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70ºN Arkitektur: O mais recente de arquitetura e notícia

Explorando a sabedoria vernacular: uma jornada pela arquitetura enraizada na tradição e na comunidade

Em um momento marcado por desafios ambientais e uma crescente demanda por autenticidade e diversidade cultural, os arquitetos estão recorrendo cada vez mais aos sistemas de conhecimento indígena não apenas como fontes de inspiração, mas como soluções viáveis para se adaptar e responder aos desafios locais e globais. Como guardiãs tradicionais da terra, as comunidades indígenas possuem uma compreensão profunda de seus ecossistemas, materiais disponíveis localmente, normas culturais e restrições sociais. Esse conhecimento é valioso para a arquitetura contemporânea, podendo ajudá-la a se adaptar tanto às pessoas quanto aos seus ambientes.

As práticas vernaculares e indígenas estão surgindo como base para a reimaginação arquitetônica, dando informações sobre disposições espaciais, escolha de materiais e técnicas de construção, ao mesmo tempo em que permite a integração da inovação e da expressão contemporânea. Essa cuidadosa combinação de tradição e modernidade pode ter um impacto significativo em termos de sustentabilidade, pois arquitetos que adotam a abordagem indígena para aproveitar os recursos disponíveis podem não apenas criar estruturas enraizadas em seu contexto, mas também minimizar o impacto ecológico da construção. Além disso, colaborar diretamente com as comunidades indígenas leva a projetos que priorizam a participação comunitária, a sensibilidade cultural e ao desenvolvimento sustentável.

Snøhetta projeta Teatro Nacional para o povo indígena Sámi na Noruega

O Teatro Nacional Sámi Beaivváš e a Escola Secundária e de Criação de Renas Sámi são duas das mais importantes instituições culturais do Sápmi, uma região no norte da Noruega, Suécia e Finlândia tradicionalmente habitada pelo povo Sámi. Para fortalecer a posição das duas instituições, foi iniciado em junho de 2021 um projeto para criar um equipamento cultural e educacional compartilhado. A proposta de projeto de Snøhetta, em colaboração com a Econor, 70°N arkitektur, e o artista Joar Nango, foi escolhida após um concurso. O edifício, também conhecido como Čoarvemátta, está atualmente em construção e deve ser concluído até 2024.

A arquitetura extrema do Ártico

Nas cidades do Círculo Polar Ártico, mudanças dramáticas estão em marcha. A região enfrenta desafios óbvios por conta das alterações climáticas, mas desafios econômicos e sociais também estão por vir, originados de fatores como o declínio das indústrias pesqueira e mineradora, que sustentavam muitos dos assentamentos urbanos do Ártico, e da rápida modernização das comunidades indígenas do norte. Em um interessante artigo escrito para a Metropolis Magazine, Samuel Medina analisa cuidadosamente os arquitetos e urbanistas que estão fazendo a diferença em um contexto onde a "arquitetura não pode realmente sobreviver" - do SALT Festival que celebra a cultura das comunidades do Ártico, ao plano de deslocar toda a cidade de Kiruna duas milhas para leste, o artigo oferece um olhar fascinante sobre a arquitetura extrema dessa região hostil. Leia o artigo completo aqui.