Imagine viver em um lugar verdadeiramente vivo: um bairro alegre, dos sonhos! Imagine-se nas ruas, na praça local, na orla ou no mercado público. Pense nas cores, nas panorâmicas, nos odores, nos sons. Imagine as crianças brincando, a atividade no exterior das lojas e dos espaços de trabalho, vendedores de comida, eventos culturais locais e festivais ao ar livre. Pare um minuto, agora mesmo, feche os olhos e realmente imagine.
E agora a pergunta: nesta visão, o que você vem fazendo para colaborar com esta comunidade?
A competição internacional Street Smart convida designers, arquitetos e planejadores urbanos a reimaginar e redesenhar as ruas das cidades tendo em vista as necessidades e especificidades dos usuários locais – a competição trata das cidades indianas – e não simplesmente seguir padrões globalizados.
Os profissionais participantes são convidados conceber projetos que possam, de fato, ser construídos para os habitantes das típicas cidades indianas, tendo em vista os modos como estes vivenciam seus ambientes urbanos.
A dupla holandesa Haas e Hahn ganhou fama em 2005 por pintar algumas casas, com uma paleta de cores brilhantes, numa favela do Rio de Janeiro. Agora eles estão de volta, desta vez com uma Campanha Kickstarter para levantar os fundos necessários para pintar o resto da favela, na esperança de transformar ainda mais esta comunidade.
O projeto não trata apenas de colocar novas cores em algumas paredes monótonas. A formação profissional e a contratação, onde as oportunidades são muitas vezes escassas, também são um elemento importante do projeto. Ao contrário de suas campanhas anteriores, esta também inclui o reboco das paredes - um elemento sustentável para controlar a umidade, a acústica e a temperatura das casas, elevando o valor de cada propriedade. O dinheiro doado vai para insumos e salários para os moradores. Para mais informações, visite sua página no Kickstarter.
A série “Building Tomorrow”, transmitida pela rede britânica BBC trata de diversos assuntos sobre as soluções tecnológicas que têm sido aplicadas nas cidades, a influência que estes espaços urbanos exercem nas pessoas e nos desafios ambientais que seus habitantes terão que enfrentar nos próximos anos e que seus efeitos já estão presentes em certos lugares do planeta.
Em um dos capítulos o arquiteto estadunidense Mitchell Joachim abordou o tema do lixo a partir da perspectiva que este tem aumentado nas cidades desde que se converteram – no começo do século XIX – no principal cenário da industrialização, e por isso, atraíram milhares de pessoas. Por conta disso e pelos efeitos atuais do lixo nas cidades, propôs criar uma estratégia sustentável para melhorar a gestão dos resíduos e que poderiam ser utilizados na construção de novas paisagens urbanas que seriam parte das cidades do futuro.
Em junho de 2009 foi inaugurado o que hoje conhecemos como High Line, o parque urbano que transformou uma antiga linha elevada de trens destinada a transporte de cargas que une três bairros em Nova York. Este lugar atraiu a atenção para este tipo de estrutura que pode assumir novas funções, evitando demolições.
O interesse que o High Line provocou a nível internacional também fez com que outras cidades colocassem em prática alguns projetos de renovação, como um supermercado abandonado que passou a ser uma biblioteca pública e uma antiga linha de trens na Itália que foi transformada em um grande calçadão, entre outros.
O Primeiro Encontro de Desenho Urbano de Mogi das Cruzes acontece dias 11 e 12 de setembro e é promovido pelo programa e a revista Cidade Viva, com assessoria do urbanista Ciro Pirondi, diretor da Escola da Cidade – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, uma das parceiras do evento. A iniciativa é fruto de parceria com várias instituições, sociedade civil organizada, universidades, associações de bairro e cidadãos,e o objetivo do encontro é debater novos rumos da cidade, do ponto de vista arquitetônico, social e habitacional.
Nesta quinta-feira, 12 de setembro, haverá o lançamento do livro “Desenho Urbano Contemporâneo no Brasil” na Livraria Bookstore, em São Paulo. O evento será acompanhado por uma mesa redonda com os autores da obra, Vicente del Rio e William Siembieda, na qual será debatido o tema tratado no livro.
