A Contracorriente / Pavilhão do Chile na XV Bienal de Arquitetura de Veneza

A contracorriente, pavilhão do Chile na Bienal de Veneza 2016, mostra o trabalho de uma geração de jovens que concebe, projeta, gerencia, capta financiamento e constrói pequenas obras de arquitetura para obter seu título profissional de arquiteto. Eles têm em comum pertencerem ao território rural do Vale Central do Chile. Ao terminarem sua formação acadêmica, regressam aos lugares de origem para contribuir com a comunidade e construir arquiteturas que, em seu conjunto, desenham um conjunto de lugares que acolhem a vida e o trabalho de agricultores e suas famílias.

Essas arquiteturas têm sido levantadas com o mínimo, com restos de processos agrícolas e com os materiais que se encontram à mão, aportando valor e inserindo esse território na globalidade, por meio de um relato regional, mas não regionalista. Nesse entorno rural e em uma paisagem em mudança contínua resultante da exploração agrícola e o desenvolvimento urbano, emergem pavilhões, paradores, mirantes, restaurantes e praças, ou simplesmente locais de sombra e encontro, efêmeros ou permanentes, explícitos ou abstratos.

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A contracorriente fala do sentido contrário para onde vão as coisas. Essa exposição vai no sentido oposto ao daquelas batalhas urbanas, quiçá globais, que são travadas para melhorar a qualidade do entorno construído. A contracorriente acrescenta valor aos costumes e a paisagem do mundo rural, florestal e agrícola, e contribui com a arquitetura a melhorar a qualidade da vida cotidiana das pessoas.

A contracorriente organiza-se com os seguintes elementos:

Uma mesa suspensa que alcança sua estabilidade através da água contida em uma canoa de pinus radiata. Sobre sua cobertura são dispostos dez cubos de maeriais do Vale Central do Chile, trazendo a Veneza o que é realmente o território em que se implantam os projetos.

© Andrea Avezzù / Cortesía de La Biennale di Venezia

Um pentágono apóia as quinze maquetes que constituem a exposição. Os modelos são construídos com fibra de vidro endurecida com laca e arame, e organizadas sobre bases de latas enferrujadas, que são resíduos do telhado das casas que caíram durante o terremoto de 2010 na cidade de Talca, Chile. Sobre estas bases oxidadas, pequenos vídeos mostram trechos da vida cotidiana nesse território.

© Andrea Avezzù / Cortesía de La Biennale di Venezia

Uma tela mostra cinco projetos no território em que se inserem. Uma espreguiçadeira coletiva de 4 metros de largura por 4 metros de altura, construída com ripas de pinheiro com 2 × 1 polegadas, material que por sua debilidade determina uma expressividade própria de repetição e superposição de elementos.

© Andrea Avezzù / Cortesía de La Biennale di Venezia

Uma capa feita com 7.000 sacos de polietileno, as mesmas usadas para embrulhar frutas ou vegetais nas feiras do Chile, se opõe às antigas paredes da sala de maneira econômica e leve.

© Laurian Ghinitoiu

15 Obras Participantes:

Pavilhão de carreras a la chilena / Claudio Castillo

Cortesia de Héctor Labarca Rocco

Refúgio de maré alta / Daniel Prieto

Cortesia de Daniel Prieto

Centro de celheita e restaurantes para os pomares de framboesa / Ximena Céspedes

Cortesia de Ximena Céspedes

Parador da contaminação / César Verdugo

Cortesia de César Verdugo

Plataforma e mobiliário rural / Juan Francisco Inostroza

Cortesia de Juan Francisco Inostroza

Salineas, um lugar para a história / Felipe Aranda

Cortesia de Felipe Aranda

Mirador comedor emergente / Javier Rodríguez

Cortesia de Javier Rodríguez

Restos frente ao horizonte / Felipe Muñoz

Cortesia de José Luis Uribe

Janelas para a paisagem / Tanya Vera

Cortesia de Germán Valenzuela

Plataformas rurais / Gabriel Garrido

Cortesia de Daniel Prieto

Praça da cerimônia em Agua Santa / Ximena Cáceres

Cortesia de Ximena Cáceres

Praça de Pallets / Jonnattan Silva

Cortesia de Jonnattan Silva

Suporte produtivo em Ñiquen / Yasna Monsalve

Cortesia de Yasna Monsalve

Os caminhos da água / Carolina Guerra

Cortesia de Carolina Guerra

Cobertura em canchas de carreras a la chilena / Carolina Solis

Cortesia de Carolina Solís

EQUIPE

Curadores: Juan Román, José Luis Uribe
Comissário: Cristóbal Molina (Consejo Nacional de la Cultura y las Artes de Chile)
Assessores: Andrea Griborio (editorial), Héctor Labarca (fotografia), Víctor Letelier (modelos de arquitetura), Sebastián Preece (direção de arte), Germán Valenzuela (arquitetura), Fernando Valenzuela (audiovisual), Cristina Paoli • Periferia (design gráfico)
Colaboradores acadêmicos: Eduardo Aguirre, Diego Espinoza, Kenneth Gleiser, Andrés Maragaño, Susana Sepúlveda, Blanca Zúñiga
Projeto do Pavilhão: Juan Román
Projeto e construção reposera: Germán Valenzuela
Projeto e construção do manto: Felipe Miño + Alumnos Taller de Arquitectura I, Universidad de Talca, 2016
Projeto tabela pendant: Diego Espinoza
Produção do Pavilhão: Luigi D’Oro & Arguzia S.R.L.
Desenhos: Alonso Castillo, Edgar Torres
Maquetes: Víctor Letelier, Hugo Bravo
Vídeos: Miguel Belart, Juan Sebastián Bustos
Projeto do catálogo: Cristina Paoli · Periferia
Colaboradores: Antonio Arévalo, Kevin Fuentes, Gloria Herrera, Matías Jáuregui, Felipe Quezada, Francisco Lara, Francisca Leal, Erick Mejías, Freddy Madariaga, Jessica Morales, José Vicente Moreno, María Daniela Povea, Andrés Valenzuela, Soledad Díaz de la Fuente
Organização: Consejo Nacional de la Cultura y las Artes de Chile
Com o apoio de: DIRAC, Fundación Imagen de Chile

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Sobre este autor
Cita: ArchDaily Team. "A Contracorriente / Pavilhão do Chile na XV Bienal de Arquitetura de Veneza" [A Contracorriente / Pabellón de Chile en la XV Bienal de Arquitectura de Venecia] 03 Jun 2016. ArchDaily Brasil. (Trad. Souza, Eduardo) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/788659/a-contracorriente-pavilhao-do-chile-na-xv-bienal-de-arquitetura-de-veneza> ISSN 0719-8906

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