeno escritório para o início de empreendimentos. Essa tendência de exigir que uma unidade residencial cumpra múltiplos papéis foi aumentada a níveis sem precedentes durante a pandemia. Preocupações com a saúde levaram ao fechamento da maioria dos espaços de trabalho, o segundo lugar onde as pessoas passam a maior parte do tempo, e de cafés, restaurantes, cinemas e shopping centers, os “terceiros lugares”. De repente, a casa teve que se tornar um espaço multiuso.
Normalmente, os espaços de uma casa são distribuídos em áreas comuns, quartos, cozinha e banheiros. No entanto, às vezes o cliente exige outros programas relacionados ao seu trabalho ou lazer, tornando o projeto da residência mais complexo. Como arquitetos, nos deparamos com um desafio interessante: mesclar a vida privada de seus habitantes com programas mais abertos, gerando espaços híbridos, muitas vezes de uso misto.
Conheça, a seguir, 26 projetos de residências que contam com notáveis adições, como lojas, campos de futebol, celeiros, estufas e até pistas de skate.