Alison Smithson: uma reflexão sobre a arquitetura moderna (nos contextos urbano, industrial e social)

Alison Margaret Gill, arquiteta britânica, foi uma das poucas mulheres de referência e reconhecida no campo da arquitetura e urbanismo em meados do século XX. Junto com seu marido, Peter Smithson, foram protagonistas da cultura londrina dos anos cinquenta. 

Dedicaram-se, ao longo de sua carreira, a estudar novas e inovadoras formas de entender e produzir a arquitetura e a cidade. Ela foi membro do Independent Group, e uma das fundadoras do Team 10.

Alison Smithson -Alison Margaret Gill- nasceu no dia 22 de junho de 1928, em Sheffield, Yorkshire, Inglaterra. Formou-se em arquitetura na Escola de Arquitetura da Universidade de Durham em 1949. Ali conheceu a Peter Smithson, com quem se casou no mesmo ano.

Após trabalhar no London County Council Architects Department por quase um ano e ganhar o concurso para projetar a Escola Secundária de Hunstanton em 1950, Alison e Peter Smithson abriram seu próprio escritório e começaram uma prática conjunta e uma colaboração constante na qual dividiram o crédito por todos os seus projetos e publicações.

Ainda que os Smithson tenham construído relativamente poucos projetos importantes como a Escola Secundária Moderna de Hunstanton (1950-1954), seus projetos para os concursos da catedral de Coventry (1950-1951), do bairro residencial Golden Lane (1952) e para a Universidade de Sheffield (1953), essas experiências criaram as bases para uma reflexão sobre os temas mais importantes da cultura arquitetônica moderna. A busca por uma linguagem apropriada para a situação contemporânea, as propostas para uma nova morfologia urbana, a reflexão sobre a evolução dos modos de vida em relação aos espaços interiores e as conexões que estabelece a arquitetura com o contexto ambiental, são alguns dos temas que exploraram ao longo de toda sua obra.

No projeto de Hunstanton, reconhecido como o primeiro exemplo do Novo Brutalismo, eles tiveram a oportunidade de expor uma crítica ao racionalismo inglês do pós-guerra. Como no Estilo Internacional na pré-guerra, buscaram aproveitar o baixo custo e o pragmatismo dos materiais produzidos em massa e dos componentes pré fabricados e a pureza estética da fase norte-americana de Mies van der Rohe, e ao mesmo tempo demonstraram uma preocupação pela busca de uma relação apropriada entre cultura, indústria e sociedade.

Seria possível dizer que a expressão mais pura da ideologia pop dos Smithson foi a Casa do Futuro, a visionária "casa modelo" que idealizaram para a Daily Mail Ideal Home Exhibition de 1956. Projetada predominantemente por Alison, é uma estrutura de plástico que pode ser produzida em massa em sua totalidade, ao invés de em partes. A casa inclui características inovadoras, então futuristas, como um banheiro de auto-limpeza, cantos fáceis de limpar e controles remotos para televisão e iluminação.

Outros projetos importantes incluiram a construção do Economist Group, St. James, Londres (1964) e Robin Hood Gardens (1972), um conjunto de residências de baixa renda no East End londrino.

* Texto por Florencia Marciani, cortesia de Un Día | Una Arquitecta

Conheça a biografia completa de Alison Smithson aqui.

Sobre este autor
Cita: Marciani, Florencia. "Alison Smithson: uma reflexão sobre a arquitetura moderna (nos contextos urbano, industrial e social)" [Alison Smithson: una reflexión sobre la arquitectura moderna (en lo urbano, industrial y social)] 18 Dez 2017. ArchDaily Brasil. (Trad. Daudén, Julia) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/885462/alison-smithson-uma-reflexao-sobre-a-arquitetura-moderna-nos-contextos-urbano-industrial-e-social> ISSN 0719-8906

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