!['Da Árbore á Cadeira', a cadeira como manifesto arquitetônico na Galícia - Imagem de Destaque](https://images.adsttc.com/media/images/591d/dba3/e58e/cef3/1700/01e6/newsletter/Sillas.jpg?1495128991)
"Eis aqui meu segredo, que não pode ser mais simples: somente com o coração é possível ver bem; o essencial é invisível aos olhos". Antoine de Saint-Exupéry nos recebe na exposição 'Da Árbore á Cadeira', do Museu Centro Gaiás (Cidade da Cultura de Galícia), que desde o dia 7 de abril nos mostra uma seleção de cadeiras dos arquitetos galegos ou estabelecidos na Galícia. A mostra parte do tronco, elemento primogênito do qual nascem as cadeiras e continua seu percurso através de uma pequena seleção de arte galega relacionada com a paisagem da região. A mostra é imprescindível para todo aquele que tem a sorte de visitar Santigo de Compostela antes do dia 5 de novembro, data em que a exposição será finalizada.
O que há nas cadeiras para atrair tanto os arquitetos? Como elemento arquitetônico sua incorporação a um espaço lhe confere vida e ambiente, como elemento plástico outorga caráter e personalidade. Pensemos nos grandes mestres da arquitetura: todos possuem uma cadeira em seu portfólio de obras. Mies Van der Rohe, Le Corbusier, Wright, Marcel Breuer, Charles & Ray Eames, Rietveld, Alvar Aalto, Jacobsen, Saarinen... A lista é incansável e a qualidade e transcendência de cada uma delas é inquestionável. De certo modo, podemos dizer que parte da história da arquitetura pode ser explicada a partir das cadeiras dos arquitetos. Por acaso elas não são um manifesto radical e brutal dos conceitos teóricos que cada arquiteto desenvolve?