A Fundação Bienal de São Paulo anunciou a equipe de curadoria do Pavilhão do Brasil na 19ª Mostra Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia, com inauguração prevista para 10 de maio de 2025. A tarefa ficará a cargo do grupo Plano Coletivo, composto pela arquiteta Luciana Saboia e pelos arquitetos Eder Alencar e Matheus Seco. A seleção do grupo reflete o compromisso da Fundação em destacar práticas arquitetônicas que promovam impacto social e ambiental positivo.
O Plano Coletivo é reconhecido por sua abordagem colaborativa e multidisciplinar, integrando arquitetura, urbanismo e design com foco em soluções sustentáveis e inclusivas. A equipe já realizou projetos significativos em diversas regiões do Brasil, sempre buscando envolver as comunidades locais no processo de criação e implementação.
https://www.archdaily.com.br/br/1024668/plano-coletivo-fara-a-curadoria-do-pavilhao-do-brasil-na-bienal-de-arquitetura-de-veneza-2025ArchDaily Team
Playtime movie (Jaques Tati 1967) . Image via screenshot
Espera-se que a crítica de arquitetura e o jornalismo anunciem “o bom, o ruim e o feio” na arquitetura e no ambiente construído. Seus propósitos, porém, vão além disso. Como disse Michael Sorkin, “vendo além da novidade brilhante da forma, é papel da crítica avaliar e promover os efeitos positivos que a arquitetura pode trazer à sociedade e ao mundo em geral”. Em outras palavras, ao nos dizer o que estão vendo, os críticos também estão nos mostrando onde olhar para identificar e abordar os problemas que assolam nosso ambiente construído.
O campo do jornalismo de arquitetura tem sido liderado por escritoras mesmo em tempos nos quais que a busca pela carreira na arquitetura era desencorajada e inacessível para as mulheres. Ada Louise Huxtable estabeleceu a profissão de jornalista de arquitetura ao ocupar o primeiro cargo em tempo integral de crítica de arquitetura em um jornal americano de interesse geral. Em 1970, ela também recebeu o primeiro Prêmio Pulitzer de crítica. Esther McCoy começou sua carreira como desenhista em um escritório de arquitetura mas, por causa de seu gênero, foi desencorajada a se formar como arquiteta profissional, apesar de suas ambições de se especializar na área. Através de seus escritos, ela conseguiu chamar atenção para a cena arquitetônica negligenciada da costa oeste americana e defender os valores do modernismo regional.