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Direito à cidade: O mais recente de arquitetura e notícia

Acertos e contradições no retrofit dos centros urbanos: o caso de São Paulo

Considerada em 2022 a quinta cidade mais populosa do mundo, São Paulo é formada por uma imensidão de desafios “dignos” dos seus mais de 22 milhões de habitantes. Entre os inúmeros problemas urbanos enfrentados, o esvaziamento do centro histórico da cidade tem sido notícia recorrente há pelo menos quatro décadas,§ com governos anunciando medidas que poderiam reverter a situação. Nesse meio tempo, o mesmo centro presenciou o aumento das ocupações de moradia em prédios abandonados, trazendo à tona não apenas a importância da sua ressignificação, mas também sua vocação habitacional.

Fórum Regional: Moradia Digna como Saúde Pública

Piracicaba sediará fórum regional sobre moradia digna como saúde pública em novembro

O Coletivo Painguás, grupo formado por agentes da luta por moradia de Piracicaba, receberá na Estação da Paulista no dia 5 de novembro (domingo), movimentos sociais, profissionais da área e representantes dos três poderes de toda região para espaço de discussão, troca de experiências e debates sobre a solução para o problema habitacional no interior paulista. O evento tem parceria com Projeto Gerações, a FACESP (Federação das Associações Comunitárias de São Paulo) e a rede ATHIS no Interior Paulista.

Como resultado da organização de profissionais de Piracicaba engajados na luta

Encontro das Cidades da Amazônia e do Brasil

Resultado da parceria entre o Laboratório da Cidade e o 5º Encontro de Urbanismo Colaborativo - COURB, o Encontro Cidades da Amazônia e do Brasil é um evento em formato novo, onde vamos levantar e debater os principais desafios que nossas cidades e seus habitantes enfrentam no cenário atual.

O Encontro Cidades da Amazônia e do Brasil é um espaço de diálogo e debate sobre nossos núcleos urbanos e como construir uma agenda mais sustentável a partir das nossas inquietações trazendo a população para o protagonismo das soluções.
O evento será realizado nos dias 05, 06 e 07 de maio, no

Pelo fim do subsídio do setor elétrico à ocupação de áreas de risco

No período de chuvas mais intensas, é recorrente o noticiário de desastres urbanos, como deslizamentos de terras, enchentes e alagamentos, com perda de vidas humanas e gravíssimos danos materiais. Na maioria dos casos, a vulnerabilidade das áreas atingidas já era conhecida, mas não se impediu sua ocupação. Via de regra, as áreas devastadas serão novamente ocupadas pelos sobreviventes tão logo quanto possível, sem que qualquer obra seja realizada para remover o risco.

Botar seu bloco na rua é direito à cidade

A praça Castro Alves é do povo
como o céu é do avião
um frevo novo, eu peço um frevo novo
todo mundo na praça
e muita gente sem graça no salão
(Um Frevo Novo - Caetano Veloso)

Para Caetano, a verdadeira alegria está na apropriação da praça e não no salão. Mas esta interpretação da maior manifestação cultural brasileira não é unânime.

O direito de caminhar pela cidade: poderia uma mulher ser “flâneuse”?

No início do século XIX, em uma Paris prestes a ter seu tecido medieval rasgado pelos enormes bulevares de Haussmann, a romancista George Sand se vestia como homem para andar pelas ruas. Segundo seus diários, “de calças e botinas podia voar de uma ponta a outra da cidade, qualquer que fosse o clima, a hora e o local”. Ninguém lhe dava atenção, ninguém adivinhava seu disfarce, ninguém a olhava ou criticava, ela era mais um “átomo perdido naquela imensa multidão”. Graças às vestes masculinas, Sand vivenciou incursões destemidas e percursos solitários, como um verdadeiro flâneur. Experiências que, posteriormente, se tornaram fundamentais para a construção de suas narrativas de sucesso.

Qual o custo do tempo perdido no trânsito?

Entre os diversos problemas do uso excessivo de carros nas grandes e médias cidades, sem dúvida os congestionamentos e o tempo perdido no trânsito são os que recebem maior atenção da mídia e da sociedade.

Os motoristas costumam não dar muita bola para outros problemas, ainda que gravíssimos, como as mortes e tragédias no trânsito, a poluição do ar, o estressante ruído produzido pelos veículos motorizados, o espraiamento urbano, que tornam as cidades disfuncionais, caras e distantes, ou os problemas hidrológicos causados pelo excesso de asfalto e concreto destinados aos automóveis. Geralmente, essas questões são ignoradas ou vistas como fatalidades, enquanto o trânsito infernal é visualmente evidente, sendo algo logo percebido como desagradável e a exigir soluções imediatas.

Qual o custo do tempo perdido no trânsito? - Image 1 of 4Qual o custo do tempo perdido no trânsito? - Image 2 of 4Qual o custo do tempo perdido no trânsito? - Image 3 of 4Qual o custo do tempo perdido no trânsito? - Image 4 of 4Qual o custo do tempo perdido no trânsito? - Mais Imagens

A equidade nas ruas começa com a reforma dos estacionamentos

Nos últimos anos, diversos eventos climáticos ocorridos ao redor do mundo assolaram cidades, inclusive as brasileiras. Em 2022, chuvas intensas caíram sobre as ruas da região serrana do Rio de Janeiro, especialmente a cidade de Petrópolis, que registrou 250 deslizamentos em um único dia.

