1. ArchDaily
  2. Arquitetura Indígena

Arquitetura Indígena: O mais recente de arquitetura e notícia

Manual de Arquitetura Kamayurá

Em Julho último (2019), na Plataforma habita-cidade [1] foi organizada a Oficina-viagem “Modos de Habitar: Arquiteturas Tradicionais” que levou alunos e professores para a Aldeia Ypawu, em território Kamayurá no Alto Xingu. O objetivo geral das Oficinas-viagem “Modos de Habitar” é a reflexão propositiva sobre as diversas formas do Habitat humano no planeta. Neste ano, a partir de uma demanda dos mestres construtores Kamayurá de produzir um Manual de Arquitetura local, a Oficina-viagem foi preparada para que o grupo para lá deslocado atuasse como apoio para essa importante empreitada. A ideia do Manual de Arquitetura Kamayurá foi inicialmente lançada por Kanawayuri L. Marcello Kamaiurá (liderança local) para a arquiteta Clarissa Morgenroth (arquiteta formada na Escola da Cidade) e para a diretora teatral Cibele Forjaz. A Escola da Cidade foi então convidada a participar do projeto, que foi encampado pela Plataforma habita-cidade, ligada ao curso de Pós-graduação lato sensu ‘Habitação e Cidade’.

Saberes construtivos indígenas revelam soluções para edificações contemporâneas

O estigma de arquitetura rudimentar somado aos ideais de tecnologia enquanto high tech relegam os saberes construtivos indígenas a um imaginário pré-histórico. Esse padrão, o qual aponta para uma direção inequívoca do progresso, revela a chamada colonialidade do saber, conceito do sociólogo peruano Aníbal Quijano que escancara o lado oculto da modernidade: produzir hierarquias entre povos, o que mantém a América Latina, em especial seus povos originários, como subalterna. Em outras palavras, tendemos a pensar que o conhecimento que representa o futuro é produzido em outras terras, localizadas no Norte Global.

Saberes construtivos indígenas revelam soluções para edificações contemporâneas - Image 1 of 4Saberes construtivos indígenas revelam soluções para edificações contemporâneas - Image 2 of 4Saberes construtivos indígenas revelam soluções para edificações contemporâneas - Image 3 of 4Saberes construtivos indígenas revelam soluções para edificações contemporâneas - Image 4 of 4Saberes construtivos indígenas revelam soluções para edificações contemporâneas - Mais Imagens

Outros tempos para novos espaços

Arquitetura é o pensamento de espaços? É ciência e arte aplicadas aos lugares? E se alguém dissesse que arquitetura é projetar tempos?

Conheça e baixe os guias oficiais de desenho arquitetônico Mapuche e Aymara no Chile

Mais de um milhão e meio de pessoas no Chile pertencem a um dos nove povos originários reconhecidos pelo Estado pela Lei 19.253: Aymara, Quechua, Atacameño, Colla, Diaguita, Rapa Nui, Mapuche, Kawéskar e Yagán. Apesar de representarem 9,1% da população nacional, não são reconhecidos a nível constitucional, e sua cultura (inclusive sua existência) é desconhecida pela grande maioria dos chilenos.

Alinhada à Lei 19.253, que exige "respeitar, proteger e promover o desenvolvimento dos indígenas, suas culturas, famílias e comunidades, adotando as medidas adequadas para tais fins", a Direção de Arquitetura do Ministério de Obras Públicas (MOP) do Chile publicou, em 2003, o primeiro guia de desenho arquitetônico para os povos originários Mapuche e Aymara, os mais populosos do país.

Conheça e baixe os guias oficiais de desenho arquitetônico Mapuche e Aymara no Chile - Image 5 of 4Conheça e baixe os guias oficiais de desenho arquitetônico Mapuche e Aymara no Chile - Image 6 of 4Conheça e baixe os guias oficiais de desenho arquitetônico Mapuche e Aymara no Chile - Image 11 of 4Conheça e baixe os guias oficiais de desenho arquitetônico Mapuche e Aymara no Chile - Image 13 of 4Conheça e baixe os guias oficiais de desenho arquitetônico Mapuche e Aymara no Chile - Mais Imagens+ 12