Clássicos da Arquitetura: Edifício Guaimbê / Paulo Mendes da Rocha e João Eduardo de Gennaro

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Um edifício inteiramente em concreto aparente. Sua estreita fachada principal é marcada por uma sequência de toldos curvos e floreiras de seção triangular ambos em concreto aparente, intercalados por superfícies transparentes de vidro e faixas opacas de concreto.

Clássicos da Arquitetura: Edifício Guaimbê / Paulo Mendes da Rocha e João Eduardo de Gennaro - Janela, Fachada, Urbano
© Revista Acrópole, n. 343

O toldo de concreto está posicionado na porção superior de cada um dos treze pavimentos-tipo. Dois terços da sua curva são externos e um terço avança ao interior apartamento. Acima dele há uma estreita esquadria de vidro. Abaixo do toldo e protegida por ele, está a esquadria principal, maior. Abaixo dela está a floreira de seção triangular, que também avança ao interior do apartamento. Seguida por mais uma faixa inferior de esquadria de vidro, cuja altura é um quarto da altura da esquadria maior.

Corte

Assim, a fachada é composta por treze conjuntos idênticos compostos por: uma faixa de concreto, que corresponde à espessura da laje, uma esquadria inferior, floreira de concreto, esquadria principal, toldo de concreto e esquadria superior. Esse conjunto ocupa quase a largura total da fachada.

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© Flickr rodrigo.abbade

O edifício está recuado quinze metros em relação ao alinhamento com a rua, criando um espaço semi-público. A entrada do edifício propriamente dita está no final deste recuo frontal três degraus acima do nível da rua. O acesso de veículos dá-se através de uma entrada discreta, situada no recuo lateral, com três metros de largura do lado oeste do terreno. Uma laje-plataforma de coberta, que ocupa toda a largura do terreno, conecta ambos os acessos de pedestres e automóveis, e cria uma fachada contínua: uma grande área sombreada em contato direto com a calçada.

Pavimento térreo

Cada pavimento tipo é conformado por um apartamento com duzentos metros quadrados de área. A configuração espacial dos apartamentos é determinada por ambientes ortogonais e três recintos curvos que se destacam na planta. Intercalados com as divisórias ortogonais, esses recintos menores curvos criam passagens entre eles sem configurar corredores.

Pavimento tipo

O primeiro recinto curvo está entre a cozinha e a sala de estar. Trata-se de uma parede curva determinada por um desenho simétrico formado a partir de um arco central de circunferência cujo raio mede um metro e noventa centímetros e dois segmentos concordantes de retas em cada extremidade com um metro e sessenta e cinco centímetros de comprimento. O banheiro da suíte, é determinado por uma parede reta obliqua com dois metros e oitenta centímetros de extensão que cria um ambiente triangular cujo vértice principal é substituído por uma curva de raio pequeno. O terceiro recinto curvo é o lavabo, cuja planta irregular se assemelha a uma elipse, cujo eixo maior mede três metros e oitenta centímetros e cujo eixo menor mede um metro e noventa e cinco centímetros.

As fachadas laterais possuem configurações diferentes. O lado leste é definido por bow-windows contínuos, que formam faixas verticais sobressalientes; o lado oeste é conformado por brises oblíquos de concreto.

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via Xavier, Lemos e Corona, 1983

A face leste possui um volume que sobressai um metro em relação ao alinhamento lateral. Esse volume sobressalente, um grande bow-window, é fechado por esquadrias basculantes de vidro. Nesta mesma face há outros três bow-window mais estreitos, um em cada dormitório, com dois metros de largura e sessenta centímetros de comprimento. Esses bow-windows menores conformam faixas sobressalentes contínuas na fachada. A face oposta é composta por sete brises oblíquos com um metro de largura cada um. Dois brises estão localizados na ante-sala e os outros cinco brises na sala de jantar. Uma janela diferenciada ao lado do lavabo ilumina lateralmente os ambientes e um nicho sobressalente acima dela conforma o duto de ventilação e iluminação desse lavabo.

Clássicos da Arquitetura: Edifício Guaimbê / Paulo Mendes da Rocha e João Eduardo de Gennaro - Janela, Fachada
© Flickr rodrigo.abbade

Referência
Alberto Xavier, Carlos A. C. Lemos, e Eduardo Corona, Arquitetura Moderna Paulistana, Editora Pini, São Paulo, 1983.

São Paulo, Brasil

 

 

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Localização do Projeto

Endereço:Rua Haddock Lobo, 1447, Cerqueira César

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Sobre este escritório

Materiais

Cita: Audrey Migliani. "Clássicos da Arquitetura: Edifício Guaimbê / Paulo Mendes da Rocha e João Eduardo de Gennaro" 13 Ago 2014. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/625444/classicos-da-arquitetura-edificio-guaimbe-paulo-mendes-da-rocha-e-joao-eduardo-de-gennaro> ISSN 0719-8906

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