Sobre o livro:
A obra traz à tona a discussão do desenho urbano brasileiro num período de superação do paradigma modernista e de abertura política, demonstrando os esforços por um urbanismo social e culturalmente engajado, e cidades mais justas de melhor qualidade de vida para todos.
Localizada na interseção do eixo de pedestre da Festival Street, no coração de Magok, em Seul, a proposta vencedora da competição para a Praça Central de Magok, do escritório Wooridongin Architects, se entrelaça com o ambiente urbano circundante. A praça é um importante ponto nodal onde se cruzam as linhas 5 e 9 do metrô e o trem Incheon Airport. Sua localização próxima à vegetação e ecossistemas do Rio Han fazem dela um espaço aberto contínuo. Mais imagens e a descrição dos arquitetos a seguir.
Prosseguindo com o artigo da semana passada, continuamos com as outras 5 ideias sustentáveis para transformar as cidades, apresentadas pela organização dinamarquesa Sustainia.
6. Projetar a cidade aproveitando a luz natural
Um novo método de projetar a cidade é a otimização da distribuição de luz do dia, para revitalizar os edifícios e bairros e, por sua vez, reduzir o consumo de energia. A luz natural é um recurso valioso para ser aproveitado nas cidades e, por isso, Henning Larsen Architects e seus associados desenvolveram um método de planejamento urbano sustentável que analisa sistematicamente os mapas de incidência solar nas áreas urbanas e edifícios, implementando-o através de uma estratégia operacional para a reabilitação sustentável de habitações no âmbito da cidade.
Mais sobre as últimas ideias sustentáveis para transformar as cidades a seguir.
O site This Big City apresenta dez iniciativas sustentáveis pensadas para a cidade, que aparecem originalmente no catálogo da organização dinamarquesa Sustainia. A seguir as cinco primeiras delas:
O 0E1 Arquitetos, através de seu braço colaborativo/investigativo 1E0, oferece, em parceira com o coletivo Mobicidade e o TransLAB, a oficina gratuita “Rua para Pessoas”, que pretende redesenhar e humanizar três setores de ruas do centro histórico de Porto Alegre - RS. As propostas serão entregues à Prefeitura Municipal ao final da oficina.
Os encontros acontecerão nos três últimos finais de semana de janeiro. Às sextas feiras serão realizadas mesas-redondas abertas ao público com temas pertinentes ao projeto de cidade; já ao longo dos sábados serão desenvolvidas, em ateliê, as propostas dos grupos.
Nós que trabalhamos com as cidades, urbanistas, sabemos que apenas as leis de uso de solo, ordenamento territorial, seus códigos e regulamentações correspondentes e uma participação ativa dos cidadãos é que nos garante não ficar à mercê das conveniências politicas e interesses arbitrários e insaciáveis das incorporadoras.
Vemos, com tristeza, que neste mundo globalizado o destino de nossas cidades está nas mãos do mercado e não dos direitos do homem a ter acesso a uma melhor qualidade de vida.
A cada dois anos, o Conselho Internacional de Sociedades de Design Industrial escolhe uma cidade dentre seus mais de 50 países membros como “Capital Mundial do Design”. Este reconhecimento é outorgado às cidades que, de alguma forma, implementaram o design como uma ferramenta para melhorar a vida cultural, econômica e social, a fim de converter os lugares em zonas mais atrativas, competitivas, eficiente e habitáveis. Com a criação de uma agenda composta por eventos relacionados ao design que se estende durante um ano, a menção também significa um desafio em detectar e remediar problemas urbanos que, em alguns casos, se arrastam por vários anos.
Em suas três versões passadas – Turim (2008), Seul (2010) e Helsinque (2012) – cada Capital do Design aproveitou para difundir suas realizações e criar novas estratégias junto a especialistas do Conselho, para servir de exemplo às demais nações. Nos próximos anos, as práticas surgidas nestes encontros estarão carregadas de história e segregação, porque serão provenientes da Cidade do Cabo, África do Sul, escolhida como a Capital Mundial do Design 2014.
