Romullo Baratto é arquiteto e urbanista, doutor em arquitetura e cinema pela FAU-USP. Project Manager do ArchDaily, também trabalha como fotógrafo de arquitetura. Integrou a equipe curatorial da 11ª Bienal de Arquitetura de São Paulo em 2017. Siga-me no instagram: @romullobf
Mostramos a seguir a proposta do Grifo Arquitetura para o concurso nacional de expansão da Sede do Sindicato de Engenheiros do Rio Grande do Sul (SENGE-RS). Leia a seguir o memorial completo do projeto, que recebeu uma Menção Honrosa do júri.
“Cada nova obra intervém numa certa situação histórica. Para a qualidade dessa intervenção é crucial que se consiga equipar o novo com características que entrem numa relação de tensão significativa com o existente. Para o novo poder encontrar o seu lugar, precisa primeiro de nos estimular para ver o existente de uma nova maneira.” (Peter Zumthor)
Imagine se não houvesse mais que um ou dois pavimentos em todos os edifícios e monumentos de Paris. Perceberíamos a diferença? A dupla de viajantes Claire e Max, fundadores do estúdio Menilmonde, produziu este belo vídeo mostrado acima onde experimentam uma realidade em que Paris não ultrapassa o segundo andar.
Para produzir o efeito desejado, como se os edifícios tivessem de fato sido construídos com um ou dois pavimentos, foi necessário registrar os monumentos em dois planos distintos: o primeiro frontal, mostrando o que vemos no vídeo; e o segundo com a câmera orientada para o céu, enquadrando apenas o topo dos monumentos.
Nesta quinta-feira, 24 de julho, o Studio-X Rio recebe Lauro Cavalcanti para a palestra “Das Varandas aos Pilotis”, em que o arquiteto abordará a história e a evolução sócio espacial da varanda desde a colonização aos tempos atuais no Brasil.
Cansada, talvez, do título informal de Bjarke Ingels de arquiteto favorito da LEGO®, o escritório de Zaha Hadid venceu uma competição organizada pelo London Festival of Architecture que promovia a construção - a partir de peças de LEGO® - de um novo distrito cultural em Londres.
Esta semana o Studio-X Rio está com uma programação muito diversificada e interessante. Hoje, segunda-feira, às 18h, Renata Bartolomeu investiga a evolução tipológica da varanda na palestra Domesticidade e a Varanda. Também hoje, às 18h45, Frederico Coelho apresenta a obra do artista Hélio Oiticica.
Publicamos a seguir uma entrevista realizada por Talita Bedinelli, do jornal El País, com Raquel Rolnik, onde a arquiteta fala do novo Plano Diretor de São Paulo. A entrevista foi originalmente publicada no dia 3 de julho na página do El País. A seguir compartilhamos o texto retirado do Blog da Raquel Rolnik.
O novo Plano Diretor, aprovado pela Câmara na última segunda-feira, fará São Paulo passar por um grande período de transição que deve culminar na construção de uma cidade com prédios menos isolados e com uma maior interação entre os espaços públicos e privados. A opinião é da arquiteta Raquel Rolnik, uma das principais urbanistas do país, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP) e ex-relatora da ONU para o Direito à Moradia Adequada.
Para ela, uma reforma urbana é extremamente necessária no país, que tem cidades “excludentes, feitas para poucos e voltadas apenas para o mercado”.
Presente na lista de monumentos nacionais de Portugal, a Casa de Chá Boa Nova, em Leça da Palmeira, projetada por Álvaro Siza na década de 1950, encontrava-se até pouco mais de um ano em estado de completa ruína. Janelas quebradas, vidraças encardidas, telhas levantadas, infiltrações e até roupas sujas jogadas por toda a parte compunham o quadro da situação lastimável do monumento.
Após suscitar diversas polêmicas a respeito de seu estado de conservação, o edifício foi alvo de um intenso processo de remodelação e restauro liderado pela Câmara de Matosinhos; as obras duraram pouco mais de dez meses e atingiram a cifra de 440 mil euros.
Celebrado este ano no dia 6 de outubro, o Dia Mundial da Arquitetura terá como tema “Cidades saudáveis, cidades felizes”. Organizada pela União Internacional de Arquitetos (UIA), a celebração tem como objetivo ilustrar a expansão de práticas sustentáveis e seu impacto no espaço urbano.
A data internacional é sempre celebrada na primeira segunda-feira de outubro e este ano a UIA incentiva as entidades nacionais e regionais de todo o mundo a organizarem atividades que enfatizem o papel da arquitetura e do arquiteto na sociedade e que debatam o tema central deste ano, que relaciona o espaço construído à saúde e felicidade das pessoas.
O arquivo de Álvaro Siza, cuja obra está exposta nas mais renomadas instituições culturais de todo o mundo, pode, em breve, ser transferido para o Centro Canadense de Arquitetura (Centre Canadien d’Architecture, CCA), em Montreal, uma das mais importantes instituições mundiais no campo da arquitetura.
