Imagem do filme "MAIO" de Claudio Carbon, premiado na edição de 2025.
O Arquiteturas Film Festival abriu as inscrições para sua 13ª edição, que acontecerá de 1º a 5 de julho de 2026, na cidade do Porto, Portugal. Organizado pelo INSTITUTO e dirigido pelo arquiteto Paulo Moreira, o festival foi criado em 2013 e se consolidou como uma plataforma internacional dedicada ao debate e à difusão da arquitetura em diálogo com o cinema, as artes visuais e espaciais, o pensamento crítico e a colaboração interdisciplinar.
https://www.archdaily.com.br/br/1035514/arquiteturas-film-festival-2026-abre-chamada-para-filmes-sobre-a-era-urbanaArchDaily Team
Uma estrutura de bambu ergue-se como espaço de confluência entre técnica, ancestralidade e prática coletiva. OCO é a primeira obra do Cambará Instituto, organização originada do Projeto Arquitetas Negras, concebida durante uma residência artística no Cerbambu, em Ravena (MG), com apoio do re:arc institute. Ao longo de sete dias de imersão, em julho deste ano, dez arquitetas negras trabalharam ao lado do mestre Lúcio Ventania, explorando o potencial construtivo e simbólico do bambu. O processo culminou na apresentação da obra na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo.
A experiência propôs um reencontro entre práticas arquitetônicas e ciências enraizadas no corpo e na terra. O processo envolveu todas as etapas de produção, da escolha e corte do bambu à cura e montagem, resultando em uma estrutura de seis metros de altura e cinco de diâmetro. O desenho faz referência às xossas do Benin e conta com palhas da costa do país africano em seu topo. A instalação foi ainda "vestida" com 220 mil contas, conhecidas como "lágrimas de Nossa Senhora", confeccionadas por quarenta mulheres idosas em situação de vulnerabilidade social, que vivem na região onde foi realizada a residência artística, fortalecendo vínculos comunitários e econômicos.
Há lugares no mundo onde o calor já passa dos cinquenta graus e outros onde a água sobe metros acima do esperado. Enquanto isso, no coração de São Paulo, arquitetos, pesquisadores, artistas e comunidades se reúnem para perguntar: como habitar a Terra em tempos de extremos? É essa a provocação que guia a 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, que ocupa a Oca do Ibirapuera e concentra-se no tema Extremos: Arquiteturas para um Mundo Quente. Mais do que uma exposição, trata-se de um chamado a encarar a crise climática, a desigualdade social e a urgência de reinventar formas de vida.
Diferente de edições anteriores, espalhadas por vários lugares da cidade, os curadores Clevio Rabelo, Jera Guarani, Karina de Souza, Marcella Arruda, Marcos Certo e Renato Anelli optaram por concentrar a edição deste ano sob um mesmo teto, permitindo que a narrativa curatorial se apresente de maneira clara e direta. Todo o percurso está ali, organizado em seções que entrelaçam práticas ancestrais e tecnologias emergentes, experimentações materiais e perspectivas críticas, projetos locais e debates de alcance global. A Oca se torna, assim, uma encruzilhada: sobrepõe miradas arquitetônicas diversas, oferecendo uma plataforma de reflexão coletiva sobre a sociedade e o meio ambiente.
RCR Arquitectes | Construyendo Paisajes | Ciclo de Conferências Lisboa e Porto
“Construyendo Paisajes“, intitula o ciclo de conferências organizado pelo Espaço de Arquitetura nos dias 23 e 24 de Setembro, às 21h, em Lisboa e no Porto, cujo atelier convidado são os vencedores do prestigiado Prémio Pritzker de Arquitetura 2017, RCR Arquitectes.
Fundados por Rafael Aranda, Carme Pigem e Ramon Vilalta, os RCR Arquitectes são internacionalmente aclamados pela sua abordagem sensível, integrada no território, e por uma linguagem arquitetónica singular, que valoriza a relação entre o ser humano, a natureza e o espaço construído.
Com uma obra internacionalmente reconhecida pela sua integração com a paisagem, pelo uso expressivo dos materiais e pela sua
Your greenhouse is your living room. Office for Roundtable e JXY Studio. Leyuan Li. Image Cortesia de Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo
Entre 18 de setembro e 19 de outubro de 2025, a 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, organizada pelo IABsp, ocupará o Pavilhão da Oca, no Parque Ibirapuera, para discutir como a arquitetura, o urbanismo, o design e o paisagismo podem enfrentar as mudanças climáticas e os eventos extremos.
O conceito curatorial parte do entendimento que vivemos em tempos de extremos, exigindo soluções radicais e inovadoras. Nos quatro pisos da Oca, os curadores propõem reunir ciência e inovação, saberes tradicionais, práticas cotidianas, propostas de mercado e ações do Estado, afirmando que o desafio climático deve ser enfrentado por toda a sociedade.
Tema: Paisagem que Habito, Paisagem que Habitamos. Arte: COMORG e Matheus P. Foster
Paisagem que Habito, Paisagem que Habitamos.
