Escola Infantil La Monsina / Ángel Luis Rocamora Ruiz + Alexandre Marcos

Curadoria de ArchDaily

Arquitetos: Alexandre Marcos, Ángel Luis Rocamora Ruiz; Ángel Luis Rocamora Ruiz, Alexandre Marcos
Área: 1350 m²
Ano: 2013
Fotografias:David Frutos

Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto é uma escola primária e secundária no pequeno vilarejo de Callosa de Segura, na região periférica de Alicante. Foi concebido como uma conexão entre dois mundos diferentes: aquele das crianças, onde habita a inocência, o jogo, a surpresa, a descoberta, a fascinação e os sentidos, e aquele dos adultos, onde governa a responsabilidade, o trabalho, a hierarquia, a utilidade, a economia e o racional.

Desde o início até a materialização procuramos atender a ambiguidade e a dualidade existente entre estes dois mundos, e as relações entre ambos, por um lado se presta atenção às sensações, ao jogo de escalas e ir descobrindo os espaços que abriga, e por outro lado uma setorização do espaço através de peças que se sucedem e se ordenam para um controle perfeito e funcionalidade a uma cota superior a um metro e meio.

Assim, o acesso à escola se produz através de um passeio que começa em um espaço exterior coberto que te recolhe da rua e te protege no interior, e como em um jogo, introduz as crianças ao interior do edifício, estabelecendo ao mesmo tempo uma clara diferenciação entre o espaço público e privado.

A envoltória da escola se transforma em uma superfície contínua que resolve as questões de orientação, iluminação e ventilação, das crianças às suas aulas e aos espaços externos cobertos que se convertem em uma nova extensão das mesmas. Uma grande cobertura que se descola, acolhe todas as peças e cria em sua parte superior uma decomposição de planos que facilita a iluminação e ventilação dos diferentes espaços funcionais da escola, constituindo um único elemento sob o qual se abrigam as salas de aula. Deste modo, as crianças vão passando por diferentes espaços interior-exterior com variações de altura, ativando as sensações visuais. No mundo de sombra e transparências, as divisões internas são elementos funcionais de separação que jogam com as escalas das crianças e delimitam os espaços. Os elementos cerâmicos ganham importância, com cores puras que chamam a atenção das crianças, além de recuperar algo quase artesanal pertencente à uma tradição propriamente mediterrânea que já está sendo introduzida na mente dos pequenos desde sua infância através de brincadeiras.

A envoltória do edifício é completada com um grande pátio comum à todas as salas de aula e que funciona como uma zona de jogos que dialoga com o resto do terreno.

O exterior das salas de aula aparecem associadas ao grande jardim que constitui o resto da parcela que se mostra como uma extensão destas, protegidas do sol e da chuva através de uma área coberta.

O edifício, portanto, é percebido a partir de seu entorno como uma grande cobertura flutuando sob o que se mostra um mundo de cor e texturas que convidam as crianças a entrar em um mundo diferente.