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Densidade: O mais recente de arquitetura e notícia

Design para densidade: habitação na Índia como infraestrutura social

Assim como muitos outros dos países, a Índia enfrenta uma crise habitacional constante. Como a nação é a mais populosa do mundo, com uma projeção de crescimento da população urbana de 410 milhões em 2014 para 814 milhões até 2050, a situação é urgente. A paisagem construída indiana apresenta maiores complexidades devido a uma abordagem de mercado abrangente e à necessidade de habitação socialmente relevante. Olhando para o futuro, como a Índia pretende atender às necessidades da sua população em expansão para abrigar os próximos milhões de habitantes urbanos?

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Estudo mostra que peso de edifícios está afundando Nova York

Pesquisadores da Escola de Oceanografia da Universidade de Rhode Island divulgaram um estudo no qual afirmam que a cidade de Nova Iorque está afundando por causa do peso das suas inúmeras e enormes construções. Os grandes edifícios da Big Apple, como a cidade é conhecida, estão aumentando os riscos de inundações por lá.

Além das inundações e do aumento do nível do mar provocado pelas mudanças climáticas, o risco para os moradores de Nova Iorque aumenta porque a cidade está afundando entre 1 e 2 milímetros por ano em média, com alguma áreas chegando ao dobro desta medida.

Qual é o melhor lugar para se viver em São Paulo?

“Qual é o melhor lugar para se viver em São Paulo? ”, perguntou um amigo que vai se mudar para a capital paulista e que, apesar de economista (como eu), não aceitou “depende” como resposta.

É claro que não existe uma resposta objetiva para a questão, já que a avaliação depende (sim, depende…) não só de inúmeras variáveis, muitas não disponíveis para análise, como também das próprias preferências do morador.

A ascensão e queda da densidade urbana de Nova York

Por duzentos anos, a cidade de Nova York tem sido a maior metrópole dos Estados Unidos e continua a superar suas concorrentes. A cidade é uma das mais antigas e prósperas do país. Sua região metropolitana produz bens e serviços que equivalem em termos monetários à metade do que o Brasil produz. A sua estrutura urbana, capacidade produtiva e elevada renda per capita evidenciam sua posição privilegiada no mundo, e uma das chaves para entender a sua ascensão está no início da sua história e ao longo do seu processo de desenvolvimento. Em 1624, as terras da ilha de Manhattan foram compradas do povo indígena Lenape pelo holandês Peter Minuit, da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, que fundou a chamada Nova Amsterdã. A ilha é uma extensa área plana de 59 km² situada em meio à foz do Rio Hudson e do Rio do Leste. A baía permitia atracar grandes navios e era também um local mais fácil de se defender.

Precisamos desenhar as cidades em que queremos viver

A ilustração acima é uma imagem famosa do artista Imperial Boy (帝国少年), que trabalha na indústria dos animes. Às vezes eu afirmo que todo o gênero do solarpunk se inspirou nessa imagem. Isso é um exagero, obviamente — algumas pessoas pensaram muito seriamente sobre os princípios de design do solarpunk —, mas a influência e o apelo do design do Imperial Boy são inegáveis. E outras artes solarpunk, embora muitas vezes adoráveis, tendem a não se parecer imediatamente com o tipo de cidades que você gostaria de construir; ou é uma imagem de uma fazenda de alta tecnologia, ou alguma variação de “coloque uma árvore na lateral de cada prédio”.

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O que é densidade urbana e quais são suas vantagens e desvantagens?

Cada vez mais pessoas vivem em espaços urbanos. O Relatório das Cidades Mundiais 2022, da ONU Habitat, revela que esse índice passou de 25% em 1950 para mais de 50% em 2020 e a estimativa para as próximas cinco décadas é que ele chegue a 58%. O levantamento indica ainda que até 2070 o número de municípios em países de baixa renda aumentará em 76% enquanto que nas nações de renda alta e média-baixa essa elevação ficará em cerca de 20%. O estudo observa também que esse cenário mostra a urgência das localidades serem projetadas e gerenciadas de maneira que o seu crescimento futuro não sobrecarregue a infraestrutura, as áreas abertas e os serviços existentes — levando a uma expansão insustentável.

