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Arquitetos: KOSMOS Architects
- Área: 90 m²
- Ano: 2024



Histórias encenadas sobre comunidade e identidade, a arquitetura temporária mostrou que em 2022 não é preciso ser permanente para ser poderosa. Uma instalação pública direta e pop-up pode passar da preparação para a ação, recuperando e definindo o que torna uma comunidade única. Destacando instalações para reconhecer a diversidade linguística em Nova York, uma mesa gigante para celebrar a culinária em Barcelona e uma grande rede em Dubai para representar a cultura local, entre outros, essas iniciativas buscam entender como as expressões locais e regionais podem ajudar as cidades a ser mais igualitárias e diversas.
A globalização conectou o mundo de maneira sem fronteiras. Embora também tenha tornado a informação mais acessível, levou à homogeneidade e à crise de identidade ao fundir sociedades e expressões culturais únicas. Não há como negar as diferenças culturais com o crescimento da globalização. Assim como a arquitetura produz padrões de vida comuns, ela também pode destacar singularidades. 2022 foi o ano de expressar memórias locais a serem reconhecidas e celebradas, colocando comunidade e identidade como temas centrais na arquitetura temporária em festivais, instalações e pavilhões.

Bienais, exposições e festivais focados em arquitetura oferecem uma plataforma para abrir debates, realizar pesquisas e impulsionar a inovação, mas também podem contribuir para as mudanças que moldam a imagem e o caráter de uma cidade. Através de instalações e experiências temporárias, estes eventos podem expandir linhas de investigação sobre a qualidade dos espaços urbanos, convidando visitantes e residentes a desacelerar, romper com a sua rotina diária e questionar os seus ambientes locais. Os efeitos podem não ser imediatos, mas ao acumular essas impressões e momentos de contemplação, festivais de arquitetura e design podem ter um impacto duradouro nas cidades que os recebem.


Após dois anos de ciclos interrompidos devido à pandemia, 2022 vem testemunhando um ressurgimento dos eventos de arquitetura: bienais, trienais, semanas de design e festivais estão de volta à cena, com reflexões ainda maiores e abordagens temáticas mais amplas, alinhadas aos desafios do mundo.
Relevantes hoje mais do que nunca, esses acontecimentos espalhados pelo mundo abordam questões relacionadas ao clima, problemas urbanos, bem como preocupações fomentadas pela covid-19, como resiliência, modos de vida, futuro da arquitetura e o desconhecido.




New Generations é uma plataforma europeia que analisa os escritórios emergentes mais inovadores do continente, proporcionando um novo espaço de troca de conhecimentos, teoria e produção. Desde 2013, a New Generations já envolveu mais de 300 práticas em um programa diversificado de atividades culturais como festivais, exposições, chamadas públicas, vídeo-entrevistas, workshops e formatos experimentais.


Nos últimos anos, a arquitetura europeia tem se voltado para a renovação e remodelação de edifícios e centros históricos, visando deminuir a expansão urbana horizontal e promover o readensamento dessas regiões.
Além de adensar zonas anteriormente degradadas, esta tendência permitiu, em alguns casos, que populações deslocadas para as periferias voltassem a habitar os centros, desfrutando de melhores condições de acesso à infraestrutura urbana.

