
A pandemia da Covid-19 veio a exacerbar as várias deficiências sanitárias e de infraestrutura nos países em vias de desenvolvimento, em particular Angola, que já carrega o fardo de sucessivas recessões econômicas.
O momento talvez nunca tenha sido tão propício a investirmos nossas energias em projetos virtuais, afinal, fomos parcialmente privados do contato com o mundo concreto das coisas. Explorando a particularidade do momento atual e a potência de engajamento da internet, um grupo de arquitetas e arquitetos de Angola deu início a um trabalho ambicioso: buscar uma nova identidade para a arquitetura angolana.
Ainda pouco visada pela mídia internacional, a produção arquitetônica contemporânea da Angola enfrenta, à semelhança de boa parte de seus vizinhos africanos, realidades sociais e econômicas que não contribuem com sua difusão. Quando às dificuldades habituais da arquitetura são somadas ainda outras, derivadas de intenso processo de neocolialismo, fica realmente difícil tirar as boas ideias do papel, construí-las de fato. Tensionando a relação entre o concreto e o digital, o grupo angolano Banga recorre ao espaço virtual para dar vida a projetos que mesclam arquitetura, experiências sensoriais e arte.
Este artigo é um exercício de observação e análise das diferentes formas de ocupação e uso do solo em tecidos urbanos informais ou autoproduzidos nos arredores de Luanda, e sua relação com o centro urbano consolidado da capital angolana.
Angola, como muitos países da África, apresenta acelerado processo de urbanização. Um processo em grande medida desregulado que está conformando grandes cidades repletas de espaços que não atendem aos níveis mínimos de qualidade de vida para sua população. Não obstante, é notável a qualidade da arquitetura contemporânea produzida no segundo maior país de língua portuguesa, onde projetos de inspiração vernacular e forte identidade local coexistem com materiais e tecnologias atuais.
A seguir, reunimos quatro projetos contemporâneos construídos em Angola. Trata-se de uma pequena amostra da produção recente não apenas de Luanda, mas de localidades menores, que confirma a riqueza da arquitetura local - uma arquitetura que merece amplo reconhecimento internacional.
Temos o enorme prazer de compartilhar aqui uma incrível experiência dos estudantes de arquitetura do Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola (IMETRO) em Luanda, o documentário " Arquitectura em Angola". Organizado por Pedro Rodrigues e seus colegas, o documentário explora a realidade do ensino, da profissão e de questões sociais colocadas para a Arquitetura e o Urbanismo neste país.
Recentemente a agência de comunicação da Ordem dos Arquitectos de Portugal revelou que o Reino Unido é o país cuja procura por arquitetos portugueses tem se mantido "em contínuo crescimento", seguido do Brasil e Angola.
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