Se os arquitetos gostam tanto de tecnologia, por que seus websites são tão ruins? 5 dicas para um site melhor

A versão original desse artigo, intitulada "Why (Most) Architects Don't Get Digital," foi primeiramente publicada no UXB London.

Para pessoas tão instruídas que passam tanto tempo imaginando o futuro, parece estranho que, quando se trata do mundo digital, os arquitetos ainda estejam tão presos ao passado. Não me interpretem mal, eu amo arquitetura e tenho muito respeito pela profissão, mas fico intrigado com o fato da revolução digital ter sido amplamente ignorada por uma profissão tão orgulhosa por incorporar tecnologias emergentes.

Recentemente fizemos uma pesquisa como parte de uma comissão para desenvolver uma estratégia digital para um escritório de Londres. Queríamos checar o nível de aceitação da tecnologia móvel no setor. Concluímos que um bom ponto de partida seriam os grandes arquitetos - os premiados, aqueles que os outros gostariam de ser um dia.

Fizemos nossa lista* e visitamos cada escritório através de um smartphone. Puxa vida. Eu não recomendaria isso - é uma experiência deprimente que poderia fazer os dedos doerem e seus olhos sangrarem.

Descobrimos, para o nosso espanto, que dos 140 mais premiados/respeitados/ falados escritórios no Reino Unido, somente 5 contam com um website responsivo (dRMM, Lifschutz Davidson Sandilands, Woods Bagot, HTA, e Stiff + Trevillion). Arquitetos não possuem celulares e os usam para acessar a internet? Você seria perdoado por pensar que não.

É um fenômeno intrigante quando se considera que arquitetura é uma profissão complexa e fascinante capaz de criar coisas tão impressionantes. Escritórios estão cheios de pessoas talentosas produzindo um rico conteúdo visual, narrativo e matemático que muitos de nós acharíamos fascinante - seria ótimo se pudéssemos descobrir isso no aparelho que melhor nos convir.

O que realmente me deixa perplexo é por que considerações de projeto centradas no usuário, como utilidade, acessibilidade, elegância e deleite, tão comumente utilizadas no projeto de edificações, são abandonadas quando se trata da web. Até onde posso dizer, arquitetura é uma profissão centrada nas pessoas. Nenhum arquiteto (ou cliente) com amor próprio estaria feliz com uma edificação que fizesse os visitantes se esforçarem para passar pela porta, ou encontrar seu caminho e se perder a ponto de sair pela saída de incêndio.

Mas a ausência de um pensamento centrado nos humanos e cuidado com a experiência do usuário está no cerne do porquê tantos escritórios falham no digital. Muitos escritórios brilhantes são representados online pelo equivalente a edificações que simplesmente não são adequadas a sua finalidade. Que foram construídas com materiais inferiores, tecnologia antiquada e fora dos padrões atuais. E fazendo isso eles realizam um desserviço a si mesmos.

Para uma profissão tão acostumada a colaborar com especialistas em campos associados (engenharia, energia, transporte, interiores, etc.) no mundo digital, a vontade de aceitar a experiência dos outros diminui. Parece que o digital é desvalorizado, como algo que pode ser feito em casa ou terceirizado de forma barata.

Então, você quer um website responsivo, como proceder sobre isso?

1. Entenda sobre design responsivo

Design responsivo tem sido chamado o próximo estágio nos celulares e é largamente aceito como o meio mais efetivo de fornecer usuários de tecnologia móvel uma experiência positiva independente do aparelho que eles estão usando. Resumindo, o conteúdo e layout do seu site vai "responder" automaticamente ao tamanho do aparelho em que está sendo visto. Isso oferece a empresas uma maneira altamente flexível e eficiente de alcançar as expectativas que as pessoas tem por conteúdo de qualidade, velocidade e usabilidade enquanto estiver em movimento.

2. Faça alguns testes rápidos com usuários.

A melhor maneira de compreender a experiência que seu site oferece aos visitantes em um aparelho móvel é reunir alguns colegas e vê-lo em seu celular/tablet. Se você precisar comprimir/aproximar para ler o texto, você não está proporcionando uma boa experiências para visitantes e eles não vão te agradecer por isso.

3. Coloque o conteúdo primeiro

Projetar para optimização móvel requer um repensar seu conteúdo. O que funciona bem em um desktop pode não transferir bem para o celular. Você precisa pensar sobre qual é o conteúdo mais importante que seus visitantes vão exigir e priorizar isso. Você fara decisões difíceis sobre o que fica e o que não.

4. Chame especialistas

Encontrar uma agência de design decente para ajudá-lo é fácil. Em caso de dúvida, visite o side deles em seu celular. Uma agência decente será capaz de levá-lo através de um processo rigoroso porém sensível de definir sua estratégia, pesquisando as necessidades de seu público, requisitos de negócios e plano de conteúdo, tudo antes de mostrar-lhe como o produto final parecerá.

5. Planeje o conteúdo

A importância de produzir bom conteúdo continuamente não pode ser exagerada. Descubra quem está melhor posicionado no seu escritório para coletar, comparar, organizar ou criar o conteúdo que seu público quer, e os dê tempo e recursos para fazer do seu novo site responsivo um vencedor.

* Fontes:

  • Manser Medal 2013 (lista) 
  • Stirling Prize 2013 (lista) 
  • Architect of the year 2013 (vencedores) 
  • Housing Design Awards 2013 (lista) 
  • AJ100 (top 40)

Sean OHalloran é co-fundador e diretor de projeto de conteúdo e marketing digital pela agência UXB London.

Sobre este autor
Cita: O'Halloran, Sean . "Se os arquitetos gostam tanto de tecnologia, por que seus websites são tão ruins? 5 dicas para um site melhor" [ If Architects Love Technology, Why Are Their Websites So Bad? 5 Tips for a Better Site] 06 Abr 2014. ArchDaily Brasil. (Trad. Baratto, Romullo) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/01-187444/se-os-arquitetos-gostam-tanto-de-tecnologia-por-que-seus-websites-sao-tao-ruins-5-dicas-para-um-site-melhor> ISSN 0719-8906

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