O Programa de Murais Artísticos da Filadélfia, Estados Unidos, teve início em 1984 como parte de uma campanha para erradicar as pichações da cidade. Desde então, mais de 3.000 murais foram cridos e cada um se transformou em um ponto distinto da paisagem urbana. Na Filadélfia, os murais se transformaram em uma oportunidade única para o desenvolvimento e a participação das comunidades, uma vez que fomentam as relações entre escolas, organizações populares, órgãos municipais e filantropos.
Extendendo além das limitações naturais de Presqu’ile de Caen e dentro das cidades vizinhas de Mondeville e Hérouville Saint Clair,o visionário projeto ganhador do concurso de MVRDV vai transformar 600 ha de solo industrial num conjunto de jardins pontuados por um mosaico de assentamentos urbanos. Essa ambição, entitulada ‘La Grande Mosaique’, é fortemente baseada no respeito das estruturas existentes e definido por intervenções de pequena escala que irão resultar numa estrutura de grande escala para a Grande Caen.
A proposta foi selecionada a partir de três propostas submetidas pelo Agência de Desenvolvimento Público SPLA por ser, como o Prefeito de Caen Philippe Duron descreve, o "projeto mais impressionante". Foi elogiado pelo júri pela sua "nova visão" de urbanismo.
O principal tipo de espaço público nos Estados Unidos é a rua. Por muito tempo ela se demonstra como o suporte para a economia, servindo de cenário para o intercâmbio e interação entre clientes, comerciantes e empresários. Sob o ponto de vista de que as ruas e as cidades não são estáticas, tampouco completas, e com base de que é na calçada que surge a ideia da criação de valores, estas continuam crescendo como facilitadoras da vida urbana. Como nos rios, estes pontos de contato com a “margem” criam diversas atividades. Portanto, na medida em que nossas ruas recebem carros mais rápidos e maiores, o rio torna-se o caminho para separar a atividade que dá origem às calçadas.
Texto Original por Martín M. Muñoz, autor da tese de licenciatura em Urbanismo da Universidad Nacional de General Sarmiento (Bs. As., ARG.), via Plataforma Urbana. Tradução Archdaily Brasil
O patrimônio arquitetônico hierarquiza o espaço público que emoldura, e com ele contribui enormemente à tão almejada sustentabilidade de nossas cidades. Este artigo busca colocar os leitores em relação a destacar a pertinência de repensar a paisagem urbana em seu conjunto a partir da escala humana.
Nos últimos anos, vem ganhando grande destaque o termo “sustentável”. Concebido como um novo ideal a ser alcançado, o termo está ligado fortemente à consolidação dos avanços da ecologia como um campo de estudo e de ação desde os anos setenta. E neste sentido, o termo “sustentável” também é utilizado como sinônimo, e enquanto cada palavra reconhece uma origem diferente, atualmente ambas se encontram interligadas pelo mesmo paradigma em voga que as relaciona há mais de 40 anos: o desenvolvimento sustentável. Assim que hoje, frente ao futuro, é necessário voltar a nos perguntarmos o que é ser sustentável. Porque o cenário que foi testemunha da criação deste conceito sofreu uma mudança drástica quando o crescimento da população mundial foi observado que, desde 2007, mais de metade vive em cidades. O que muitos apontaram como o triunfo definitivo das cidades e início da era urbana, cabe a nós convocar a repensar como a humanidade pensa sustentar este processo e sustentar-se futuramente.
Em 2011, Un-HABITAT e Project for Public Spaces (PPS) assinaram uma cooperação de 5 anos que pretende chamar a atenção internacional sobre a importância dos espaços públicos nas cidades, fomentar trocas de ideias e educar uma nova geração de planejadores, projetistas, ativistas comunitários e outros líderes civis sobre os benefícios daquilo que chamamos "metodologia de placemaking". Esta parceria está ajudando no desenvolvimentos de cidades onde pessoas de todas as classes sociais e idades possam viver em segurança social e econômica. Para alcançar este objetivo, foram publicados 10 passos informativos sobre as medidas que as cidades e comunidades podem tomar para melhorar a qualidade de seus espaços públicos.
Continue lendo para saber mais a respeito destes passos.