Habitar uma paisagem implica muito mais do que nela residir fisicamente; envolve uma relação de transformação mútua entre ser humano e ambiente. "Habitar é a maneira como os mortais são na terra" (Heidegger). Essa relação é fundamental não só como mera ocupação espacial, mas sim revela o habitar como parte constituinte fundamental da existência humana. A paisagem, assim, deixa de ser cenário e se torna viva identidade, onde gestos cotidianos, memórias coletivas e projeções de futuro se entrelaçam. Nesse processo contínuo, o habitante molda e é moldado, onde nessa relação é moldada uma trama de
O curso investiga a relação entre arquitetura, expografia e arte, analisando museus como possíveis territórios de experimentação, contestação e reinvenção cultural. Percorrendo casos como o MoMA, de Nova York, o Centro Pompidou e o Palais de Tokyo de Paris, discute-se o modelo "cubo branco" e seus vínculos com a arte moderna, em contraste com outras propostas espaciais e arquitetônicas ligadas à arte contemporânea.
University of Aberdeen New Library / schmidt hammer lassen architects. Foto cortesia de Schmidt Hammer Lassen Architects
O contraste pode ser amplamente utilizado na arquitetura como recurso para destacar aquilo que desejamos evidenciar. Queremos destacar uma entrada? Que o projeto se sobressaia em relação ao entorno? Que nossa arquitetura se torne um marco na paisagem urbana — ou rural? Precisamos criar simbolismos? Garantir legibilidade? Como fazer isso? Como "colocar luz" em algo?
Tudo aquilo que queremos destacar se amplifica pela comparação — por meio de um contraste exagerado, antagônico. Propositalmente, podemos intensificar o uso da escuridão para evidenciar uma única fonte de luz, marcando uma escada de maneira dramática e teatral. Ou então inserir paredes robustas e opacas para fazer sobressair uma entrada leve e transparente.
O Mapa de Iniciativas Urbanas, criado pela OSPA Place em parceria com o Instituto Cidades Responsivas, se trata de um mapeamento gratuito e colaborativo, que reúne projetos de transformação urbana por meio da inovação, da tecnologia e da participação cidadã. A iniciativa tem como objetivos principais identificar, valorizar e dar visibilidade a experiências urbanas transformadoras, inspirar outras cidades com modelos de inovação aberta, fortalecer redes de colaboração entre agentes públicos, privados, da academia e da sociedade civil, além de compartilhar soluções com impacto real para a população.
https://www.archdaily.com.br/br/1032513/mapa-de-iniciativas-urbanas-inscricoes-abertasArchDaily Team
Ao final de cada Bienal de Arquitetura, longe dos olhos dos visitantes, toneladas de materiais das exposições são transportadas por Veneza em carrinhos de mão e barcos. Apenas uma fração desses materiais é reutilizada. A principal razão é a escassez de espaços de armazenamento na cidade e os altos custos logísticos — desafios recorrentes da arquitetura circular. Como resultado, a maior parte dos resíduos acaba sendo destinada a aterros sanitários ou centros de reciclagem próximos. Mas essa realidade está prestes a mudar. Diante das crescentes preocupações ambientais, arquitetos têm se empenhado em desenvolver estratégias que viabilizem a reutilização desses materiais. Processos que envolvem não apenas as decisões arquitetônicas e construtivas, mas também abarcam questões de logística e comércio internacional.
Mapas são ferramentas fundamentais para compreender o espaço construído. Mais do que representar localizações, eles permitem visualizar relações espaciais, reconhecer padrões urbanos, sobrepor camadas de informação e produzir novas formas de leitura do território. Na arquitetura, podem ajudar a revelar como os projetos se distribuem nas cidades, quais áreas concentram investimentos ou permanecem à margem deles. Além disso, os mapas nunca são neutros: toda representação cartográfica envolve escolhas — como a seleção de dados, os recortes espaciais e as projeções utilizadas — que podem carregar intenções políticas, reforçando ou questionando estruturas de poder e visões de mundo.
Em parceria com a plataforma PLACE, desenvolvida pelo escritório OSPA, o ArchDaily Brasil apresenta um mapa interativo com a maioria dos projetos publicados no site nos últimos anos. Cada ponto traz informações como imagens, localização e dados técnicos das obras. A iniciativa utiliza exclusivamente dados públicos disponíveis na plataforma e contempla projetos em quase todos os estados brasileiros.
https://www.archdaily.com.br/br/1030457/place-lanca-mapa-interativo-com-todos-os-projetos-do-archdaily-brasilArchDaily Team
Em setembro de 2000, o arquiteto Paulo Mendes da Rocha propôs algo possível e impossível: cobrir a Praça da República, no centro de São Paulo, com uma piscina-praia suspensa. Essa atitude provocativa coloca em xeque questões latentes para a sociedade: o direito ao lazer, à ociosidade, à celebração, à higiene, ao autocuidado, à sociabilidade, ao entretenimento e ao corpo. “Cantinas, vestiários-máquinas e rampas” são quase todas as palavras que permeiam esse projeto-narrativa e que inspiram nossa oficina.
