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Arquitetura cívica: O mais recente de arquitetura e notícia

Por que o futuro da arquitetura cívica está em projetos de pequena escala

Este artigo foi publicado originalmente pela revista Metropolis sob o título "Good-bye Grand Structures: The Small-Scale Civic Architecture of Today."

A prefeitura de minha cidade atual, Scottsdale, Arizona, não dá nenhuma dica de qualquer tipo de função cívica se analisada a partir da avenida em que está inserida. Você acessa o edifício a partir do estacionamento em volta. A única razão pela qual eu estive lá foi como parte de uma equipe em um processo de seleção. Minhas outras negociações com o governo têm sido online, via e-mail ou através de localidades suburbanas, onde eu tenho ido para lidar com assuntos como testes de poluição atmosférica. Eu voto pelo correio.

O grande impulso local, estadual e federal é fazer com que tudo aconteça online, fazendo com que as atividades permaneçam tão mínimas e anônimas quanto for possível. As operações reais do governo há muito tempo têm estado nos bastidores, onde políticos e burocratas fazem o trabalho real. No entanto, essas atividades frequentemente acontecem dentro de grandes estruturas que nos dão um sentido de identidade e orgulho do nosso governo, servindo também como locais abertos, onde poderíamos encontrar nossos agentes cívicos. Como resultado, nós vivemos com uma herança de monumentos cívicos que proclamam nosso investimento na deliberação e democracia, mas nós construímos muito pouco estruturas como estas hoje em dia. Em vez disso, nós estamos buscando nos livrar de quaisquer relíquia de uma tal história da arquitetura cívica - o governador de Illinois gostaria de vender o James R. Thompson Center, projetado por Helmut Jahn, em 1982-85, e só a especificidade dos edifícios clássicos grandes que antecedem aquele monumento pós-moderno impede que outros políticos tentem o mesmo. Prédios públicos custam dinheiro tanto para a construção quanto para a manutenção, e seus espaços formais encontram-se vazios a maior parte do tempo.

Estaria a tecnologia diminuindo nossa compreensão do espaço público?

Em um artigo publicado no Washington Post, Philip Kennicott argumenta que "a tecnologia mexeu nas linhas entre o público e o privado." O autor questiona se, em uma era de "individualismo radical" estimulado por nossa fascinação com a comunicação solitária, nossa compreensão e apreciação coletiva do espaço público e cívico não teria sido diminuída. Kennitott prevê que "uma coisa é certa: Viveremos em espaços mais lotados, e passaremos cada vez mais tempo nos interiores, encasulados em zonas climaticamente controladas com alguns bilhões de amigos mais próximos" à medida que a rápida urbanização se funde com a mudança climática.