Densidade urbana: a amiga improvável do meio ambiente

As cidades têm um papel fundamental na busca por soluções e políticas para reduzir os problemas que resultam nas atuais mudanças climáticas globais. As áreas urbanas são, hoje, responsáveis por mais de 70% das emissões de dióxido de carbono (CO₂) — uma das principais causas do efeito estufa e de suas consequências para o meio ambiente e para a vida de todos.

O percentual é significativo, uma vez que os municípios ocupam apenas de 0,4 a 0,9% da superfície terrestre, como aponta a pesquisa “Efeitos da mudança da população ou densidade nas emissões urbanas de dióxido de carbono”, publicada pela Nature Communications — canal especializado em estudos no campo das ciências naturais.

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Construir mais prédios torna a cidade mais cara?

O que você acha de construir mais rodovias para diminuir os engarrafamentos? Se você acompanha o debate sobre política urbana, já deve ter a resposta na ponta da língua: construir mais pistas não melhora o trânsito! Quanto mais rodovias, mais carros!

Construir vias estimula mais pessoas a se tornarem motoristas. Com mais faixas asfaltadas à disposição, mais pessoas se dispõem a trocar o transporte público pela conveniência do automóvel. A população pode buscar moradias mais distantes, imaginando que conseguirá dirigir rapidamente até o trabalho.

Para cima, para dentro ou para fora: como crescem as cidades?

No ano de 1970, o escritor Alvin Toffler fez o seguinte alerta: “nas três breves décadas entre o agora e o século XXI, milhões de pessoas comuns, psicologicamente normais, enfrentarão uma colisão abrupta com o futuro”. No livro Choque do Futuro, Toffler descreve uma condição de mal-estar, uma sensação de estresse e desorientação que acometeria os indivíduos em uma sociedade destinada a mudar cada vez mais rápido.

Nada representa melhor essa mudança do que o habitat que o ser humano criou para si. A geração anterior a Toffler conheceu um mundo eminentemente rural, do ser humano preso à terra, nascendo e morrendo em sua comunidade. A geração que está por nascer receberá um mundo já urbanizado, hiperconectado e marcado por uma condição de mobilidade extrema entre cidades e países. Nós, que vivemos hoje, temos o privilégio e a responsabilidade de observar o fenômeno urbano mudando a face do planeta.

Sasaki lança ferramenta online gratuita de planejamento urbano

O escritório multidisciplinar de arquitetura, urbanismo, paisagismo e design Sasaki, anunciou recentemente o lançamento do Density Atlas, uma nova plataforma online voltada a arquitetos e urbanistas, fazedores de políticas e estudantes de arquitetura que se dedicam ao estudo e ao desenvolvimento de projetos de infra-estrutura urbana. Esta inovadora ferramenta digital procura explorar a fundo as definições do conceito de densidade relacionado às cidades, colaborando com o trabalho de arquitetos e urbanistas do mundo todo a medida que fornece uma série de dados para melhor compreender e comparar os diferentes tipos de densidade em distintos contextos do nosso planeta.

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O ideal da cidade compacta ainda faz sentido?

Quem se interessa por política urbana provavelmente ouvirá, em algum momento, o termo “cidade compacta”. A expressão se tornou recorrente no campo do planejamento urbano. Propostas associadas ao termo privilegiam uma ocupação mais densa, com comércio e serviços perto das residências, e favorecem o trânsito de pedestres, ciclistas e usuários do transporte público. Algumas capitais europeias, como Copenhague e Amsterdã, costumam ser apontadas como exemplos deste modelo. Seu contraponto é a cidade dispersa, onde os bairros são predominantemente residenciais, afastados do Centro, e exigem longos deslocamentos de casa ao trabalho.

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Como a legislação impede uma boa arquitetura

O Plano Diretor é o instrumento básico de definição do modelo de desenvolvimento de um município. Ele estabelece diretrizes e estratégias para a execução de planos, programas e projetos, buscando enfatizar a participação popular, a sustentabilidade econômica, social e ambiental. Mas sua influência sob a cidade vai muito além do que se imagina: ele acaba influenciando fortemente o volume e a forma de toda nova edificação.

