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Desigualdade: O mais recente de arquitetura e notícia

Os 20 distritos com os IDH mais altos e mais baixos de São Paulo

Foi recentemente divulgada a lista do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dos distritos do município de São Paulo. A lista, publicada pelo jornal Estadão, compreende os 20 distritos com os índices mais baixos e os 20 mais altos, abrangendo, assim, 40 dos 96 distritos da capital paulista.

O Índice de Desenvolvimento Humano  é uma medida comparativa de riqueza, alfabetização, educação, expectativa de vida, natalidade e outros fatores. Trata-se, no entanto, de uma média, portanto, quando aplicado a países, pode não refletir com exatidão as realidades sociais e econômicas de determinadas regiões específicas. Deste modo, é interessante analisar uma lista como esta,  que trata especificamente dos distritos de um mesmo município, pois ficam evidentes o hiato social entre áreas geograficamente tão próximas.

Confira a seguir os 20 distritos com piores indicadores e, na sequência, os 20 melhores de São Paulo:

Estatuto da Cidade: quinze anos se passaram, mas o Brasil urbano continua desigual e excludente / Lessandro Lessa Rodrigues

Quinze anos após sua aprovação no Congresso Nacional o que se percebe é que as desigualdades presentes no Brasil urbano continuam as mesmas da época em que o Estatuto da Cidade era bravamente discutido e enormemente desejado por toda uma geração de arquitetos e urbanistas. Sua aprovação em 2001 representou um sopro de esperança para aqueles que sonhavam com um Brasil urbano menos desigual e excludente. Diretrizes e instrumentos urbanísticos avançados foram discutidos durante mais de uma década no Congresso Nacional até sua aprovação pela Lei Federal 10.257/2001. Entretanto, uma série de situações levou o Estatuto a falhar na sua luta pela construção de um espaço urbano menos desigual no país.

Brasil, resíduos e as cidades: desigualdades sociais e gestão desintegrada / Arthur Eduardo Becker Lins

O Brasil ocupa atualmente uma incômoda posição em relação à gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), reflexo do processo de exploração colonial. Do século XVI ao XIX, as condições de higiene das cidades eram muito precárias: nas casas, os detritos acumulavam-se em tinas nos recintos domésticos - esvaziadas periodicamente por escravos, os tigres. Nas cidades litorâneas, como no Rio de Janeiro, havia maior dificuldade para enterrar os resíduos devido às condições do solo, e as águas do mar sempre acabavam como destino final.

Josep Maria Montaner: 'Hoje vivemos uma total dualidade da arquitetura'

Em suas funções de teórico, crítico, catedrático e conselheiro de Habitação em Barcelona após as últimas eleições municipais na Espanha, conversamos com Josep Maria Montaner, doutor arquiteto e catedrático da Escola Técnica Superior de Arquitetura de Barcelona, autor de Después del movimiento moderno (1993) e Arquitectura y política (2011, com Zaida Muxí).

Após sua publicação mais recente, A condicção contemporânea da arquitetura (2015), Montaner fala sobre as tendências atuais da disciplina: sua dualização como resposta da crescente desigualdade econômica, a comercialização e exportação da linguagem formal, o estado das publicações impressas e a relação entre arquitetura e política em anos de transformação social.

"A arquitetura e o urbanismo estão recuperando o papel político e social que haviam tido em outros momentos de mudança. Se não o fazem, a arquitetura ficará à margem do futuro", diz Montaner.

Josep Maria Montaner: 'Hoje vivemos uma total dualidade da arquitetura' - Image 1 of 4Josep Maria Montaner: 'Hoje vivemos uma total dualidade da arquitetura' - Image 2 of 4Josep Maria Montaner: 'Hoje vivemos uma total dualidade da arquitetura' - Image 3 of 4Josep Maria Montaner: 'Hoje vivemos uma total dualidade da arquitetura' - Image 4 of 4Josep Maria Montaner: 'Hoje vivemos uma total dualidade da arquitetura' - Mais Imagens+ 4

Solano Benítez no TEDx: "A crise que vivemos hoje é a falta de imaginação"

Cofundador do escritório paraguaio El Gabinete de Arquitectura, Solano Benítez não é apenas uma das figuras da arquitetura latino americana de maior renome internacional, mas sua filosofia de vida cruzou a mera disciplina. Na palestra para o TEDxAsunción que compartilhamos a seguir, Benítez nos convida a considerar a imaginação como ferramenta de construção social, refletindo sempre enquanto sociedade sobre os desafios que enfrentamos com o crescimento demográfico exponencial do planeta (duplicação, como ele chama), tendo à disposição os mesmo recursos de outrora.

"O melhor que fizemos até agora atesta que mais de 60% da população mundial viva em condições difíceis. O melhor que fizemos sentencia mais de 30% da população mundial a viver em condições miseráveis", diz o arquiteto na palestra.

Mais informações a seguir.