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Espacios de Paz: O mais recente de arquitetura e notícia

Sete lições sobre ganhar confiança da comunidade no desenho participativo

Continuando nossa cobertura de Espaços de Paz 2015 em Venezuela, lhes apresentamos uma série de reflexões sobre os desafios que representa o trabalho com uma comunidade quando falamos de desenho participativo sobretudo quando as gerações mais jovens de arquitetos latino-americanos começam a mostrar interesse e dedicação por esta forma de metodologia.

Durante uma semana, percorremos os projetos em construção do Espaços de Paz em Caracas, Barquisimeto, San Carlos, Cumaná e La Guaira: todos localizados em bairros socialmente frágeis e comunidades desconfiadas de intervenções deste tipo por promessas anteriores jamais cumpridas. Por isso, aproveitamos esta oportunidade para refletir e conversar com arquitetos e vizinhos, tentando responder uma das perguntas fundamentais por trás da fotografia do final feliz: como realmente de ganha a confiança ao trabalhar com comunidades?

Conheças as lições a seguir.

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Espacios de Paz, esperança na Venezuela

Em um recente artigo publicado pelo The Architectural Review com o título de Venezuelan urban acupuncture: Spaces of Peace by PICO Estudio, Nicolás Valencia comenta sobre como uma geração de jovens arquitetos venezuelanos enfrenta os desafios mais práticos da arquitetura em um contexto local tenso e conflituoso.

Todavia, estas condições não impediram o surgimento de novos coletivos que apostam no trabalho participativo e em projetos de caráter social. Este é o caso do "PICO Estudio, um escritório que desde 2014 desenvolve o projeto Espacios de Paz, um ambicioso exercício de acupuntura urbana e desenho participativo em oito cidades venezuelanas". De acordo com Valencia, "durante cinco semanas, vinte coletivos latino-americanos refletem, projetam e constroem equipamentos públicos em bairros afetados pela pobreza, violência e desemprego."

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Arquitetos que fazem ver uma esperança (para a comunidade e para a profissão)

Seguindo nossa cobertura de Espaços de Paz 2015 na Venezuela, refletimos em torno da crise da figura do arquiteto que trabalha em abstrato ao território e seus problemas, e o fortalecimento de uma arquitetura coletiva, honesta e eficiente, que não só beneficia as comunidades afetadas mas que, indiretamente, vem 'regenerando' a maneira com que exercemos nossa profissão.

Em tempos de crise, a necessidade de avançar nos obriga a movermos. Ainda que as problemáticas latinoamericanas estimulam a geração de instâncias que permitam melhorar a qualidade de vida dos bairros mais vulneráveis. Os arquitetos -que são abundantes na região- vêem-se pressionados a ampliar seu campo de ação e a buscar novos espaços férteis para exercer. Esse encontro de forças não só traduz-se em um aporte real a uma determinada comunidade, mas revela sutilmente uma mudança na maneira que enfrentamos o exercício de fazer arquitetura.

Frente a um encargo de alta complexidade que deve responder a pessoas com necessidades urgentes e recursos limitados, o arquiteto latinoamericano vê-se obrigado a trabalhar baseado na eficiência e no trabalho em equipe, resgatando suas virtudes essenciais para pô-las a serviço do ser humano. Virtudes que são básicas para demonstrar que nosso trabalho é fundamental, e não somente nas zonas esquecidas da cidade.

Por que o arquiteto na América Latina parece estar voltando às origens?

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Espaços de Paz 2015: cinco cidades, cinco comunidades, vinte coletivos de arquitetura

Entre os dias 17 e 18 de maio foram inaugurados em cinco cidades da Venezuela os projetos da segunda edição de Espaços de Paz. Criado como um genuíno exercício prático de desenho participativo, vinte coletivos latino-americanos de arquitetura trabalharam durante cinco semanas com comunidades de bairros dominados pela pela violência, pelo abandono escolar e delinquência; buscando converter espaços deteriorados e abandonados em espaços públicos de paz.

Coordenado pela oficina local PICO Estudio, com a tutoria de instituições públicas e sob a direção de Isis Ochoa - Comissária Presidencial do Movimento pela Paz e Vida- em cada projeto, representantes de quatro coletivos jovens de arquitetura desenvolvem um processo de diálogo, pesquisa, desenho e finalmente, construção de um equipamento poliesportivo, social ou educativo que será administrado pela própria comunidade local.

Convidados por PICO Estudio, os editores Nicolás Valencia M. e José Tomás Franco analisaram e documentaram estes cinco espaços na sua etapa final de construção, conversando com arquitetos e representantes da comunidade, comprometidos desde a apresentação até a execução dos espaços, sem isentar-se de desafios e conflitos.

Iniciando uma série de artigos sobre Espaços de Paz 2015, lhes convidamos a conhecer estes cinco projetos, a seguir.

"Espaços de Paz", de PICO Estudio, é premiado no ASF International Awards

"Espaços de Paz", de PICO Estudio, é premiado no ASF International Awards  - Imagem de Destaque
Espacios de Paz (Espaços de Paz) / PICO Estudio & Movimiento Por la Paz y la Vida. Cortesia de ASF International Awards

A organização Architecture Sans Frontières anunciou os vencedores do primeiro ASF International Awards, premiação que busca reconhecer "soluções eficientes desenvolvidas globalmente por arquitetos para os muitos desafios sociais, ambientais e econômicos enfrentados pelo ambiente construído."

De 68 propostas enviadas, três vencedores foram escolhidos: Espacios de Paz (Venezuela), por PICO Estudio & Movimiento Por la Paz y la Vida; La Passerelle in Saint-Denis (França), por ASF France; e Building Trust International, por seu trabalho na Ásia e África.

Saiba mais sobre os projetos selecionados, a seguir: