"Há mais bicicletas que pessoas" e "é difícil encontrar uma vaga de bicicleta desocupada", são frases comuns ao descrever Amsterdã, que em 2013 e 2015 foi eleita a cidade mais adequada para o ciclismo urbano pelo site Copenhagenize.
Este reconhecimento se torna ainda mais evidente ao observar que 32% da população usa a bicicleta como meio de transporte diário e que para atender a demanda de infraestrutura, o município desenvolveu um plano que criará 40 mil novas vagas de estacionamento para bicicletas até 2030.
No entanto, os ciclistas locais sentiam que algo além poderia ser feito para melhorar a experiência cicloviária, definindo-se internacionalmente como uma cidade ciclista.
Com isto em mente, a organização civil Cycle Space elaborou o Programa Prefeitura da Bicicleta, que tem como principal objetivo eleger um representando encarregado de acelerar a mudança de paradigma de mobilidade, alterando o foco nos automóveis para as pessoas e considerando que se a bicicleta se tornar o principal meio de transporte, será iniciada uma nova era de cidadãos e cidade mais felizes.
Os benefícios desse programa são vários, no entanto, o grupo considera três principais:
Primeiramente, diminuir os índices de poluição ambiental e ter um ar mais limpo. Segundo, o benefício econômico, já que o dinheiro que seria investido em infraestrutura para automóveis poderia ser destinado a programas culturais, de resiliência, de saúde, sociais etc. Em terceiro lugar, os benefícios individuais, como a liberdade, menos estresse, pessoas mais saudáveis e a economia individual de dinheiro.
Levando estes fatores em consideração, foi realizada uma votação online para selecionar, entre os quatro candidatos a Prefeito(a) da Bicicleta, um vencedor.
Após a apresentação de cada um dos candidatos, em que estes expuseram suas ideias e intenções, Anna Luten, que trabalha em uma loja de bicicletas, foi eleita a Prefeita da Bicicleta de Amsterdã, primeira pessoa a assumir este tipo de cargo no mundo.
Ainda que este cargo não seja reconhecido pela legislação holandesa, o programa atuará como uma ponte entre os ciclistas e o município, organizações de ciclistas, planejadores urbanos e autoridades responsáveis pelo "city marketing", potencializando ainda mais a imagem de Amsterdã como uma cidade amigável e adequada ao ciclismo urbano.
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