Massimo Vignelli faleceu aos 83 anos em 2014. Para celebrar sua memória, relembramos aqui um fantástico vídeo do NOWNESS onde Vignelli e Richard Meier discutem suas frutíferas colaborações e sua longa amizade. Saiba mais sobre as colaborações da dupla e leia a emocionante declaração completa de Meier sobre seu amigo e vizinho, Massimo Vignelli, a seguir.
Via ARTInfo:
Me lembro claramente. Tinha um escritório na 57th Street com a Lexington Avenue, e nosso contrato estava chegando ao fim. Estava com Massimo, e acho que estávamos jantando. Ele disse, 'Você tem que mudar para a 10th Avenue! O espaço é ótimo, a luz é ótima, e o aluguel é melhor que em outras partes de Nova York'. Massimo ocupava a cobertura, e mudamos para o sexto pavimento. Seu escritório, que ele mesmo desenhou, era fabuloso. Todos tinham muito espaço.
O que era incrível era que estávamos os dois no edifício ao mesmo tempo, então pudemos fazer muitos projetos de livros juntos. Eu nunca fiz um livro sem que fosse o Massimo que tivesse feito. Quando estávamos trabalhando em layouts para o livro, eu diria 'Massimo, este projeto merece umas 8, 10 páginas'. Ele rebatia, 'Não, este projeto não é tão bom quanto aquele outro'. Ele me fazia olhar duas vezes para as obras que tínhamos feito e pensar quais delas, de certo modo, eram mais interessantes. Nosso critério não era exatamente muito diferente. O motivo que gostávamos tanto de trabalhar juntos é que tínhamos visões parecidas de como deveria ser a arquitetura do século XXI. Tinha uma certa modernidade, atitude, luz e espaço, e como se relaciona com a natureza. Mas Massimo tinha um olho incrível para todas as coisas. Acho que foi um crítico extraordinário na maneira que foi capaz de desenhar livros com o conhecimento de arquitetura, não apenas gráfico.
Não me recordo de como nos conhecemos. Deveria vasculhar na minha memória, mas era muito divertido na época. Sinto falta da amizade. Sinto falta de quão próximos éramos, seja trabalhando juntos ou aqui no edifício, ou saindo pra jantar juntos. Massimo apenas tinha uma personalidade pra cima, que te afetava. Ele sempre estava sorrindo e animado. Eu o vi há uma semana e estava sentado em sua mesa olhando algumas das milhares cartas e notas que as pessoas tinham mandado desejando-lhe bem. Simplesmente tinha esse espírito incrível, essa atitude de que tudo ia estar bem. Ele foi incrível."
