A arquitetura deve ser ensinada na escola? A experiência de "Arquitectura para niños" na Espanha

Durante 2015, os alunos do quarto ano de educação primária do Colégio Ceip Praza de Barcelos na Galícia, Espanha, tiveram a oportunidade de receber dentro do horário escolar o curso de iniciação à arquitetura que fazia parte do projeto local Arquitectura para niños.

“Na atual sociedade de conhecimento, a criança deve aprender a aprender, saber localizar e filtrar a informação de conteúdos significativos para elaborar conteúdos próprios", explicam Ana Barreiro, Marta Guirado e África Martínez, líderes da equipe do projeto. 

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Sessão 1: O refugio. Comportamento animal e humano. Imagem Cortesia de Taller Abierto

O êxito do projeto se deve também aos alunos, professores e pais que têm sido muito receptivos a esta ideia inovadora e lutam agora para estender o projeto didático. Através de uma experiência plástica, é permitido que as crianças realizem uma reflexão sobre conteúdos arquitetônicos e aprender ao mesmo tempo sobre Ciências da Natureza, Geografia, Matemática, Educação Artística e Inglês.

O Projeto foi selecionado na terceira convocatória de projetos escolares EducaBarrié 2014-2015 e foi através do apoio da Fundação Barrié que foi possível implantar este novo modelo de educação em um colégio público da Galícia.

O programa se desenvolve sob uma metodologia ativa onde as crianças aprendem desenvolvendo atividades orientadas a aprofundar conteúdos específicos. Dentro dos sete módulos, as crianças exploram as características dos materiais, fazem uma reflexão sobre o espaço e descobrem o território onde vivem.

Assim, de maneira lúdica e com uma aprendizagem por descobrimento as crianças formam um pensamento crítico e se convertem em agentes responsáveis de seu entorno.

Sessão 1: O refúgio. Comportamento animal e humano

Sessão 1: O refugio. Comportamento animal e humano. Imagem Cortesia de Taller Abierto

Construção de um refúgio: partindo de um jogo com barras e nós as crianças trabalham em equipe na construção de um refúgio para entender os sistemas estruturais.

Sessão 2: A casa. Fatores territoriais e sociais

Sessão 2: A casa. Fatores territoriais e sociais. Imagem Cortesia de Taller Abierto

Construção de maquete: a partir de uma caixa de papelão, cada criança constrói uma maquete de uma casa imaginada. Para isso, utilizam papéis coloridos, canetinhas, tesouras e fita adesiva.

Sessão 3: Antropometria. Medida e proporção

Sessão 3: Antropometria. Medida e proporção. Imagem Cortesia de Taller Abierto

Reimaginando uma casa-tipo: partindo do plano de uma casa padrão desenhado sobre papel quadriculado, cada criança reproduz a casa na escala 1:1 utilizando fitas adesivas coloridas.

Medida de objetos cotidianos: cada criança recebe uma fita métrica para tomar as medidas da cadeira e mesa que ocupam diariamente.

Reimaginando o quarto: cada criança desenha a planta de seu quarto sobre uma quadrícula de 30 x 30 cm. Deve situar os principais elementos (portas, janelas, mobiliário) e anotar suas dimensões.

Sessão 4: A escala e o léxico arquitetônico básico

Sessão 4: A escala e o léxico arquitetônico básico. Imagem Cortesia de Taller Abierto

Jogo de escalas: sobre diferentes elementos em diferentes escalas cada criança desenha uma figura humana no tamanho que considera adequado.

Arquitetura para crianças: cada aluno realiza uma redação com parte do vocabulário do documento adjunto (ao menos 6 palavras das 30). Trata-se de relato individual sobre um tema arquitetônico sob o título "Minha Casa Favorita."

Sessão 5: As ferramentas do arquiteto: maquete e plano

Sessão 5: As ferramentas do arquiteto: maquete e plano. Imagem Cortesia de Taller Abierto

Trabalho de campo: nesta ocasião, a partir de um plano trabalhamos em seu entorno porque a tarefa é identificar os elementos do plano a partir da realidade e re-elaborar informação que não está no plano.

Sessão 6: O entorno próximo. Reflexão.

Sessão 6: O entorno próximo. Reflexão Imagem Cortesia de Taller Abierto

Sessão de Reflexão sobre a maquete da Praça de Barcelos em seu estado atual, realizada na escala 1:100, onde cada aluno faz uma lista de vantagens e inconvenientes deste espaço [...] Com esta reflexão conjunta trabalha-se ao longo de duas semanas de maneira individual em uma nova proposta.

Sessão 7: O entorno próximo. Atuação

Sessão 7: O entorno próximo. Actuação. Imagem Cortesia de Taller Abierto

Recolhidas todas as propostas individuais planejadas pelos alunos para transformar o entorno, se combinam aqueles aspectos mais repetidos, buscando solucionar os problemas de cada praça e as carências do colégio, gerando uma proposta final composta pelas diferentes contribuição das crianças. 

É explicado para elas como suas propostas foram integradas em um projeto comum e abre um debate onde expressam suas opiniões sobre o resultado, além de dúvidas e esclarecimentos. 

Conheça mais sobre este projeto aqui.

Sessão 7: O entorno próximo. Actuação. Imagem Cortesia de Taller Abierto
Sessão 7: O entorno próximo. Actuação. Imagem Cortesia de Taller Abierto
Sessão 7: O entorno próximo. Actuação. Imagem Cortesia de Taller Abierto
Sessão 7: O entorno próximo. Actuação. Imagem Cortesia de Taller Abierto
Sessão 7: O entorno próximo. Actuação. Imagem Cortesia de Taller Abierto

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Sobre este autor
Cita: Rodríguez Melgar, Ana. "A arquitetura deve ser ensinada na escola? A experiência de "Arquitectura para niños" na Espanha" [¿Debería impartirse arquitectura en el colegio? La experiencia de ‘Arquitectura para niños’ en España] 29 Jul 2016. ArchDaily Brasil. (Trad. Santiago Pedrotti, Gabriel) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/792020/a-arquitetura-deve-ser-ensinada-na-escola-a-experiencia-de-arquitectura-para-ninos-na-espanha> ISSN 0719-8906

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