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Sustentabildiade: O mais recente de arquitetura e notícia

Cidades e cosmofobia

O que é a cidade? E o contrário de mata. O contrário de natureza. A cidade é um território artificializado, humanizado. A cidade é um território arquitetado exclusivamente para os humanos. Os humanos excluíram todas as possibilidades de outras vidas na cidade. Qualquer outra vida que tenta existir na cidade é destruída. Se existe, é graças à força do orgânico, não porque os humanos queiram.

Fui criado numa casa de chão batido, onde andava descalço. As galinhas e os outros animais conviviam conosco dentro de casa. Quando uma galinha estercava na casa de chão batido, a parte úmida do esterco, das fezes da galinha, era absorvida pela terra. Tirávamos a parte sólida e jogávamos no quintal para servir de adubo. Para o povo da cidade, isso é um horror. Pisar as fezes da galinha? Impossível! Tem que ter uma cerâmica bem lisinha para poder enxergar qualquer outra vida, qualquer outro vivente que estiver ali, para poder desinfetar e matar qualquer microrganismo. Matar até o que não se vê. Para andar descalço, é preciso desinfetar o chão: a cerâmica foi criada porque os humanos não podem pisar a terra. Os calçados foram criados porque os humanos não podem pisar a terra. Porque a terra é o anseio original.

Brasileiro abandonaria carro por transporte sustentável, mas deseja conforto e praticidade

Muitas coisas têm mudado nas cidades – algumas, felizmente, para melhor. Mais brasileiras e brasileiros passaram a ver a bicicleta como a melhor escolha para a mobilidade urbana, e 67% das pessoas trocariam seus carros ou motos por alternativas de transporte mais limpas. A avaliação da qualidade do ar entre a população é desanimadora, mas a consciência sobre as mudanças climáticas aumentou, e 92% das pessoas desejam ônibus elétricos em suas cidades.

O que é Desenvolvimento Urbano Orientado ao Transporte Sustentável – DOTS ?

Diante da urgência climática a qual estamos vivenciando hoje, nosso modelo de cidade ditado pelo crescimento acelerado e desordenado que favorece a segregação social e impacta negativamente o meio ambiente precisa ser substituído.

Em meio a este cenário, o conceito DOTS, Desenvolvimento Urbano Orientado ao Transporte Sustentável, surge para romper com os padrões de planejamento territorial vigentes. Como o próprio nome diz, o DOTS propõe estratégias de atuação que integram o desenho urbano e o planejamento de transportes e mobilidade podendo ser concretizadas por meio de políticas públicas ou de projetos urbanísticos.

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Concreto de cannabis: das pontes romanas a um possível material do futuro

Muito preconceito e contradições envolvem a história da Cannabis sativa pelo mundo. Estima-se que o cânhamo tenha sido uma das primeiras plantas a serem cultivadas pela humanidade. Arqueólogos encontraram remanescentes de tecidos de cânhamo na antiga Mesopotâmia (atualmente Irã e Iraque), que remontam ao ano 8.000 aC [1]. Há registros na China, entre 6 e 4 mil aC, quanto ao consumo das sementes e óleos. Com a chegada à Europa, seu principal uso era para a fabricação de cordas para navio e tecidos. Inclusive as velas e cordas dos navios de Cristóvão Colombo eram desse material, os primeiros livros após a revolução de Gutemberg [2] e muitas das pinturas de Rembrandt e Van Gogh foram feitas de cânhamo

Para a construção civil, seu uso também não é novo. Uma argamassa feita de cânhamo foi descoberta em pilares de pontes construídas pelos merovíngios no século VI, onde hoje é a França. Sabe-se que os romanos adicionavam as fibras do cânhamo para reforçar as argamassas de suas construções. Hoje em dia, ainda que existam entraves legais em muitos países, a utilização do cânhamo como um material da construção civil tem tido resultados animadores, com pesquisas evidenciando suas boas características termoacústicas e sustentáveis. O cânhamo pode ser moldado como painéis fibrosos, revestimentos, chapas e até como tijolos.

Como funciona um banheiro seco, sistema alternativo de saneamento

O banheiro seco cumpre todas as funções de um sanitário convencional sem utilizar água em seu sistema, além de produzir insumos que podem ser utilizados para fertilização de plantações e agroflorestas. Com diversos modelos possíveis de construção, vê-se nessa tecnologia social mais do que um sistema alternativo de saneamento. Se encarado como solução dentro de uma realidade fechada como vivemos, pode ser a resposta para diversos problemas relacionados ao saneamento público, pois em uma única tecnologia evita-se contaminação do solo e da água.

Com princípio básico do uso do calor do sol para elevar a temperatura interna do local onde os desejos se depositarão e eliminar quaisquer patógenos nocivos à saúde e originar adubos,  os modelos de saneamento ecológico são opções adaptáveis para cada situação. Contribuem para uma melhor performance ambiental da moradia e dos espaços públicos, são capazes de suprir as necessidades de acordo com o seu uso, além da facilidade na construção e manuseio.

Palestra "Sustentabilidade Hoje" na Livraria da Vila

Pioneiro em energia renovável, o arquiteto carioca Sergio Conde Caldas apresenta na palestra Sustentabilidade Hoje, a evolução das alternativas sustentáveis na arquitetura high-end em uma conversa intimista que acontece no dia 28 de maio, a partir das 19h, na Livraria da Vila em São Paulo.