O arquiteto confirmou nesta quarta-feira ao PÚBLICO estar “em conversações” com esta e outras instituições de diferentes países com o objetivo de “decidir o futuro a dar” aos seus arquivos. Mas recusou nomear as outras, e também não disse se entre elas se encontram entidades portuguesas.
Cozinheiro profissional e fotógrafo, Jesse Rockwell descobriu e imortalizou com seus cliques um lugar tão incomum quanto inacreditável. Um antigo centro comercial em Bangkok, Tailândia, abandonado após sofrer um incêndio e cuja cobertura fora destruída pelas chamas, abriga hoje um ecossistema impressionante.
Como nos filmes pós-apocalípticos onde vemos a natureza retomar a superfície das grandes cidades abandonadas, o centro comercial, que teve seu térreo inundado até uma altura considerável pela água da chuva, abriga hoje milhares de bagres e carpas. Evidentemente, os peixes não chegaram até lá sozinhos, alguém introduziu no ambiente um pequeno número deles, que acabaram se multiplicando exponencialmente.
A partir do dia 27 de agosto a série “Arquiteturas”, dirigida por Paulo Markun e Sérgio Roizenblit e levada ao ar pela SescTV, terá seus episódios reapresentados.
Apresentamos desta vez o terceiro ensaio fotográfico da série “Copa Ocupada”, produzido por Leandro Moraes no edifício Prestes Maia, no centro de São Paulo, durante a partida entre a seleção brasileira e Camarões na Copa do Mundo 2014.
Enquanto a noção de "tempo livre" é, por natureza, associada a escolhas individuais e estar momentaneamente "livre" em relação às demandas da vida cotidiana, a quantidade e qualidade de tempo que temos à nossa disposição está intimamente ligada às forças da cidade. Quando o congestionamento aumenta, a quantidade e qualidade de tempo livre dos moradores da cidade diminui. O congestionamento reduz as oportunidades das pessoas de construir amizades, diminui a energia para praticar hobbies fora do trabalho e esgota o tempo que as pessoas têm para viver, não se deslocar. Com as crescentes taxas de aquisição de automóveis contribuindo com o aumento dos congestionamentos, os prefeitos estão tomando medidas para inverter esta tendência – tanto em relação aos impactos sobre a qualidade de vida dos moradores como em relação ao custo econômico de permanecer parado no trânsito.
As cidades brasileiras de São Paulo e Belo Horizonte mostram que isso depende tanto das políticas municipais como de mudanças individuais. Deve-se modificar as estratégias de mobilidade centradas no automóvel, impulsionando o Brasil em direção a um futuro de mobilidade sustentável e alta qualidade de vida para seus habitantes urbanos.
Durante a sétima edição do Fórum Urbano Mundial - que ocorreu entre os dias 5 e 11 de abril em Medellín, Colômbia - representantes de diversos países e organizações discutiram estratégias para alcançar um desenvolvimento urbano equilibrado para as cidades do futuro. Este vídeo foi gravado durante um voo de helicóptero sobre Medellín, mostrando a história de uma cidade que passou por um rápido processo de urbanização e onde, apesar de persistir a desigualdade, uma série de projetos recentes têm fomentado mudanças significativas no ambiente urbano.
João Pessoa, PB. Em primeiro plano o Tropical Hotel Tambaú, de Sérgio Bernardes. Image Courtesy of portalexamedeordem
O Instituto de Arquitetos do Brasil, seccional Paraíba (IAB-PB) divulgou recentemente uma carta aberta na qual se posiciona a favor da realização de concursos para a escolha dos projetos arquitetônicos de obras públicas. Esse tipo de seleção, para o presidente do IAB-PB, Fabiano Melo, serve para garantir a qualidade do projeto e já vem sendo utilizado há muitos anos no Brasil.
Entre as vantagens da seleção mediante concurso público, o presidente do IAB-PB conta que, além da qualidade do projeto, essa prática também dá maior espaço para que a população participe de decisões importantes para a cidade. Na Paraíba, no entanto, essa prática ainda é muito pouco adotada.
Recentemente algumas imagens chamaram a atenção em sites e redes sociais pela brutalidade das medidas que algumas cidades tomaram para evitar que moradores de rua usem bancos e marquises para se proteger durante a noite.
Uma das mais polêmicas foi a estratégia usada por um supermercado em Londres que colocou “pinos” de metal na sua entrada para evitar que o lugar fosse usado à noite por moradores de rua. Os protestos contra essas atitudes não tardaram: em alguns casos os “pinos” foram cobertos por concreto, além disso, mais de 128.000 pessoas assinaram uma petição no Change.org para que o supermercado os removesse. Neste último caso a petição teve efeito e o supermercado voltou atrás em sua decisão.