A partir de uma série de apresentações com convidados de diferentes campos do conhecimento, a oficina convida os participantes a explorarem espaços elevados relacionados
O escritório [entre escalas], fundado pela arquiteta Marina Canhadas em 2018, nasce da interseção entre prática profissional, pesquisa acadêmica e experiências internacionais. Com uma trajetória marcada por concursos, colaborações e passagens por escritórios no Brasil e no México, Marina consolidou uma abordagem que valoriza a atenção ao contexto e à história das edificações, especialmente em projetos que lidam com preexistências, uma das principais frentes do escritório.
A atuação do [entre escalas] se destaca pela sensibilidade com que lida com o tempo e a memória dos edifícios. Reformas em sobrados antigos, como a Casa Saracura e a Casa Apiacás, revelam uma espécie de arqueologia arquitetônica que busca resgatar técnicas, materiais e até mesmo fluxos naturais originais, reinterpretando tais elementos a partir de novas possibilidades de uso e conexão com o entorno. O gesto de remover camadas — físicas e simbólicas — é visto como uma forma de revelar histórias ocultas e conectar passado e futuro.
Entre os dias 18 de setembro e 19 de outubro de 2025, a cidade de São Paulo será palco da 14ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura (BIAsp), que volta a ocupar o Pavilhão da Oca, no Parque Ibirapuera, após quase uma década de edições descentralizadas. Organizada pelo Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento São Paulo (IABsp), a mostra propõe uma reflexão urgente: qual o papel da arquitetura diante das mudanças climáticas e dos eventos extremos que já impactam o cotidiano urbano e ambiental?
https://www.archdaily.com.br/br/1029433/bienal-de-arquitetura-de-sao-paulo-retorna-ao-parque-ibirapuera-em-2025-com-foco-no-enfrentamento-da-crise-climaticaArchDaily Team
Edifício Pietro Maria Bardi. Foto: Leonardo Finotti
Tomando o nevoeiro como metáfora, a aula propõe refletir sobre as formas cada vez mais imateriais e difusas do mundo em que vivemos, presente nas fachadas translúcidas das cidades, nas obras de arte imersivas, nas nuvens digitais que armazenam nossos dados, na fumaça dos incêndios e queimadas, nos mecanismos invisíveis de vigilância e no funcionamento opaco do capital financeiro. O encontro também marca o lançamento da trilha de cursos com curadoria de Guilherme Wisnik, com quatro formações sobre arquitetura e arte. Quem participar da aula tem 30% de desconto na inscrição dos cursos deste eixo temático.
Em um momento de profundas mudanças sociais, espaciais e culturais, a 12ª edição do Arquiteturas Film Festival convida a refletir sobre como as fronteiras — físicas e simbólicas — moldam o ambiente construído, influenciam o cotidiano e as dinâmicas coletivas. Que papel têm a arquitetura e o pensamento urbano para entender esse mundo em transformação?
Desde que passou a ser organizado pelo centro cultural INSTITUTO em 2021, o festival se firmou como uma plataforma crítica que une cinema, arquitetura e práticas espaciais para discutir temas urgentes. Nos últimos anos, abordou migração, crise ecológica, descolonização e novos modos de habitar. Em 2025, o foco é a 'fronteira' em suas múltiplas dimensões.
https://www.archdaily.com.br/br/1031145/12a-edicao-do-arquiteturas-film-festival-propoe-reflexao-sobre-fronteiras-fisicas-e-simbolicasArchDaily Team
Pia Quagliato, Giovana Giosa, Luiza Giurni, Amanda Castro e Gabriela Mestriner. Cortesia de Vestigare Agency
A arquitetura se constitui tanto na materialidade dos espaços quanto na forma como é percebida, discutida e registrada. O discurso arquitetônico, suas mediações e representações são partes inseparáveis do ato de projetar, pois definem o alcance e a permanência da obra no tempo.
A partir dessa compreensão, a Vestigare Agency surge como uma agência de mídias sociais direcionada para arquitetura e design, mas também como um espaço de curadoria arquitetônica e uma ponte entre arquitetos e um público mais amplo. A plataforma, criada e liderada por Luiza Giurni, se estabelece como uma nova instância de comunicação na arquitetura contemporânea e destaca, entre suas parcerias, uma construção coletiva estabelecida a partir da colaboração com arquitetas mulheres.
O 8º Prêmio {CURA} anunciou os vencedores do concurso que teve como tema a habitação coletiva para o século XXI. O concurso convidava os participantes a refletir sobre novos modos de morar na cidade, considerando principalmente questões relacionadas à mobilidade urbana, densidade e eficiência bioclimática.
Cada projeto foi analisado individualmente, levando em consideração aspectos como: coerência com o tema proposto; qualidade conceitual e arquitetônica; criatividade e visão crítica na solução proposta; adequação ao contexto urbano e territorial; qualidade da representação gráfica e clareza na comunicação da proposta; impacto social e ambiental e cumprimento dos itens descritos no edital. A identificação das equipes só foi revelada após a decisão final do júri.
https://www.archdaily.com.br/br/1029613/conheca-os-vencedores-do-8o-premio-cura-habitacao-coletiva-para-o-seculo-xxiArchDaily Team