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Architectural Theory: O mais recente de arquitetura e notícia

A banalidade do bege: por que limitar o uso das cores na arquitetura?

Este artigo foi publicado originalmente em Common Edge

Estou cansado de revistas de decoração e marcas de tintas tentando me vender suas monótonas paletas de cores “neutras”. Muitos afirmam que o “Bege Está de Volta,” que desde sempre os tons neutros têm sido considerados elegantes e capazes até de nos trazer paz e tranquilidade. Eu, pessoalmente, não acredito em nada disso. As paletas de cores minimalistas que encontro com frequência em muitos dos edifícios de arquitetura contemporânea não me relaxam, elas me aborrecem tanto que eu até fico com raiva. A idealização da alvura do mármore das ruínas greco-romanos é um mito. Hoje em dia todos nós sabemos que estas estruturas nunca foram brancas tal e qual nos foi ensinado na escola. Nossos antepassados nunca foram capazes de criar estruturas e espaços incolores. A sua arquitetura, por excelência, era nitidamente policromática.

Como a teoria da arquitetura tem afastado o público da prática profissional

Este artigo foi originalmente publicado na Common Edge com o título "How Architectural 'Theory' Disconnects the Profession from the Public".

Seja qual for a forma - pessoal, teórica, erudita -, arquitetos freqüentemente buscam respaldo em conceitos filosóficos quando precisam defender certas decisões subjetivas de projeto. Pelo lado pessoal, isso até se justifica. Mas, profissionalmente, essa dependência de conceitos filosóficos é um dos principais motivos pelos quais a arquitetura difere fundamentalmente de outras disciplinas práticas da sociedade, como o direito, a economia ou a medicina. Essas disciplinas baseiam-se em estruturas de conhecimento (em códigos, sistemas econômicos e na ciência, respectivamente) que fazem a mediação entre as decisões profissionais e o julgamento subjetivo.