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adtópico- uso e reuso: O mais recente de arquitetura e notícia

Quais materiais são mais fáceis de reciclar em uma construção?

A indústria da construção civil é responsável pelo consumo de cerca de 75% dos recursos naturais do planeta. Pedras, areia, ferro e outros tantos recursos finitos são retirados em enormes quantidades para suprir os mercados. Além da exploração, a grande quantidade de resíduos gerados nos canteiros de obra é algo preocupante, seja durante as obras ou em demolições e remodelações. No Brasil, por exemplo, os Resíduos da Construção Civil podem representar entre 50% e 70% da massa dos resíduos sólidos urbanos [1]. O destino dado a esses entulhos é outro fator chave, uma vez que muitas vezes são postos em caçambas que acabam indo para aterros e lixões sem um destino correto e adequado, sobrecarregando os sistemas de limpeza pública municipais e criando locais de deposição informais. 

O que é preciso saber antes de começar um projeto de reforma

À medida que a tecnologia avança, arquitetura e construção também avançam. Arquitetos, designers e projetistas ao redor do mundo agora têm infinitas ferramentas e recursos para projetar e construir as cidades de hoje e do futuro. Por mais promissor que isso possa parecer, as novas construções também estão consumindo os limitados recursos do nosso planeta mais rapidamente do que podemos reabastecê-los.

Essa situação deixa os arquitetos com uma responsabilidade importante: a reabilitação e reutilização do ambiente construído existente. Isto significa utilizar o desenho e o pensamento criativo para preservar e incorporar edifícios antigos ou históricos existentes atualmente no presente e no futuro das nossas cidades, adaptando-os através de métodos criativos e sensitivos.

21 Projetos em que Kengo Kuma (re)usa materiais de maneiras incomuns

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Kengo Kuma utiliza os materiais para se conectar com o contexto local e os usuários de seus projetos. As texturas e formas elementares dos materiais, sistemas construtivos e produtos são expostas e utilizadas em favor do conceito arquitetônico, valorizando as funções que serão executadas em cada edifício.

De vitrines feitas com telhas cerâmicas a painéis que filtram a luz com à luz peneirada criada por chapas metálicas expandidas, passando por um revestimento de poliéster etéreo, Kuma entende o material como um componente essencial que pode fazer a diferença na arquitetura, desde os estágios do projeto. Apresentamos, em seguida, 21 projetos nos quais Kengo Kuma usa e reúsa materiais de construção com maestria.

Fachadismo: quando as paredes falam... e mentem

Paredes não podem falar. Pelo menos, ainda não. Isso não quer dizer que elas não possam mentir. Como o ArchDaily relatou recentemente, uma nova tendência urbana está surgindo na qual a totalidade de um edifício histórico é demolido, com exceção da fachada externa, e um novo edifício é construído por trás dele. Este procedimento tem um nome: fachadismo. Embora o ato de construir uma nova estrutura atrás de uma fachada histórica possa parecer na melhor das hipóteses altruísta, ou na pior trivial, o fachadismo oferece uma visão de como as forças políticas e o mercado imobiliário moldam nossas cidades.

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O que vem causando a onda de remodelações na China?

A China parece estar no auge de uma febre de reformas e remodelações. Não apenas as ruelas (hutongs) nos centros históricos, mas também as fábricas abandonadas estão se tornando novos pólos tecnológicos ou culturais, e mesmo os edifícios com risco de colapso estão sendo reformados para prolongar sua vida útil. Por que isso está acontecendo? Quem está investindo? Como isso pode acontecer em um país onde você não pode comprar propriedades?

Nesta edição do Editor's Talk, nossas editoras do ArchDaily China compartilham o que pensam sobre essa febre de remodelações nas grandes cidades daquele país, que há anos passa por um acelerado processo de desenvolvimento.

Resgate e respeito pelo patrimônio: 16 projetos de renovação na Espanha

Nos últimos anos, a arquitetura europeia tem se voltado para a renovação e remodelação de edifícios e centros históricos, visando deminuir a expansão urbana horizontal e promover o readensamento dessas regiões. 

Além de adensar zonas anteriormente degradadas, esta tendência permitiu, em alguns casos, que populações deslocadas para as periferias voltassem a habitar os centros, desfrutando de melhores condições de acesso à infraestrutura urbana. 

Resgate e respeito pelo patrimônio: 16 projetos de renovação na Espanha - Image 1 of 4Resgate e respeito pelo patrimônio: 16 projetos de renovação na Espanha - Image 2 of 4Resgate e respeito pelo patrimônio: 16 projetos de renovação na Espanha - Image 3 of 4Resgate e respeito pelo patrimônio: 16 projetos de renovação na Espanha - Image 4 of 4Resgate e respeito pelo patrimônio: 16 projetos de renovação na Espanha - Mais Imagens+ 13

Destaques da semana: reduzir, reutilizar, repensar

É muito comum, nos dias de hoje, sentir-se extenuado pela enorme quantidade de informações que consumimos, tanto consciente quanto inconscientemente. No mundo da arquitetura não é diferente, é preciso dedicar-se para acompanhar o feed diário do ArchDaily e por isso mesmo, entendemos que nem sempre é possível estar a par daquilo que é notícia no mundo. Mas isto que à primeira vista parece ser uma infinita linha de produção arquitetônica, não necessariamente vem ao encontro das mais recentes preocupações em nossa disciplina, aquelas voltadas à economia e compartilhamento de recursos.

Esta reflexão generosa, à respeito de como e para quem estamos construído nossos edifícios e cidades, encontrava-se oculta em meio a produção massiva que definiu a arquitetura durante o século XX, mas algo estava nascendo, mesmo que em estado embrionário - algo que está se tornando cada dia mais evidente nos dias de hoje. Cada vez mais, arquitetos estão incorporando processos e estratégias de sustentabilidade e/ ou reuso adaptativo. Os mais tradicionais prêmios e reconhecimentos do mundo da arquitetura estão operando uma efetiva mudança de direção em nossa disciplina, chamando à atenção não mais apenas aos mesmos grandes nomes, mas também para pequenos escritórios de arquitetura espalhados pelo mundo, aqueles que têm nos apresentado uma nova maneira de pensar e conceber a arquitetura.

O estereótipo do arquiteto foi por muito tempo o da obsessão pelo ego e pela novidade. Praticamente um sinônimo de egocentrismo e originalidade. Por outro lado, atualmente estamos testemunhando uma mudança de rumo à partir da prática de milhares e milhares de jovens profissionais. Os projetos que foram notícia nesta última semana nos ensinam a repensar a arquitetura à partir da redução e da reutilização, transformando a maneira como concebemos à arquitetura no século XXI.