A evolução do compartilhamento dos espaços: privacidade e abertura em arquiteturas cada vez mais densas

A densidade sempre foi uma consideração essencial para arquitetos e planejadores urbanos, mas sua importância só aumentou à medida que a população urbana mundial disparou e as cidades se tornaram cada vez mais densas. Durante grande parte da história do planejamento urbano, este termo foi infestado de conotações negativas: superlotação, pobreza, falta de segurança e as chamadas 'favelas'. O movimento da cidade-jardim, iniciado por Ebenezer Howard em 1898, buscou remediar tais males defendendo cinturões verdes e um planejamento anti-densidade. A Ville Radieuse de Le Corbusier é um dos planos urbanos mais conhecidos a partir desses ideais. Ainda na década de 1960, a socióloga Jane Jacobs notoriamente derrubou esses conceitos de planejamento urbano muito influentes: ela apontou que a densidade dos edifícios não tem que ser igual à superlotação; sugeriu que algumas áreas urbanas altamente densas, como sua vizinhança em Greenwich Village, eram mais seguras e mais atraentes do que os projetos de cidades-jardim nas proximidades; e destacou como a concepção americana dos "bairros marginais" costumava estar enraizada em ideologias anti-imigrantes e anti-negros. A densidade não é inerentemente ruim, ela sugeriu, mas deve ser bem feita. Hoje, continuamos a lutar com a questão sobre como projetar para nossas cidades cada vez mais densas - como mantê-las abertas, mas simultaneamente privadas? Livres, mas controladas quando necessário? Em particular, como nos mantemos protegidos - tanto do crime quanto, em épocas de COVID-19, de doenças?

Por que nossas cidades são tão feias?

O Brasil urbano é feio demais. Por que isso aconteceu? Alguns acusam “a ausência de planejamento urbano e de zoneamento, os gabaritos manipulados, o poder nefasto das empreiteiras e construtoras influindo na elaboração dos planos diretores”.

Cidades mais densas são mais resilientes e prósperas, afirma novo relatório

A primeira solução geralmente encontrada para uma cidade que precisa acomodar um número crescente de habitantes é se espalhar-se, estender seu território. Infelizmente, essa prática é a mais custosa ao próprio município e contribui para o segregamento e a desigualdade socioespacial. As cidades precisam encontrar um caminho que as estabeleça como locais prósperos para as pessoas e para a economia. Um recente estudo afirma que o segredo para isso pode ser a “boa densidade”.

Qualificar um espaço como tendo uma “boa densidade” é muito mais do que ter um alto número de pessoas residindo ou trabalhando em uma determinada área. Características como planejamento de uso misto do solo, conectividade, infraestrutura de transporte sustentável, entre outros elementos, são fundamentais.

Lições de Londres: os riscos e benefícios do crescimento urbano compacto

Islington é a área mais densa do Reino Unido – no entanto, ao vagar pelas ruas tranquilas do bairro no norte de Londres, é difícil imaginar quantas pessoas vivem ali. Belos terraços, praças elegantes e uma série de parques disfarçam o fato de que são quase 14 mil pessoas por quilômetro quadrado na região.

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Uma em cada cinco cidades brasileiras encolheu nos últimos 16 anos

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os anos de 2001 e 2017, uma a cada 16 cidades brasileiras reduziu de tamanho. Entre as que tiveram suas populações reduzias, a grande maioria se enquadra nas categorias pequena ou média, com menos de 100 mil habitantes.

Das cidades com população superior a cem mil, apenas três registraram diminuição: Ilhéus-BA, Foz do Iguaçu-PR e Lages-SC. 

Cidades compactas e o difícil equilíbrio entre densidade e verticalização

Estudar os meios mais sustentáveis e “corretos” de se construir uma cidade para pessoas pode resultar em um conflito entre o que é “certo” e o que é “correto”, ou seja, entre duas boas ideias. Sim, entre princípios que buscam o melhor para as cidades também existem dualidades. Densidade versus altura é uma delas.