Algo semelhante ocorreu em Pernambuco, onde chuvas acima da média levaram ao deslizamento de barreiras. No final de 2021, no estado da Bahia, as ocorrências ligadas às fortes chuvas deixaram pelo menos 72 municípios em situação de emergência. Assim como nos exemplos anteriores, a ocorrência deixou mortos e diversas famílias desabrigadas. Ao redor do mundo o quadro não é diferente, ainda que os eventos sejam outros.

CAU e CEAU lançam abaixo-assinado por cidades justas e moradias dignas

Está disponível on-line o Abaixo-Assinado Por Cidades Justas e Moradias Dignas em apoio às propostas do manifesto O Brasil precisa de Mais Arquitetura e Urbanismo, a carta aberta às candidatas e aos candidatos nas eleições de 2022 lançada pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil e pelas entidades do CEAU (IAB, FNA, ABEA, AsBEA, ABAP e FeNEA).

O que é o Estatuto da Cidade?

Até meados da década de 1950, o Brasil era um país de população predominantemente rural, com menos de 30% dos habitantes vivendo em áreas urbanas. Entretanto, com o acelerado processo de industrialização, o país vivenciou um grande êxodo rural na transição de um modelo agrário-exportador para um modelo urbano-industrial, modificando drasticamente a paisagem de suas cidades em menos de 50 anos. Como consequência dessa rápida transformação produziu-se um modelo de urbanização predatório e desigual e é nesse contexto que surge o Estatuto da Cidade.

1 Hora no trânsito: uma constante imutável?

1 Hora no trânsito: uma constante imutável? - Imagem de Destaque
Em 2005, a velocidade média dos veículos automotores na China era de menos de 10 km/h, inferior a velocidade média das bicicletas. Imagem: Jens Schott Knudsen/Flickr

Em 1870, o tempo médio de trabalho semanal nos EUA era de 57 horas, em 2000, já tinha caído para 39 horas, redução de 32%. A França passou de 66 para 34 horas, redução de quase 50%. No mundo, a redução da jornada de trabalho foi em média de 64 para 36 horas, mostrando que a evolução tecnológica pode ter contribuído para a redução do tempo dedicado às atividades laborais.

1 Hora no trânsito: uma constante imutável? - Image 1 of 41 Hora no trânsito: uma constante imutável? - Image 2 of 41 Hora no trânsito: uma constante imutável? - Image 3 of 41 Hora no trânsito: uma constante imutável? - Image 4 of 41 Hora no trânsito: uma constante imutável? - Mais Imagens

Como a bicicleta empoderou as mulheres na ocupação dos espaços públicos

Como a bicicleta empoderou as mulheres na ocupação dos espaços públicos - Imagem de Destaque
Foto por Janwillemsen, via Flickr. Licença CC BY-NC-SA 2.0

“Deixe-me dizer o que penso da bicicleta. Ela tem feito mais para emancipar as mulheres do que qualquer outra coisa no mundo. Ela dá às mulheres um sentimento de liberdade e autoconfiança. Eu aprecio toda vez que vejo uma mulher pedalando... uma imagem de liberdade”. Susan Anthony, uma das mais importantes lideres sufragistas norte-americanas, disse isso no início do século XX, enaltecendo o poder libertário representado pela mulher e sua bicicleta na época.

Concessões urbanísticas: como promover acesso à infraestrutura na cidade

Concessões urbanísticas: como promover acesso à infraestrutura na cidade - Imagem de Destaque
Imagem: Douglas Junior/MTur

Cidades densas, em que há concentração de pessoas e atividades no território, podem oferecer melhor acesso a infraestrutura. Isso ocorre porque, em geral, quanto maior o número de usuários de um serviço público ou infraestrutura em determinada área, menor o custo e maior a receita por usuário.

A produção inteligente da habitação: estratégia de marketing ou de garantias?

A produção inteligente da habitação: estratégia de marketing ou de garantias? - Imagem de Destaque
Ocupação 9 de Julho, centro de São Paulo. Foto: T. PIRES, via El País

Sem conceito definido, o uso do termo cidades inteligentes é utilizado com mais frequência a cada ano que passa. Muitos teóricos apontam que a dificuldade conceitual está atrelada à rápida adesão e expansão do seu uso por grandes corporações e instituições, tonando-se, assim, um termo da moda. Apesar do discurso “inovador”, a escolha do modelo para implementação de uma cidade inteligente pode causar impactos segregacionistas e privilegiar determinado grupo se não desenvolvida considerando as particularidades e envolvendo as lideranças locais (MENDES, 2020).  Neste ensaio será adotado um entendimento de que a inovação e inteligência não estão necessariamente ligadas ao uso de tecnologias digitais ou recursos de alto custo, mas sim ao novo olhar para os problemas urbanos e o desenvolvimento de soluções não tradicionais nas tomadas de decisão e execução.

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