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Algae: O mais recente de arquitetura e notícia

10 Startups que estão criando materiais de construção inovadores e sustentáveis

A indústria da construção é uma das maiores poluidoras do mundo, com algumas pesquisas dizendo que 38% de todas as emissões de CO2 estão ligadas a ela. Como resposta, arquitetos, designers e pesquisadores estão tomando medidas para reduzir sua pegada de carbono durante e após a construção. Muitas iniciativas atuais se mostram interessadas em analisar materiais de construção para encontrar soluções de baixo carbono e reduzir os impactos da profissão.

Um dos campos de pesquisa mais proeminentes diz respeito à biofabricação, um tipo de processo que envolve o uso de organismos biológicos para a confecção de materiais. Ao se compreender as habilidades de organismos como algas de fungos, materiais amplamente utilizados poderão ser substituídos por alternativas de carbono neutro ou até carbono negativo. Outras iniciativas buscam, ainda, novas maneiras de usar recursos inexplorados, mas prontamente disponíveis, como areia do deserto, terra ou resíduos de demolições.

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Bio-materiais como estruturas autoportantes: fungos, algas e forquilhas de árvores

Como Caitlin Mueller, pesquisador, designer e professor do MIT, aponta: "o maior valor que se pode dar a um material é dá-lo um papel de carga em uma estrutura". Os componentes de carga - fundações, vigas, colunas, paredes etc. - são projetados para resistir às forças e movimentos permanentes ou variáveis. Semelhante aos ossos do corpo humano, eles apoiam, protegem e mantêm tudo unido. Para cumprir essa função indispensável, devem ser feitos de materiais com excelentes propriedades mecânicas, o que explica o destaque de concreto e aço em estruturas. No entanto, seu alto desempenho tem um alto custo ambiental: juntos, eles representam 15% das emissões globais de CO2 no mundo. Isso nos faz pensar: é possível que os materiais estruturais sejam realmente sustentáveis? Conhecemos soluções como versões mais ecológicas de concreto, mas há muitas outras alternativas para explorar. E, às vezes, a resposta está mais próxima do que esperamos; na terra embaixo de nós ou na natureza que nos rodeia.

A cidade como organismo

A natureza tem sido continuamente considerada uma musa inspiradora para os arquitetos. Cores e formas do mundo natural encontram-se embutidas em construções artificiais. Os edifícios também são moldados por padrões de vento e sol, topografia e vegetação. Enquanto a arquitetura é alimentada pelos efeitos da natureza, os edifícios têm sido propostos como objetos inertes que permanecem estáticos num mundo em evolução biológica. As “selvas” de concreto antropocêntricas são desprovidas de vida, separando os humanos dos ambientes naturais e causando desequilíbrios que se manifestaram em forma de pandemias. Mas, como seriam as cidades se não houvesse fronteiras entre humanos e ecossistemas?

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99% Invisible mostra como a biotecnologia pode afetar o ambiente urbano

Em um recente artigo escrito para a página 99% Invisible, Kurt Kohlstedt explora como a técnica de integrar microalgas nos edifícios pode criar um sistema dualista de vida e construção que tem a possibilidade de desempenhar funções como sombreamento, geração de energia e regulação térmica.

Entre os projetos que utilizam essa tecnologia estão biorreatores que produzem oxigênio e biocombustível, um edifício com uma fachada bio-adaptável e uma lâmpada de rua que filtra dióxido de carbono do ambiente urbano.