Centro de Conferências e Auditório da Expo 2008 / Nieto Sobejando Arquitectos

Centro de Conferências e Auditório da Expo 2008 / Nieto Sobejando Arquitectos - Mais Imagens+ 8

Zaragoza, Espanha
  • Colaboradores: Carlos Ballesteros, Mauro Herrero, Sebastian Sasse, Alexandra Sobral, Lucía Gigante
  • Estrutura: N.B.35, S.L
  • Engenharia Mecânica: R. Úrculo Ingenieros Consultores, S.A
  • Construtora: U.T.E. Sacyr Vallehermoso, S.A. - Construcciones Brues, S.A. – Ideconsa S.A.U
  • Arquitetos Responsáveis: Fuensanta Nieto, Enrique Sobejano
  • Arquiteto Projetista: Patricia Grande
  • Cidade: Zaragoza
  • País: Espanha
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© Roland Halbe

À primeira vista parece difícil atribuir um papel fundamental a um elemento arquitetônico que está isolado do projeto, e geralmente é aceito, se há um protagonista, ele deve estar relacionado ao conceito global, não a aspectos parciais. Mas uma leitura atenta de um trabalho como o Centro de Congressos de Aragón, além de ajudar a compreendê-lo como um complexo, cuja estrutura interna é percebida através das conexões espaciais e ressonâncias entre as partes que a compõem, permite também reconhecer o significado que um único princípio pode adquirir através do mecanismo das séries. A consciência da necessidade de concluir rapidamente este edifício incluído no recinto da efêmera Expo 2008, bem como a ausência de referências anteriores significativas em um lugar que tinha que ser preenchido de forma aleatória com edifícios de autores diferentes e com características variadas, determinou um processo que pode ser definido como combinatório, não só do ponto de vista conceptual, ou da composição, mas também em termos de material e construção. No projeto para o Centro de Conferênca, todas as decisões que afetavam a sua definição espacial, volumétrica, formal, estrutural, construtiva e material surgiram sucessivamente a partir de um desejo de criar combinações a partir de unidades elementares: uma clarabóia, uma grade estrutural, um painel de concreto, um peça de cerâmica, um módulo de compartimento, e assim por diante. A clarabóia linear, o verdadeiro protagonista do projeto, inicia como um plano dobrado em faixas paralelas, aberto alternadamente para o norte e sul, repetida com variantes cuja dimensão e altura se alteram dependendo das necessidades espaciais do interior. Estas transformações múltiplas fornecem ao mecanismo que permite a adaptação da unidade para diferentes circunstâncias, um sistema capaz de gerar uma ordem através do estabelecimento de séries.

© Fernando Alda 

O contorno fragmentado e variável da sua seção atende às diferentes utilizações do edifício, para o desejo de introduzir a luz natural, e para a forma em que o edifício se situa no terreno. Como um véu brilhante e radiante, o grande teto revestido com painéis de cimento reforçado com fibra de vidro (GRC) e cerâmica gera espaços positivos e negativos de exposições trançados em uma seqüência ascendente e descendente que se transforma em uma metáfora de uma paisagem construída artificialmente. Nos últimos anos, muitos projetos têm estabelecido um contraste entre a arquitetura entendida como paisagem e,a concepção tradicional de edifícios como objetos independentes com sua própria estrutura interna. O projeto em Zaragoza utiliza essa ideia, mas tenta realiza-la evitando o que já se tornou um lugar-comum: as analogias com as formas da natureza, que são muitas vezes traduzidas em geometrias de materialização improvável. Talvez por isso a nossa proposta é mais próxima de algumas experiências, como os de Alvar Aalto e Jørn Utzon, quando não existiam os meios digitais atuais de geração formal e era, portanto, necessário encontrar, desde o início, uma relação direta entre a forma arquitetônica, a sua construção e sua execução. Em suma, temos buscado uma ordem geométrica interna e sua posterior tradução em um processo estrutural e de construção.

© Roland Halbe

Nesta obra, a geometria, estrutura e construção são parte de um mesmo jogo combinatório. A necessidade de uma execução rápida, que era inicialmente uma problemática, encorajou-nos a superar o problema a partir de sua primeira concepção arquitetônica. A modulação rigorosa, a preferência por sistemas construtivos pré-fabricados suscetíveis de serem repetidos, a escolha de uma solução estrutural metálica para grandes vãos, e, por fim, a contenção na paleta de materiais, são todos os argumentos de uma estratégia que nos permitiu enfrentar as difíceis condições de um processo que gerou uma dinâmica própria de forma independente a partir do projeto arquitetônico.

© Fernando Alda 

O brilho e os reflexos com que o telhado afirma a sua presença durante o dia encontra o seu contraste à noite, quando o Centro de Conferência aparece como uma paisagem de luz interior que emerge do terreno: ambos são imagens de uma arquitetura em série e combinatória em que um tema isolado é capaz de ativar todo o trabalho, como uma representação imaginária de uma fuga musical de vários ritmos.

Planta-Baixa & Elevações

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Localização do Projeto

Endereço:Zaragoza, Espanha

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Sobre este escritório
Cita: "Centro de Conferências e Auditório da Expo 2008 / Nieto Sobejando Arquitectos" [Auditorium And Congress Center Expo 2008 / Nieto Sobejano Arquitectos] 01 Jun 2014. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/611144/centro-de-conferencias-e-auditorio-da-expo-2008-nieto-sobejando-arquitectos> ISSN 0719-8906

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